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Passamos pela passarela de pedra entre o jardim de flores coloridas, adentramos o hall de entrada e depois a sala

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Passamos pela passarela de pedra entre o jardim de flores coloridas, adentramos o hall de entrada e depois a sala. Não há nada de diferente das outras mansões que já visitei. Para ser sincera, o local parece mais um centro médico do que um lar. A cor branca predomina em cada cômodo e móvel. Juro que posso sentir o cheiro de hospital ao caminhar e sentar no sofá.

Verônica larga sua mochila no sofá e para ao pé da escada, se apoiando no corrimão.

— SWEET PEA, BETTY TÁ AQUI! — berra.

— JÁ TÔ INDO!

Não demora para que o irmão de Verônica, um ano mais novo que nós, apareça e desça as escadas como um jato, abrindo um sorriso enorme ao me ver. Sempre que nos encontramos é a mesma euforia, já que ele mora com os avós e vem nos visitar apenas uma
vez na semana.

— Oi, Betty!

Levanto do sofá e o abraço, mas dou um tapa no seu peitoral ensubitamente o afasto ao sentir a pele branca coberta de suor.

— Idiota! — acuso e ele gargalha, se afastando de mim e indo depositar um beijo na bochecha da irmã. — Eu te odeio.

Sweet pea desdenha com a boca, soprando um “aham”, e se joga no
sofá, parecendo cansado.

— Por que está todo suado assim? — Verônica pergunta, indo à geladeira e buscando três copos de água para nós.
Agradecemos ao receber. Dando o primeiro gole do líquido gelado, solto um murmúrio de satisfação.

— Comecei a fazer alguns exercícios físicos — responde, dando de ombros.

Verônica cerra as pálpebras.

— Qual é, maninha! Quero.ficar mais bonitão.

Gargalho da cara incrédula da garota, seu nariz se franzindo em estranhamento.

— Nem te conheço, garoto. — Ela recolhe os copos e volta à cozinha, abrindo e fechando armários na procura de algo para comer. — Faz quantos dias que não fazemos compras...? — A pergunta não foi feita para ninguém em especial, então ele não responde.

Sweet pea limpa a garganta e vira o tronco em minha direção. Me preparo para a novidade que irá me contar quando retira o aparelho celular da bolsa do calção e desbloqueia a tela, clicando no ícone da galeria.

— Conheci uma garota... — começa, as bochechas assumindo um tom rosado ao virar o aparelho para mim. — Olha.

É uma garota linda. Seus cabelos parcialmente ondulados nas pontas e platinados vão até um pouco abaixo dos seus ombros. Sua pele, de uma tonalidade branca feito a neve está vermelha, resultado, imagino, das horas que passou se aventurando em uma
caminhada, considerando suas roupas. Presto atenção no seu rosto, demorando a perceber que se trata de uma garota albina. Seus cílios e sobrancelhas são igualmente brancos, e os olhos carregam um azul quase transparente. Sentindo uma pontada no peito, me
dou conta de que ela é deficiente visual de um, senão dos dois olhos.

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⏰ Última atualização: Mar 24 ⏰

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