Aquela vez que reencarnei como Mina Ashido em MHA

Capítulo 5

"Finalmente!" Exclamou Mina com as mãos para o ar, seu rosto mostrando extremo alívio e cansaço enquanto seus braços levantados caíam para agarra-se as pontas da mesas. "Acabou as aulas de hoje." Resmungou ela enquanto levantava-se de sua carteira com sua mochila Gang Orca em braços. Sensei Utaka havia liberado sua classe após terminar sua última aula que era matemática. Mina quase morreu ao ficar vendo as questões de adição e subtração, depois deitou e dormiu após ter passado 10 minutos.

"Você parece cansada." Comentou Toga ao lado guardando seus materiais em uma bolsa comum que Mina achou legal pelo simplismo. Não tinha detalhes e era inteiramente pintado de cor vermelha sangue. Mina ouviu o que Toga disse e não respondeu nada, apenas virou seu rosto, atualmente sem os óculos escuros após ela ter guardado, para a garota. Toga agora conseguiu ver melhor as olheiras abaixo dos olhos de Mina junto de sua expressão abatida, como se ela estivesse fazendo muito esforço. Toga tinha que admitir que Mina parecia acabada.

"Eu tenho estado assim desde que voltamos da educação de Quirk." Respondeu Mina saindo da sala com Toga ao seu lado a reboque, ambas caminhando tranquilamente como se nada as impedisse. Bom, pelo menos Mina andava assim, já Toga era outra história. Parecia que a garota loira estava tentando evitar andar, como estivesse hesitando sobre algo. Mina não percebeu isso é ambas continuaram seguindo caminho pela multidão de alunos.

Fora da escola havia vários familiares buscando seus filhos e, como era uma escola de ricos, tinha muitos carros esportivos caros. Mina olhou para cada um deles por um bom tempo mas não achou tão legal. Ela era uma pessoa que preferiria motos estilosas. Ela conseguiu notar sua mãe acenando para ela mais distante. "Até amanhã, Himiko. Minha mãe está ali." Disse Mina.

"Até." Simplesmente respondeu a garota enquanto acenava para ela lentamente. 'Parece que ela não queria voltar para casa.' Pensou Mina se aproximando de onde sua mãe e o carro dela estavam. "Oi querida. Como a escola hoje?" Perguntou sua mãe se abaixando e abraçando suavemente Mina que retribuiu o gesto. "Foi ótimo. Fiz uma amiga."

Mina riu ao notar o olhar de choque e empolgação de sua mãe. Seus pais sabiam que ela não tinha nenhum amigo ou amiga, não por não conseguir fazer algum, mas pelo simples fato dela não querer. Ela simplesmente escolheu não fazer amigos. Ao acordar no corpo de Mina Ashido, dois anos atrás, em suas memórias a antiga Mina tinha amigos de parque, nada além disso. Por não haver conexão alguma entre eles além de brincadeiras em um parquinho, ela parou de ficar com eles, simplesmente ficando consigo mesma.

Com isso, durante dois anos até chegar o momento de entrar na escola, nunca teve um amigo de verdade, alguém que simplesmente pudesse falar: "Mãe, fiz um amigo!" Com um sorriso alegre, coisa que sua mãe esperava ver. Toda vez que iam no parquinho, ela esperava que sua filha saísse do balanço e parasse de olhar para as nuvens para simplesmente brincar com outras crianças. Ela queria que ela fosse uma criança normal com amigos, mas isso nunca aconteceu.

Mina não sabia disso na época mas depois de dois meses notou o olhar distante e preocupado de sua mãe enquanto a observava fazer suas atividades diárias no parquinho, que envolvia correr, balançar no balanço, olhar para o ambiente, para as nuvens, e simplesmente contemplar o belo lugar que se encontrava. Nada mais importava.

Porém ela notou como sua mãe ficava preocupada por ela ficar sozinha maior parte do tempo já que ela e seu pai saíam para trabalhar durante a semana e até mesmo fim de semana, deixando Mina sozinha vários momentos. Obviamente eles tentavam ficar o máximo de tempo juntos, mas quando se tem contas para pagar, família para sustentar e as vezes um dinheiro para conseguir comprar sus próprias coisas, ficava difícil não ir trabalhar.

Mina notou isso é tranquilizou seus pais sobre isso. Ela simplesmente falou com um sorriso alegre: "Prefiro ficar sozinha. Não gosto de muita atenção." Uma simples frase colocou as respostas nas mentes de ambos mais velhos que só observaram sua filha voltar a desenhar com lapiseira, um mangá ao seu lado como referência. Mina notou como ambos não tinha aquele tipo de expressão o que a aliviou. Não gostaria de deixar seus novos pais com a ideia de que fracassaram.