Episódio 12

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Assim que saio do banheiro, saímos do restaurante e voltamos a caminhar pelo shopping.

Eu pensei que eu podia estar o julgando mal, mas não. Ele se mostrou um cara fútil, que faz as próprias merdas e depois quer que os outros a limpe. Não sei se vou conseguir suportar ele por meses.

- Ah, muda essa cara! - ele começa.

- É a única que eu tenho! - rebati.

- Qual é o seu problema hein? Do nada fica toda estressadinha.

- Você quem sabe como estressar uma pessoa.

- Ninguém nunca me disse isso! - soltei uma risada irônica.

- Claro que não, porque nenhuma está afim de conhecer o teu caráter e sim a sua cama!

- E você não? - parei de andar para lhe encarar.

- Não, eu não sou igual essas idiotas!

- E por que elas seriam idiotas?

- Porque que elas são! De cair no seu papo. Só pensam no corpinho bonitinho de boneco da Mattel! - eu volto a andar e ele também.

- Eu tenho corpo de boneco da Mattel? - sorri de lado.

- Guilherme vamos embora logo? Tenho mais o que fazer!

- A gente ainda não provou que somos um casal! Qualquer um que me ver com uma garota vai pensar que é mais uma da lista, acredite. - diz simplesmente.

- Eu não quero ser mais uma do Guilherme!

- Mas é o que vai parecer. - paro de frente para ele, o encarando. Olho atrás dele e vejo dois caras com câmeras fingindo olhar roupas na vitrine. Mas é claro... Paparazzis! Eu via como tentavam olhar para nós disfarçadamente - Que foi? -soltei um longo suspiro sem responder e o puxo pela camisa colando meus lábios nos seus.

Do nada senti um arrepio percorrer minha espinha. Credo!

Corto o beijo na mesma hora e o encaro.

- Eu te amo okay? - digo passando as mãos em seu rosto carinhosa. - Não quero mais brigar com você, você é meu tudo, o ar que eu respiro. - sorrio. - Agora vamos! - antes de puxar Guilherme para fora do shopping eu olho novamente para atrás dele e um dos paparazzis olhava para sua câmera em mãos sorrindo enquanto outro escrevia em um bloquinho.

- Olha, que você me ama eu já sei. Agora eu não sabia que queria deixar tão claro assim. - diz quando já estamos do lado de fora do shopping.

- Eu deveria largar a medicina e partir para a atuação, sou boa nisso. - digo quando chegamos até seu carro.

- Se depender da sua atuação para sobreviver você morre de fome. - soltou uma risada, logo depois destrava o alarme e entramos no carro saíndo do shopping em silêncio.

- Onde estamos indo? - pergunto depois de longos minutos. - Esse não é o caminho da minha casa!

- Eu tenho que resolver uma coisa!

- Que coisa?

- Não te interessa!

- Interessa sim!

- Não começa. - desvio meu olhar para a janela e foco na vista a fora do vidro. Mais alguns minutos depois, paramos em frente a um clube.

- O que nós estamos fazendo aqui?

- Sn, faz o favor de ficar calada um pouco? - diz parecendo irritado. Ué cadê o espírito de palhaço de uns minutos atrás? - Vai ser rápido!

- Tá bom! - bufei.

Casamento por Contrato - Pain GuizinOnde histórias criam vida. Descubra agora