Prólogo

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Devil's Kettle, United States

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Devil's Kettle, United States. 09h15 PM;
Thursday.

Becky Turner Point Of View

🪩

A PLACA DIZ: BEM-VINDO A DEVIL'S KETTLE, ACHALEIRA DO DIABO”. POP 7.036. VER O QUE ESTÁ FERVENDO! Sério... diz isso mesmo. Uma escola, uma pizzaria, um semáforo eum monte de mata ao redor: basicamente os fundos de Lugar Nenhum, Minnesota. Foi aqui que tudo
aconteceu.

Eu sei que "Chaleira do Diabo" soa meio como magia negra, mas o lugar ganhou esse nome por causa de uma cachoeira. Tecnicamente, nem é uma cachoeira normal. Em vez de despencar em um riacho
ou córrego, a água cai em um buraco e de lá não sai mais. Não existe uma fonte a mais de um quilômetro de distância ou coisa assim: a água simplesmente some. Os cientistas não conseguem explicar. Já lançaram todo tipo de coisa lá dentro — aquelas bolinhas que quicam, tinta vermelha, lama radioativa, bebês... Ahá, agora peguei você! Essa dos bebês foi brincadeira. Cara, que tipo de
cidade você acha que é essa? Enfim, nenhum dos trecos que jogaram lá dentro jamais veio à tona.

Talvez tenham ido parar em outra dimensão. Ou talvez o buraco seja, você sabe... fundo de verdade. Acho que você está a fim de ouvir a história da Jennifer; é o que todo mundo sempre quer. Uma garota tão bonita, dizem, partir antes do tempo assim. Era líder de torcida, sabe. Popular e atraente.

As meninas da torcida apareciam em seus uniformes roxo e amarelo-mostarda, batendo as botinhas brancas em um ritmo mais perfeito do que a batida do tambor de Chip, depois desdobravam as bandeiras para dar alguns volteios. E, lá na frente, senhoras e senhores, estava Jennifer Check. Ela era linda. Cabelo castanho brilhante esvoaçante, peitões, cinturinha... O
pacote completo.

Difícil acreditar que estava no ensino médio. Parecia que tinha acabado de sair de uma das páginas duplas da Playboy. Essas apresentações antes dos jogos aconteciam com muita frequência (eu às vezes me perguntava se isso não seria só uma desculpa para ver Jennifer em sua
superminissaia plissada dando voltas na bandeira). Naquela época a gente era grudada, praticamente irmãs. O amor que se sela na caixa de areia nunca morre. Bom,
pelo menos é o que eu costumava pensar. Era fevereiro, uma quinta, e a escola inteira estava na apresentação, Jen acenou para a plateia e eu acenei de volta. Uma garota da nossa aula de biologia, Chastity, estava ao meu lado nos bancos do ginásio e revirou os olhos para mim.

Você é lésbica? — Chastity indagou.

— Quê? — Perguntei na defensiva. — Ela é minha melhor amiga, assim como a Needy.

Chastity imitou meu aceno.

— Você a olha como se quisesse se esfregar com ela. Tipo sexo sem penetrando.

— Falando assim até parece que você quer fazer isso com ela, Chastity. — Atirei, enquanto coçava meu nariz.

— O que? Com aquela vadia cheia da grana?

Hell Girl || Jennifer Check Onde histórias criam vida. Descubra agora