•Matemática e incógnitas•

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Duas semanas depois | 14:30

P.o.v Megumi Fushiguro

Eu só preciso de mais um pouco de paciência, só isso. Uma matéria tão simples e esse desprovido de inteligência não consegue entender o básico. O professor em vez de ajudá-lo, larga todo o trabalho de tentar ensinar algo para Itadori a mim. Tenho certeza que Sukuna tem algo contra nós desde o primeiro dia de aula, além de ter reclamado horrores pra diretora Utahime sobre ter colocado a gente em sua sala, ele pouco se importa se estamos aprendendo algo ou não.

Tento fazer o possível para ensinar Itadori, que parece ficar cada vez mais perdido a cada explicação.

- Tenta usar essa fórmula pra fazer a conta. - Apontando em seu caderno o exemplo, deixo ele tentar fazer sozinho.

Pelo menos o garoto é persistente, acho que ele já tentou fazer essa conta umas vinte vezes seguidas e continua empolgado... Empolgado até demais pro meu gosto.

- Tá certo? - Itadori perguntou mostrando a conta em seu caderno. - Eu fiz do jeito que você ensinou.

- Mnnn... - Analiso a conta que se tornou difícil de entender com sua letras e números tortos. Mas apesar de sua caligrafia ruim, a conta estava correta. - Isso! Finalmente você acertou.

- Calem a boca antes que eu vá aí. - Sukuna reclamou sem nem se dar ao trabalho de tirar a cara da revista que estava lendo. - Pirralhos insolentes, não param de gritar por um minuto se quer.

Pra começar eu não estava gritando e ainda por cima, estou fazendo o trabalho que esse imprestável deveria fazer.

Me pergunto como um cara como ele conseguiu um emprego desses. Alguém tão mal educado, sem modos e que não tem o mínimo de jeito com crianças, deveria estar proibido de pisar em uma escola.

- Desculpe. - Respondo deixando meu orgulho de lado, mas não dá pra negar que revirei os olhos.

- Por que ele é tão mal com a gente? - Itadori perguntou inocentemente, quase em um sussurro. - Ele não faz isso com os outros alunos.

- Não faço a mínima ideia. Ah, talvez... O problema não seja exatamente conosco.

- Como assim?

Me recordo de quanto ouvi Gojo no telefone conversando com alguém que tinha uma voz bem semelhante a de Sukuna, cheguei a estranhar, mas não tive muita vontade de o questionar naquele momento.

- Eu acho que ele tem alguma coisa contra Gojo, não sei direito.

- Ué, mas o que eu tenho a ver com isso? - Questionou indignado. - Até onde eu sei, ele não tem nada contra meu irmão Choso.

- Sei lá, o fato de você ser idêntico a ele deve o irritar. Se não conhecesse nenhum dos dois, diria que são irmãos.

- Eu? Parecido com aquele aquele professor metido a bad boy? Pera aí.

Itadori não pensou duas vezes em usar a oportunidade pra fazer uma piada. Enquanto o professor não estava olhando, pegou uma das canetinhas em seu estojo e começou a rabiscar o próprio rosto em uma tentativa de copiar as tatuagens de Sukuna.

- Tá vendo? - Ele disse enquanto demonstrava seu trabalho, bem orgulhoso do que tinha feito. - Agora tô bonitão.

- Dá isso aqui. - Pego a canetinha de suas mãos e tento ajeitar os desenhos em seu rosto que estavam tortos e trêmulos em maioria. - Se for pra fazer, faz direito.

- Aí sim Fushiguro. - O rosado sorriu, aquele tipo de sorriso que você se pergunta se guarda em um potinho ou apenas aproveita o momento. - Eu sei que você me ama.

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⏰ Última atualização: Sep 12, 2023 ⏰

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Baby don't cry - Choso cuidando do mini Yudi ItadoriOnde histórias criam vida. Descubra agora