58°Capítulo

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Heloísa...

Quando a Eduarda veio até mim falando que ouviu uma conversa um tanto quanto estranha da Melissa não quis acreditar, mas fiquei encasquetando nisso, mas quando ela me falou que iria a um jantar de aniversário da Gabi, isso já me fez pensar que o que a Eduarda falou fosse verdade, ela não pode tá fazendo isso, filha da puta, querer me passar a perna.

Assim que ela saiu da minha sala mandei chamar a Gabi

__a senhora mandou me chamar?

__sente-se__ela aparenta está bastante nervosa__vou ser direta e não quero rodeios, ou você me fala a verdade, ou se considere no olho da rua.

__senhora eu...

__a Melissa me disse que hoje vai em um jantar comemorar o seu aniversário, só me diz se isso é verdade, só preciso saber disso.

__eu juro que não queria fazer isso, mas ela me ameaçou__o nervosismo é visível, ela gagueja bastante, está com medo.

__continua, não tenho o dia todo.

__ele me pediu para menti, caso a senhora me perguntasse algo, hoje nem é meu aniversário, mas foi o meio mais fácil que ela encontrou para sai sem te dar muitas explicações__respiro fundo sem querer acreditar__ela vai se encontrar com uma pessoa__abaixa a cabeça__e não é a primeira vez que ela se encontra com essa pessoa, várias vez eu tive que menti, me desculpa, mas eu não tive escolhas__não posso acredita, ela não faria isso comigo, tudo menos isso.

__some, e se isso for mentira, eu te mato__ela arregala os olhos, aponto pra porta me segurando pra não sai arrastando ela até a Melissa e tirar essa história a limpo, mas quero vê com meus próprios olhos, ela não pode ser tão cretina assim, cancelei a viagem e vou pegar ela no pulo, se realmente ela estiver me traindo, eu descubro.

Sai da empresa sem passar na sala dela, sei que se eu olhasse para ela iria questioná-la, a noite estava nervosa pra caralho, esperei ela na frente do prédio, vi o exato momento que ela entrou no táxi, linda como sempre, não sei nem o que falar, caso ela esteja me traindo.

O trajeto foi feito em menos de uma hora, o taxi para a frente de um prédio de luxo, a vejo parada por quase cinco minutos, ela olha para os lados e fala ao telefone, parece um pouco confusa, mas não demora a entrar, espero alguns minutos e entro, nem sei em que andar ela está, também sei que não irão me informar para onde ela subiu.

__senhora, precisa de alguma informação?__me aproximo do balcão.

__uma moça morena, ela estava com um vestido vermelho, ela entrou a poucos minutos, pode me informar para que andar ela foi.

__desculpa, não posso passar essa informação, são regras, posso até perder o meu emprego, desculpa mesmo.

__não, não, vou ver se consigo falar com ela__me afasto com o telefone em mãos.

Já fico nervosa, tento ligar mas a desgraçada não, atende, vejo o exato momento em que o Victor entrar no prédio, ele segue até o elevador, vejo que ele subiu para a cobertura, espero alguns minutos e pego outro elevador, o nervosismo era grande, ao chegar na cobertura vejo que só há duas portas, me aproximo de uma, seguro na maçaneta vendo que mesma esta encostada, fico uns cinco minutos ali, o medo de encontrá-la com aquele desgraçado me deixa sem ação.

Entro sentido minhas mãos suar, eu estou tremula, meu coração parece uma escola de samba, procuro em todos cômodos ali e nada, subo alguns degraus poucos degraus indo até o quarto, paraliso ao ver a cena, me encosto na parede sem acreditar na cena que vejo, ele esta deitado sobre ela e segura suas mãos no alto da cabeça, tento falar mas nada sai, fecho os olhos e aperto as mãos em punho sentindo o ódio se apoderar de mim.

Rompendo o preconceitoOnde histórias criam vida. Descubra agora