Jennifer e Becky são amigas inseparáveis, compartilhando risadas, segredos e uma cumplicidade única. Porém, o que começou como uma amizade colorida sem compromissos começa a se transformar quando sentimentos inesperados surgem. Confrontadas com a re...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Devil's Kettle, United States. 08h15 PM; Monday.
Becky Turner Point Of View
🪩
A CAMPAINHA PARECIA ECOAR POR TODA A CASA ENQUANTO EU CONVERSAVA COM Needy. O som foi tão alto que parecia uma sirene no meu ouvido.
Nesse instante, a campainha tocou novamente, me fazendo suspirar aumentando a preocupação de Needy.
— Puta Meda! Tem alguém aqui, Needy. —
— Cadê sua mãe?
— Trabalhando no turno da noite. Se mantenha na ligação, ok?
— Tá.
Desci as escadas e depois parei no patamar. Não ouvi nada, só o meu gato de estimação se espreguiçando no sofá.
O degrau rangiu, estremecendo a cada passo que eu dava, depois abri devagar caminho pela cozinha escura e cheia de sombras, tateando o balcão de fórmica. A maldita geladeira zumbia mais alto que uma serra elétrica. Fui até o corredor e olhei em direção a porta de entrada. Não dava pra ver nada pela janela da porta. Devagar me aproximei dali e olhei para fora. Nada. Acendi a luz da varanda. Estava malditamente vazia. Apaguei a luz.
— Certo, não tem ninguémlá fora. — Disse ao celular. — Isso é... muito estranho. Talvez eu esteja enlouquecendo com essa situação da Jennifer.
— Olha, eu realmente acho que deve ser algum idiota da escola querendo pregar alguma peça. — Needy comentou, escutando um bufo irritado meu.
— Não acho que seja alguém pregando uma peça, Needy. Acho que algoestá acontecendo nessa maldita cidade. — Respondi. — Mais tarde eu te ligo, ok?
— Ei!
Fechei o celular. Quem havia tocado a campainha? Abri o armário da cozinha buscando por algo para comer, enfiei a mão no compartimento mais alto antes de virar na direção da bancada, apenas encontrar Jennifer sentada em um dos bancos.
— Que Porra você ta fazendo aqui!? — Falei, soltando o pacote com salgadinhos no chão.
Um silêncio desconfortável pairou. Ela olhou para baixo, para os pingos de água, como se contemplasse aquela cena. Depois olhou novamente para cima e voltou a me encarar.
— Jen?
Jennifer aproximou o rosto do meu depois inclinou a cabeça para acariciar meu cabelo e o lóbulo da minha orelha. Meu corpo inteiro pareceu reagir ao seu toque, eu realmente não poderia ter um maldito pânico gay naquele momento. Aquele toque foi completamente diferente dos outros, como se eu de fato pudesse quebrar sob os seus dedos.
