Absolute Zero

15:16

Se eu pudesse fazer um desejo

O tempo que passamos juntos passou muito rápido e eu senti o tempo todo como se estivesse correndo por um caminho cujo destino sombrio só eu conhecia.

Mas não quero esse epílogo para nós, quero que meu destino seja com Soon para sempre.

"Ongsa."

Um sussurro suave, recebido diretamente em meu ouvido, me faz abrir os olhos.

Já é de manhã e me pego piscando ao primeiro sorriso do dia na minha frente e tenho certeza que não há recompensa mais linda que o sorriso dele.

Mesmo quando seus olhos estão cansados do trabalho, Soon sempre sorri para mim.

“Bom dia,” sua voz é suave, como as mãos que ele passa pelas mechas do meu cabelo.

"Tome um banho, você vai se atrasar para o trabalho."

Concordo com a cabeça antes de me levantar, pego minha toalha e vou para o banheiro.

Após terminar de me lavar e vestir a roupa de trabalho, volto para o quarto e encontro Soon dormindo na cama.

“Em breve vou trabalhar,” murmuro baixinho, antes de me inclinar para enterrar o nariz em sua bochecha, como sempre.                                    
Tento sorrir para ele, mas à medida que o aniversário se aproxima, meus sorrisos vão ficando cada vez mais fracos.

Afasto-me do condomínio em velocidade constante, diminuindo a velocidade quando estou perto do meu destino de trabalho.

Nos últimos anos, Soon e eu já discutimos algumas vezes, ele é muito maduro e sempre me escuta e tudo que posso fazer é crescer e aprender a ser maduro como ele.

Nesse período, principalmente, procuro sempre ter muito cuidado; Não sei se isso vai ajudar, mas sabendo que posso morrer, é melhor ser cauteloso.

Como o trânsito está calmo, consegui chegar ao escritório mais cedo do que de costume e assim tenho tempo de ir tomar um café no bar ao lado.

Está chovendo muito.

"Por que está chovendo tanto?"

Assim que abro a porta, a voz de quem está limpando a mesa fica mais alta.

Levanto as sobrancelhas antes de ir até a máquina de café.

“Você ainda não tem clientes?”

“Se parar de chover em breve, provavelmente mais pessoas entrarão”, responde Phi Nan, sem sequer olhar para mim.

Embora já não trabalhe aqui há muito tempo, cada receita de café está profundamente enraizada na minha memória e sou definitivamente o único cliente desta loja que pode fazer o seu próprio café.

"Vou sentar naquela mesa."

“Bom”, Nan concorda, quando aponto para a mesa de vidro, que geralmente está cheia de clientes.

"Venha aqui?"

O dono da loja coloca os itens atrás do balcão, como sempre. Phi Nan é a única pessoa que conhece o Soon que alugou o quarto de cima, e também o Soon que é meu namorado, é estranho ele nunca ter me convidado.

"Não tão bem, Phi."

“Como jovem, você tem que saber como deixar isso passar.”

“Ser adulto é difícil”, suspiro pesadamente, antes de tomar meu café.

Phi Nan balança o rosto cansado, mas não diz mais nada, para que eu não reclame.

"Ei! Ei! Ai 'Nong, estou falando com você."