CAPÍTULO 2

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                    Invasor irritante

Maya narrando:

Calço meus tênis de corrida e saio em direção a lanchonete, uma caminhada de mais ou menos 5 ou 7 minutos, incrível como nada mudou por aqui,  quando finalmente chego perto da lanchonete, vejo que ela também não mudou por fora pintada em tons verde pastel com creme e uma listra vermelha e as janelas espelhadas dando para ver o movimento da rua, a lanchonete tem uma vibe anos 50, entro na lanchonete e é como se todos estivessem olhando para mim, será que é por causa do perfume ou a jaqueta de couro caríssima que minha avó me deu de natal? Me aproximo do balcão e o atendente sorri como um bobo, um senhor moreno de meia idade grisalho usando um avental com listras vermelhas e brancas.

- Oi minha mãe deixou um lanche pago aqui para mim- eu falo

- E bom te ver aqui de novo senhorita Jones- ele fala como se me conhecesse a anos e essa e a segunda vez que venho aqui, só sorrio – Já vou preparar seu lanche e o milkshake.

Me sento nas mesas perto da janela, fico olhando para fora, talvez não seja tão ruim estar aqui se estivesse em casa agora com certeza estaria lendo ou na academia, preciso arrumar uma academia urgente agora terei que pagar para fazer meus exercícios, não demorou muito e o senhor trouxe o meu lanche e meu milkshake com cobertura extra de morango e uma fatia de bolo de chocolate.

- Era só o lanche senhor – eu falo quando ele coloca o bolo na mesa

- Isso e cortesia de boas vindas – ele fala sorridente

- Muito obrigada- sorrio de volta ele sai e eu começo a comer e tomar o milkshake, o sabor é inexplicável uma delícia termino de comer me despeço do senhor e volto para a casa da minha mãe.

Durante o caminho pego meu celular, quase sem bateria, uma mensagem do meu pai

Mensagem On:

Papai❤️

Oi filha! Já chegou em Forks? Mande notíci.

Mensagem Off

Sério se ele se preocupasse tanto assim não teria me mandado embora, ele e tão sem noção e porque ele quer saber? Quer ter certeza que eu estou longe? Ele é um babaca sem noção coloco o celular de volta no bolso e continuo a caminhar, chegando perto de casa vejo uma moto não qualquer moto uma Harley Davidson, uma das motos mais lindas do mundo, parada bem na frente da minha casa quando estou chegando mais perto da porta escuto uma voz masculina.

- Sam não vai gostar nada quando descobrir que ela está aqui e você não falou nada para ele- a voz fala

- Eu não devo satisfações ao Sam, aliás você que e o cachorrinho dele não eu- fala Sue com o tom de voz alterado, abro a porta. 

- Voltei- eu falo sorrindo, o rapaz e alto de cabelos grandes, fico o encarando, eu juro ele e perfeito o tipo de homem que parece ter sido desenhado pelos deuses, seu rosto é igual da Sue ele e largo e magro e tem um queixo perfeito, seu cabelo está metade amarrado e a outra parte solta.

- Seu pai não te ensinou que ficar encarando as pessoas é feio?- ele fala com tanta raiva que faz todo o meu corpo tremer.

- Seth- fala Sue nervosa

-  O seu pai não te deu educação? Ou ele é rico o suficiente para a filha dele ser uma esnobe?- continua, eu juro poderia enforcar ele até a morte, a essa altura meu sangue já está fervendo.

- Olha aqui garoto, você está dentro da minha falando mal de mim pelo visto a pessoa mais sem educação aqui e você, eu me apresento antes de sair ofendendo as pessoas igual um louco- apesar de toda a arrogância implícita em todo o ambiente que o cerca, o idiota e bem gatinho.

- Eu sei quem você é – ele da risada em tom de sarcasmo, que sorriso lindo

- Além de ser sem educação e um arrogante, consigo sentir a quilômetros daqui o cheiro de gente mesquinha que saí de você-  eu falo e dou alguns passos até ele.

- Seth vá embora agora- Sue grita com o menino que olha para ela furioso

- Essa conversa não acabou, eu te espero em casa – ele ameaça a pobre moça.

