Casados!

456 32 4
                                    


O reinado do imperador Song Zu corria risco. Uma terrível batalha acontecia ao norte contra o povo nômade de Batan. O general alfa, Lan Xichen, comandava o exército imperial contra o inimigo. Ele era o melhor de sua posição e atrai muita inveja. O imperador o adorava, mesmo que a família Lan fosse uma família complicada.

Durante a batalha na passagem de Amin, o general foi gravemente ferido, socorrido às pressas voltando a capital. Quando o imperador e família Lan foram avisados, foi uma loucura. Imediatamente o imperador mandou que reunisse o conselho e lá escolheriam um ômega para o general se casar e ter herdeiros. Lan Qiren, um alfa, fazia parte do conselho não gostou nada disso e se opôs, junto a outros, mas acabaram por não serem ouvidos. O conselheiro Jin Guangshan, alfa, tinha uma grande influência no conselho e qual todos temiam, falou: Tenho um ômega perfeito para isso.

Enquanto isso, Xichen se recuperava em casa com ajuda de seu irmão mais novo, WangJi.

- Irmão, como está? - pergunta o jovem alfa entrando no quarto.

- Ainda tenho algumas dores pelo corpo, mas logo vou estar novo. – Sorriu. – Como tem passado, Wangji?

- Bem.

- Tem se correspondido com algum ômega? - pergunta Xichen

- Sim. – diz Wangji que fica envergonhado – Em breve, eu e o tio iremos até Yunmeng acertar os detalhes.

Lan Qiren voltava para casa, pensando como daria a notícia para o sobrinho mais velho. Quando chegou foi direto ao quarto deste e viu os dois a conversar.

- Sobrinhos.

- Tio. - disseram

Qiren respirou fundo e entregou uma carta a Xichen que ao lê-la ficou sem reação.

- Eu sei Xichen. Mas, o imperador já proclamou isso. – disse aborrecido

Em um pouco mais de dois meses, um casamento era realizado. Xichen ainda não estava cem por cento bem e nem um pouco feliz com isso, mesmo assim tudo ocorreu dentro do previsto.

Depois da cerimônia e da festa, o casal se encontrava no quarto preparado para eles.

O ômega se encaminhou até a mesa e encheu duas taças, voltou para o lado do alfa, que estava sentado, e ofereceu uma das taças.

- Um brinde para o futuro incerto que nos espera. – Inclinou-a para tocar a outra e depois bebeu o conteúdo dela.

Xichen ficou paralisado com tal ação que demorou alguns segundos para entender o que acontecia.

O ômega retirou os sapatos e se deitou na cama de costas. O alfa ainda estava desnorteado, nem percebeu que exalou seu cheiro de laranja junto a um outro cheiro mais sutil. Tratou de apagar as velas e dormir.

No dia seguinte, acordou cedo e viu o ômega ainda adormecido. Se levantou devagar e foi se banhar, nas tinas preparadas ao lado. Depois foi até a porta pegar o café da manhã. Pegou as bandejas e se virou vendo o ômega agora desperto.

- Bom dia, há uma tina naquele canto já pronta, se quiser se banhar. - disse

O ômega rapidamente correu para a tina, enquanto Xichen colocava as bandejas na mesa. Se sentou e esperou por uns bons minutos o outro voltar. Um leve cheiro de amora preenchia o quarto e o lobo de Xichen ficara animadinho com isso. 'Nem pense nisso, lobo. Primeiro, temos que ter certeza de que podemos confiar nele.'

Percebeu quando o outro saiu da tina e caminhou devagar até ele. Usava um roupão vermelho que o deixava belo. O ômega se sentou e um silêncio pesado, reinou.

- Por favor, não fique com medo. Não farei mal a você, sirva-se. – disse Xichen tranquilamente

O Ômega pegou um pedaço de pão e o comia devagar. Xichen olhava para o pequeno, viu sua pele lisa, o nariz pequeno, olhos acastanhados e o cabelo castanho, solto. Em seus lábios aparentava um quase sorriso. Se segurava, pois, seu lobo queria pular no ômega e possui-lo ali.

O general alfa e o ômegaOnde histórias criam vida. Descubra agora