COROA ARDENTE

2•Hailey

Ester foi levada pelos corredores do palácio, seu coração batendo forte de ansiedade. Ela ainda se sentia atordoada com a reviravolta que sua vida havia dado. As palavras de seu primo ecoavam em sua mente: "Seu nome agora será Ester."

Enquanto era conduzida pelo palácio, Ester avistou uma figura conhecida no meio do tumulto. Era Ana, sua amiga de longa data. Seus olhos se encontraram e, em um instante, Ana correu em direção a Ester, ignorando as regras e o protocolo.

Os olhos delas se encheram de lágrimas quando finalmente se encontraram. Elas se abraçaram com força, como se estivessem se segurando em meio a uma tempestade. A sensação de reencontro trouxe um alívio momentâneo para ambas.

Ana olhou para Ester, seus olhos cheios de preocupação. "O que será de nós agora, Hadassa?" ela perguntou.

Ester respirou fundo, tentando encontrar palavras de conforto. "Calma, Ana", ela disse, sua voz suave e tranquila. "Nós temos que ter fé que tudo vai dar certo. Não podemos perder a esperança."

As duas amigas se separaram por um momento, ainda segurando as mãos uma da outra. A incerteza do futuro pesava sobre elas, mas havia uma determinação em seus olhos. Elas estavam dispostas a enfrentar os desafios que estavam por vir, juntas.

Rubem, ao ouvir as palavras de Daniel, correu até a casa deste último, preocupado e cheio de perguntas. Ele questionou: "O que aconteceu?"

Daniel olhou para Rubem com uma expressão sombria e respondeu com pesar: "Ordens do imperador. Ele decretou que todas as virgens fossem levadas ao palácio."

Rubem ficou chocado com a notícia e sua incredulidade era evidente. "Eu não acredito", disse ele, sua voz cheia de preocupação.

Daniel suspirou profundamente, sentindo o peso da situação. "Infelizmente, não consegui chegar a tempo para fugir com Hadassa. Ela ainda se escondeu, mas depois se entregou quando percebeu que os guardas iam me matar", explicou ele, o desespero transparecendo em suas palavras. Ele se sentou em um banco, abatido pela situação.

Rubem, determinado a ajudar, tentou confortar o amigo. "Calma, Daniel, vamos dar um jeito nisso", disse ele, tentando manter a esperança em meio à adversidade. Ambos sabiam que enfrentariam desafios imensos para lidar com a situação, mas estavam dispostos a fazer o que fosse necessário para ajudar Hadassa e as outras jovens que haviam sido levadas para o palácio do imperador.

Enquanto Rubem e Daniel discutiam como poderiam ajudar Hadassa, em outro canto do palácio, Dalfom, um dos filhos de Hama, estava envolvido em uma trama perigosa. Ele tentava, com um olhar de determinação, colocar uma mulher que não era virgem no harém do palácio. Essa mulher, Hailey, estava claramente preocupada com as consequências de ser descoberta.

"Mas e se eles me descobrirem?", questionou Hailey, nervosa, olhando nos olhos de Dalfom.

Dalfom, contudo, estava confiante e a puxou para mais perto. Com um sorriso sinistro, ele sussurrou: "Você será a minha virgem. Não se preocupe. Minha mãe é uma especialista e lançará feitiços sobre você. Isso fará com que pareça que você é uma virgem."

Os olhos de Hailey se iluminaram com uma pitada de esperança e, sem mais hesitação, ela beijou Dalfom. O beijo foi cheio de promessas e segredos compartilhados.

No auge desse momento, a mãe de Dalfom, Darulfam, uma mulher idosa e misteriosa, apareceu. Ela trajava roupas escuras e carregava consigo uma aura de conhecimento antigo. Seus olhos eram penetrantes, e sua presença era imponente.

Darulfam começou a realizar rituais complexos e mágicos, usando gestos precisos e incantamentos profundos. As velas ao redor do aposento brilhavam, lançando sombras dançantes sobre os rostos de Dalfom, Hailey e a própria Darulfam.