Ele sai andando esbarrando em mim ele fecha a porta com tudo fazendo um barulho enorme.

- Maya me desculpe por isso- ela fala frustrada – Eu não sei mais o que fazer eu perdi o controle sobre ele

- Eu entendo- falo forçando um sorriso, ela poderia simplesmente mandá-lo para a casa do pai, como meu pai fez comigo

- Essa fase está acabando comigo- ela pega uma roupa no chão e consigo ver o quanto ela está exausta por causa do filho rebelde – Menina vá descansar a viagem foi longa e se te conheço não deve ter pregado os olhos por um segundo.

- Eu vou subir e tentar pegar no sono, qualquer coisa pode me chamar- falo e saio andando em direção ao andar de cima.

Passo no banheiro antes de deitar, lavo meu rosto e me encaro no espelho e me pergunto o que estou fazendo aqui, tenho que manter a postura de boa moça quem sabe meu pai me queira de volta, escuto uma goteira persistente de baixo da pia quando me abaixo para ver está quase jorrando água pelo cano se não arrumar vai inundar a casa, eu vou para o meu quarto e arrumo a cama com um lençol florido coloco meu celular para carregar e me deito e fico olhando para o teto, até pegar no sono, estou tão exausta que  nem sonhei.

Quando finalmente acordei já se passavam das 20:00 da noite, me levanto e vou para a cozinha procurar alguma coisa para comer, abro a geladeira e tudo que tem nela é ovos e água, bom pelo menos tem ovo, pego um acho um pacote de pães eles parecem bons, faço um sanduíche de ovo, apesar do improviso está delicioso, Rafaela arrasa nos sanduíches saudades.

Sinceramente acho  que vou conseguir e só uma temporada logo voltarei para casa e tudo irá ficar bem, pelo menos sei fritar um ovo vou conseguir sobreviver, procuro por alguma coisa interessante na televisão e para a minha sorte está passando a série que carrega mais dinheiro que o banco central as Kardashian’s sério e muito bom ver gente rica brigando por baboseira, me deito no sofá velho e fico assistindo graças a Sue a casa está limpa e cheirosa e novamente habitável.

Estou tão cansada ainda que acabo dormindo no sofá, acordo com o barulho da porta batendo ainda com a visão borrada vejo somente um pontinho branco, sei que e minha mãe.

- Dormiu no sofá querida?- ela fala passando a mão no meu cabelo ajeitando atrás da orelha – Você comeu antes de deitar?

- Oi mãe- coço os olhos- comi um sanduiche de ovo.

- Deveria ter ido fazer compra antes de você vir- ela bufa – podemos ir amanhã ao supermercado oque acha?

- Claro mãe vou subir para o meu quarto- eu subo antes que ela fale mais alguma coisa me jogo na cama e durmo pesado mais uma vez, acordo quando algumas frestas de sol atravessam minha cortina fina batendo bem nos meus olhos, me levanto arrumo uma roupa leve para vestir.

Pego um vestido preto com manguinhas e flores coloridas por ele todo, pego minha toalha e vou para o banheiro, tenho costume de tomar banho assim que acordo, escovo os dentes faço minhas necessidades e tomo banho, lavo meu cabelo com os shampoos baratos da minha mãe mesmo, esqueci de trazer os meus, volto para o meu quarto e me troco, coloco meus havaianas branco e desço para o primeiro andar, achei que estaria sozinha mais deparo com a minha mãe sentada na mesa tomando café da manhã, ela caprichou tem ovos mexidos bacon e panqueca, suco de caixinha e café.

- Bom dia- eu falo me aproximando da mesa minha mãe desvia o olhar do jornal local.

- Bom dia, fiz um café caprichado para você- perfeita ela fala me sento junto a ela para tomar café- podemos ir ao supermercado depois do café e podemos fazer oque quiser depois, apesar que em Forks de domingo não tem muito oque fazer.

- Aposto que acharemos algo legal para fazer- eu falo me servindo com ovos e bacon, minha mãe pode ter todos os defeitos do mundo mais sua comida e.

Lua de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora