𝑃𝑟𝑜́𝑙𝑜𝑔𝑜

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"Às vezes a raiva que você sente,
são as lágrimas não derramadas"
- Anonymous (Autora)

Harry ficou ali, encharcado da cabeça aos pés, a grama úmida era um paradoxo de nitidez e suavidade suave sob seus pés. Sua mão pendia solta ao lado do corpo, seus batimentos cardíacos acelerados, uma percussão selvagem pontuando o alarme soando em sua cabeça.

"Nem tudo tem que ser uma briga, Potter."

Malfoy era - Harry engoliu em seco - uma visão em seu short preto, sua pele pálida de alabastro*, até mesmo as partes com a cicatriz de Sectempsura ou a horrível Marca Negra - brilhavam convidativamente. Ele nunca percebeu como era interessante olhar para um menino e realmente perceber as linhas, as curvas e os diferentes tons que um corpo poderia ter.

A varinha de Malfoy girou alegremente acima de sua cabeça, seus dedos delicados e polidos enroscando-se na cascata de cachos loiros, lentos e cuidadosos, uma dança convidativa. O olhar de Harry traçou os contornos de seu rosto, desde o queixo forte até a ponta do queixo, fixando-se na visão de seus lábios rosados ​​e macios.

Malfoy tinha lindos lábios finos. Linhas que chamavam seu nome.

Malfoy percebeu que ele estava olhando e se virou para encará-lo. Sua mão, aquela que estava presa pelo barbante vermelho diretamente à de Harry, estava puxando a sua, e isso enviou faíscas ao seu cérebro.

"Você precisa de ajuda com um feitiço de secagem?" Sua voz era suave e cansada.

Harry estava tão cansado de brigar, de negar, fingir, esconder o fato de que o cordão vermelho existia e estava ali no dedo mindinho de Malfoy, ligado ao dele, significando alguma coisa.

"Potter?"

"Harry," ele disse isso como se fosse um encantamento para o feitiço que responderia à sua turbulência. Seus pés avançaram sem sua decisão consciente.

Malfoy - não, Draco, pois aqueles olhos que se fixaram nos dele eram Draco e ele o trouxe aqui para este lago... para lhe dar um pouco de paz, para virar o mundo, o mundo dele - ficou parado, equilibrado como sempre, mesmo com a falta de traje.

Olhos tempestuosos em busca de respostas que Harry não podia dar, mas queria gritar e prender os dois.

Harry apertou a mão esquerda, prestes a explodir com magia bruta. Ao controle. O barbante vermelho, uma tábua de salvação tecida entre eles, escureceu em um vermelho carmesim, tentando Harry. Conectando Draco que permaneceu alheio, imóvel.

Estou tão cansado de lutar, e ele se rendeu à magia... e ouviu a sinfonia da promessa, tudo melhor, se ao menos... se ao menos ele se inclinasse e...

"Harry?" A voz de Draco era um sussurro, quase imperceptível, enquanto sua mão se levantava timidamente, movendo-se como uma brisa suave. Pairando perto, mas depois se abstendo. Harry sentiu a atração, o encantamento daquele quase toque, daquela pergunta hesitante, seu coração florescendo em uma jaula sufocante.

Sim, por favor, me toque, deixe-me me afogar em você.

Liberte-me, faça-me atravessar.

Amarre-me neste lindo emaranhado de cordas.

Então, como se o destino tivesse sussurrado sua concordância, Draco baixou os olhos.

E o beijou.

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*Significado de alabastro: Rocha branca, translúcida, semelhante ao mármore, porém menos resistente do que ele, e muito usada em trabalhos de escultura.

Essa vai ser a minha primeira tradução e confesso que adoro enredos de almas gemeas e aka ito.

E pra quem não conhece Akai Ito (Fio vermelho do destino) é uma lenda chinesa que fala que no seu nascimento um deus ficaria responsável por ligar você a outra pessoa (sua alma gêmea) por meio de um fio vermelho no dedo mindinho. Esse fio pode emaranhar, embaraçar e esticar mas nunca irá se partir. O fio não é visível a olho nú. Quanto mais longo o fio estiver, mais longe e triste as pessoas estarão. Nem a morte é capaz de romper o fio, ela só alarga para que se encontrem em outra vida.

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Beijos na bunda e até depois

𝐌𝐞 𝐃𝐢𝐠𝐚 𝐎𝐧𝐝𝐞 𝐈𝐬𝐬𝐨 𝐓𝐞𝐫𝐦𝐢𝐧𝐚 - 𝐃𝐫𝐚𝐫𝐫𝐲 (Tradução) Onde histórias criam vida. Descubra agora