Lawyer's office

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Os dias que Helena e Ben passaram em João Pessoa ao lado de Clara e sua família foi tão importante principalmente para o casal, as mulheres em poucos dias se tornaram cúmplices uma da outra e reataram, ou criaram, até recriaram uma relação simples e muito genuína. A sintonia delas era perfeita, tudo se encaixava, pelo menos por enquanto que elas só tinham apensas um caso indefinido, até porque a convivência, acredito que vocês, meus leitores, saibam que ela nos faz ter pequenos choques de realidade sobre quem aquela pessoa é, mas pra chegar nessa fase, é necessário passar pela era do encanto. Elas se encantavam uma pela outra todos os dias, não se desgrudavam mais, e todos que estavam em volta conseguiam ver aquele amor "novo".
Chegou o dia que Clara não queria: Helena voltaria pro Rio, e toda aquela presença física acabaria logo pelo menos por enquanto, ao acordar ainda primeiro que a mais nova, verificou se a febre da mesma já tinha passado e já tinha. A mais velha suspirou aliviada, e num ato sem querer de se mexer acordou sua amada, a mesma estava com os cabelos bagunçados, rosto bem amassado, mas quando se viu rodeada naqueles braços sorriu alegre

POV HELENA

poderia esquecer tudo na vida, mas nunca esqueceria acordar com ela ali me dando todo carinho do mundo, esse já é motivo suficiente pra sorrir. Nem lembrei que eu ia embora, quando eu tava naqueles braços nada mais importava.

Bom dia, meu amor- escutei a doce voz dela sussurrando em meu ouvido, poderia ficar ali pra sempre

Bom dia, meu bem! como é bom acordar ao seu lado e ainda assim bem juntinho

Não queria que você fosse embora ou até queria ir junto, mas ainda preciso resolver umas coisas, sabe?! mas volto logo.

Sei sim, princesa. Tudo bem, eu te espero lá! agora preciso levantar e tomar um banho, depois da febre ainda não tomei, minha mãe dizia que era bom, mas nunca entendi- sorri

E você precisa de companhia? Posso esfregar suas costas- sorri de volta

Você... você quer tomar banho comigo?- eu ainda não conseguia me manter sã quando Clara jogava desse jeito ela me fazia perder qualquer estrutura

Estou me oferecendo, mas só vou se você quiser. Se não se sentir confortável, tudo bem

Então pode vir. Eu quero, mas tem que ser lá no quarto. Pode ser? minhas coisas estão lá.

Ela escolheu suas roupas e era um look todo branco e posso confessar? melhor que ela toda de preto era ela de branco, a coisa mais linda do mundo, eu ficava louca só de ver. Finalmente fomos ao quarto que eu estava instalada, precisava arrumar minha mala e ainda passar em alguma feira para comprar algumas coisas, lembrancinhas pra minha mãe que tanto ama. Clara estava sentada na cama enquanto eu arrumava a mala, quando finalmente fechei, ela se aproximou de mim

Eu nem acredito que a gente ta vivendo isso aqui, Helena, eu esperei tanto por esse momento

A gente tem muito a viver ainda, meu amor! muito! A melhor coisa que fiz foi vim pra cá, mesmo a situação sendo tão dolorosa, mas estamos aqui

Meu tio mesmo de longe, sendo um anjo- ela sorri- obrigada por ter vindo, eu estaria tão mal se você não tivesse me ajudado. Obrigada pelas ligações, pela sua voz. Por você, meu amor

Eu amo você, Clara! Faria mil vezes se fosse preciso- passei a mão na maçã do seu rosto, fazendo um carinho que a fez fechar os olhos

Eu amo muito você, Helena!- atacou meus lábios com todo carinho e tranquilidade, aqueles lábios eram o suficiente pra mim, pediu espaço pra sua língua entrar e eu permiti, transformando aquele beijo que era calmo em algo mais quente, minhas mão apertaram sua cintura e eu a ouvi arfar.