Mina estava entediada.
Era simplesmente isso que ela sentia.
O treinamento com sua Quirk havia progredido muito mais rapidamente do que antes dentro de um ano. Com o decorrer que melhorava sua imunidade a ataques, sua manipulação e criação de ácido saltava alturas enormes de forma secundária.
Agora ela conseguia criar ácido no ar, sem a necessidade de alguma conexão com seu próprio corpo. Antes ela não podia fazer isso pois sua Quirk permitia apenas excreção de ácido através da pele. Seu Rasengan sempre falhava por causa disso, sendo necessário um minúsculo fio de ácido conectando a palma da sua mão e a técnica no ar. Isso era desgastante.
Uma coisa que ela percebeu também foi um efeito secundário com seu rápido progresso. Seu sangue agora era ácido puro. Isso aconteceu um dia em seu treinamento onde seu sangue corroeu parte do chão ao simplesmente cair. Ela havia sentido um desconforto naquele dia junto de um calor corrosivo em todo seu corpo e essa era a resposta.
Ela teve que ir no médico para resolver isso, tendo que tomar alguns medicamentos que reduziram os efeitos do sangue ácido. Não o removia, mas sim fazia seu corpo se ajustar mais fácil com o ácido, assim deixando de se sentir desconfortada o tempo todo.
O engraçado disso foi que seus órgãos usavam ácido para passar todo o oxigênio pelo corpo todo. Isso era totalmente bizarro mas havia um ponto bom que foi descoberto no mesmo dia: Ela podia receber doação de qualquer tipo sanguíneo.
Momo, sua parceira de treino, começou a ter pequenas melhorias e bem lentas, se compararmos com Mina. Ela teve algumas ideias mas sua habilidade com sua Quirk estava muito baixa, a ponto dela nem conseguir formar uma arma de brinquedo. Graças a esse treinamento agora Momo conseguia criar muitas dessas armas, incluindo as de verdade. Mina havia ficado de castigo por um mês internet quando os pais de Momo e os dela descobriram isso. Ela não se sentiu afetada, entretanto, já que quase nunca acessava a internet.
Houve também aquele momento...
"Qual sua Quirk, Himiko?" assim que Mina terminou de falar ela viu o pouco sangue que havia no rosto de Toga desaparecer. A menina estava pálida. Era possível até mesmo ouvir sua respiração. Mina abraçou suavemente a garota enquanto sentava na sua cama.
Foi muita falta de senso dela perguntar isso diretamente mas era necessário. A garota parecia cada vez mais pálida desde que se conheceram e o recente caso do fliperama. Mina sabia que a mesma não bebia sangue de forma alguma pois seus pais a proibiram. Não que Himiko soubesse dos pensamentos de Mina.
A garota estava bastante encolhida no peito de Mina, como se quisesse agarrar a sua salvação. Doía muito ver a energética garota que sempre gritava quando perdia no Uno agora dessa forma. Era um contraste gritante com seu normal.
"Himiko." Começou Mina com a voz mais suave que conseguia reunir nesse momento. Sua melhor amiga estava em um estado totalmente frágil, seja mental ou físico, e ela precisava de ajuda. 'Preconceito com Quirks.' Pensou contendo sua irritação e amargura. Ela não podia fazer nada para mudar a mente desse tipo de pessoa. "Se não quiser contar, tudo bem. Eu não te julgaria. Você é minha melhor amiga." Disse Mina de forma tranquilizadora.
Sua amiga precisava dela.
"M-mina." A referida garota trincou os dentes, seus braços passando com o maior cuidado possível pelos cabelos loiros desgrenhados de sua amiga. "M-me prometa." Começou Himiko com lágrimas começando a sair de seus olhos. Mina sentiu o molhado em seu peito.
Himiko não queria de jeito algum perder sua amizade com Mina Achido. Ela não podia perder ela. Seus pais sempre lhe disseram como ninguém queria ser sua amiga se souberem de sua Quirk nojenta e repugnante. Nem seus próprios pais a aceitaram, por que estranhos iriam?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Aquela vez que reencarnei como Mina Ashido em MHA
FanfictionO conto do pós vida se repete acontece novamente, porém na segunda vida com um homem de 20 anos morrendo vítima de um acidente no trânsito. Mas não houve fim e ele acordou no corpo de uma jovem Mina de 4 anos após despertar sua Quirk. Ele, agora ela...