Rompendo o preconceito

67°Capítulo

Melissa...

Eu errei quando não falei toda a verdade a ela desde o momento em que eu a vi, errei e o meu pequeno quem está pagando pelo meu erro, quando fui até ela já estava sem esperanças, sentia que iria perder o meu filho.

Quando ela cancelou a compra da agencia fiquei sem chão, o dinheiro que eu tinha em conta foi gasto em menos de um mês, muito caro o tratamento, sem recurso nenhum fui obrigada a ir para um outro hospital, e continuar com o tratamento que ele fazia no Brasil, mas não estava sutindo efeito, e ele foi se agravando cada vez mais, estávamos em busca de um doador, mas não é uma coisa fácil de se encontrar, quando eu me vi sem chão tentei a Heloísa, e mais uma vez ela não me ouviu,  me humilhou.

Por que eu não ouvi a Evelyn, se eu estivesse feito o que ela tanto me aconselhou certamente meu menino estaria bem, quando ela chegou até mim, eu não tive reação, já estava sem forças até para falar, mas eu tinha que tentar uma última vez, não sei se irei suportar vê o meu filho morrer.

__Heloísa, salva o nosso filho__ela me olha como se não entendesse, ou não acreditasse nas minhas palavras__não deixa o nosso filho morrer__se afasta e me olha visivelmente nervosa, volta a se abaixar a minha frente__não tem motivo para que eu invente isso, só você pode salva ele, a inseminação, você se lembra?

__Me explica isso direito__sinto as lágrimas molharem meu rosto__que merda Melissa, como você pode esconder isso de mim__fala calma, mas vejo o quão chateada ela está, e sei que está se segurando para não surtar aqui.

__só não deixa ele morrer, depois você pode fazer o que quiser comigo, pode me chingar até me bater, você é a única que pode salva ele agora, só não deixa o meu menino morrer__suplico, ela fica sem reação por alguns segundo, me olha como se buscasse verdade em minhas palavras, fica de pé ainda me olhando, depois se vira indo até o meu pai.

__quem é o médico responsável?

__vamos lá, eu te levo até ele__eles se afastam o David se aproxima e me ajuda a levantar, me põe em uma cadeira.

__tudo vai ficar bem__me abraça de lado__por que não me procurou? Eu poderia ter te ajudado.

__não sabia nem o que fazer, pensei que conseguiria, e tinha fé que ele iria ficar bem, e olha só, meu filho está a beira da morte, por negligência minha__passo as mãos no rosto, ele segura minhas mãos e me puxa para um abraço, a Evelyn senta do outro lado, ela também está exausta, e sofrendo muito com tudo isso.

__tudo dará certo, ele vai ficar bem.

__obrigada, por esta aqui.

__não precisa agradecer.

__Melissa, vamos em casa__essa mulher parece que não se toca__você precisa, descansar, comer algo coisa.

__só saio daqui com o meu filho.

__filha...

__não me chama de filha, eu não vou, já disse que só saio daqui com o meu filho, não adianta, insistir__até ontem ela estava me criticando e me culpando por tudo, hoje quer dá uma de mãe preocupada, anos que eu não sei o que é ter uma mãe, ela se afasta.

O David sempre foi um amor, ele e a Evelyn não sairam do meu lado, já havia passado mais de meia hora, eu já estava a ponto de surtar, meu coração acelera quando vejo ela e meu pai vindo em nossa direção a Laís vem ao seu lado e conversa com ela.

__vamos transferir o Gael para outro hospital, já falei com os medicos responsáveis__fala assim que se aproxima, fico tensa ao ouvir isso__ele vai de helicóptero que é mais rapido e seguro, nós dois iremos de carro, vocês podem voltar pra casa, qualquer coisa ligaremos.