Rompendo o preconceito

25°Capítulo

Melissa...

Quando minha prima chegou ao meu quarto falando que minha mãe estava passando mal, vi o quanto imprudente eu fui, me deixei levar pelo tesão e acabei esquecendo do mais importante, o remédio da minha mãe, porém quando cheguei no jardim que ela olhou para mim com aquele olhar repreendedor, ali eu entendi, ela me viu, que merda, como fui dar um vacilo desse, ela não estava passando mal, conheço essa mulher.

__filha que demora__meu pai fala, dou um pequeno sorriso__sua mãe não quer ir lá pra dentro.

__eu já estou bem, você que é exagerado.

__e a pressão?__pego o aparelho sobre a mesa.

__não precisa, já estou bem.

__melhor irmos ao hospital__meu pai é todo preocupado, ele é o melhor homem desse mundo sem sombra de dúvidas.

__e a Heloísa?__olho pra Mari, que me olha com um sorriso maléfico no rosto, oh! Céus, ela viu minha mãe viu, não demora para meu pai descobri, meu celular vibra, pego vendo ser uma mensagem dela avisando que precisou ir, foi até melhor, sei o quanto minha prima consegue ser intrometida__vocês sumiram na mesma hora, pensei que estariam juntas__meu pai já me olha com um ponto de interrogação na testa.

__pois pensou errado, ela precisou ir embora, mandou pedi desculpas e disse que depois passa aqui para se desculpar por ter saido sem falar com o senhor.

__gostei dela__meu pai é um homem difícil de lidar, para ele gostar de uma pessoa não é tão fácil assim e com a idiota da minha chefe o velho parecia que a conhecia a anos, não sei se elabestava só querendo agradar, mas  parecia bem confortável e se divertiu bastante na companhia do meu pai__convide ela para um almoço, a casa está cheia não deu para dá a atenção que ela merecia.

__garanto que ela teve toda atenção que precisava__minha mãe fala me olhando, desvio o olhar, sei que ela vai falar pra caralho, prefiro ela do que meu pai, ele ficará super decepcionado__vão se diverti, eu estou bem, Melissa vamos ali na cozinha, preciso de sua ajuda.

Ela não me espera responder só levanta, me dá as costas e segue para dentro de casa, a sigo já sabendo que lá vem sermão, sei o que faço, quer dizer, dessa vez não, me deixei levar pelo momento, fui inconsequente, mas só reparamos o erro depois.

Entro não vendo ela na sala, vou à cozinha também não a encontro, sigo para a área de serviço, era aqui que ela sempre me trazia quando queria brigar comigo escondido do meu pai, isso para ele não descobri as coisas que eu aprontava, os castigos da minha mãe sempre foi mais suaves comparadas aos do meu pai, que sempre vinha acompanhado de uma surra.

__sente-se aqui__ela aponta a cadeira a sua frente, ela está mais séria do que o comum, eu com essa idade ainda tenho que dar satisfação das coisas que eu faço, é mole ou quer mais__só me responde uma coisa, desde quando isso está acontecendo?__ela me olha nos olhos, sei o que ela está pensando, mas eu não menti quando falei que só rolou um beijo.

__tirando o dia do beijo, foi a primeira vez.

Ela não acredita nas minhas palavras, isso é fato, mas essa e a verdade.

__não mente pra mim.

__eu não estou mentindo.

Ela respira fundo, sei que ela não pode se exaltar por conta da pressão, mas ela tem que acreditar no que falo.

__você quer que eu acredite após vê aquela pouca vergonha em seu quarto.

Bufo já sem paciência, é sempre assim, ela nunca acredita em mim.

__não estou pedindo para que a senhora o nosso posicionamento em relação a isso, eu posso até fingi que aceitar o seu relacionamento com uma mulher, mas seu pai não, ele jamais aceitará.