CAPÍTULO 14

94 8 3
                                    

                Filha morta

Maya narrando:

Tudo está indo bem que chega ser assustador, conheci meus irmãos de matilha tantas pessoas até o Brady faz parte, não deu para decorar o nome de todos, a irmão do Seth Leah me emprestou algumas roupas dela, parecem farrapos mais ela disse que é confortável é se for para estragar uma roupa que seja uma velha, ela tem razão.

- Come maffins- fala Emilly.

- Eu estou sem fome- falo e todos começam a atacar os muffins, principalmente o Seth.

- São os seus preferidos- ela fala esticando a mão com um muffin para mim, eu estou com vergonha mesmo assim eu pego, dou a primeira mordida e como uma viajem no tempo quando estava chovendo e minha mãe fazia muffins para mim e Seth, nós passávamos o dia todo assistindo desenho e comendo muffins.

Eu olho para ele que sorri para mim, como o meu e vou para o lado de fora todos conversam sobre alguma coisa que não entendi direito, me sento na varanda tem algumas cadeiras nela.

- Fico feliz que não tenha desistido das suas origens- fala Sam – Muitos dos meninos ignoraram a transformação e apareceram aqui depois de quase um mês ou dois.

- Eu entendo como são as coisas, e já estava saindo do controle, quero aprender a me controlar- eu falo olhando para ele.

- Agora eu e os meninos temos um serviço para fazer, você pode ficar com a Emilly até a gente voltar se quiser – ele fala com uma certa tensão na voz.

- Tudo bem- eu me levanto, as roupas que a Leah me emprestou são confortáveis, estou com uma regata branca e um short jeans, e meus chinelos, estou parecendo algum tipo de morador de rua com essas roupas, mais são tão confortáveis e está com um cheiro maravilhoso de amaciante.

Volto para dentro da casa, Emilly está lavando a louça.

- Você quer ajuda?- eu pergunto.

- Não querida está tudo bem- ela fala passando a esponja nos copos – Esse e o meu trabalho, ser a esposa do chefe não é fácil.

Ela ri, ela enxagua toda a louça, e se sentou comigo na mesa.

- Como está a sua mãe?- ela pergunta secando as mãos – Ainda desorganizada?

- Isso está no sangue, pode se passar anos e ela vai continuar sendo a mesma de sempre – eu brinco e ela sorri.

- Éramos muito amigas, na verdade ela foi minha única amiga por anos.

- Porque acabou a amizade?

- Nós engravidamos- ela sorri- Sua mãe teve uma gravidez muito difícil, vivia enjoada e ficou muito fraca, nós quase a perdemos no dia do parto, engravidamos juntas e tivemos bebê no mesmo dia.

- É sua filha já está na faculdade?

- Ela infelizmente morreu, algumas horas depois do parto, foi uma dor que jamais senti algo parecido na vida.

- Eu sinto muito por isso.

- Minha pequena Jade, hoje teria a sua idade eu fico imaginando como seria minha vida se ela estivesse aqui.

- Bom você agora tem 14 filhos- eu brinco falando dos meninos

- Nem me fale, eles me dão uma dor de cabeça, parecem crianças brigam por tudo- ela da risada, ela se levanta e vai até a sala ela volta com um álbum de fotos, ela o abre- Olha essa foto, eu e sua mãe no baile de formatura.

A foto antiga com um HD péssimo, minha mãe está linda na foto ela não mudou nada, ela folheia o álbum e para em uma parte cheia de fotos da sua bebê.

- Essas são as únicas fotos que tenho da minha filha – uma foto dela com o neném nos braços e outra do Sam tão sorridente.

- É uma linda bebê – eu falo, a bebezinha com os olhinhos puxados e com a pele bem clarinha, vestida toda de rosa- Você é o Sam nunca mais tentaram engravidar?

- Eu não quis, não quis passar por tudo de novo- ela balança a cabeça em negação, pego a sua mão.

- Eu sinto muito por isso.

Nós ficamos conversando por um bom tempo, ela me contou como conheceu o Sam e tudo que aconteceu quando fui para a Flórida, ela disse que existem frios nessas terras, fico me perguntando oque são frios, os rapazes voltam e a Emilly corre para guardar o álbum.

- Sam não gosta que eu fique olhando diz ele que isso é muito deprimente- ela fala e depois sorri para mim.

- Não vou contar nada fique tranquila – falo e em poucos segundos os rapazes entram e a casa fica cheia de homens sem camisa, Seth entra na casa ajeitando o cabelo.

- Aí Emy tem alguma coisa pra comer?- pergunta Paul

- Eu sempre deixo alguma coisa no forno porque sei que voltaram famintos- fala Emy indo até o forno, ela pega uma enorme forma, ela coloca na mesa a forma está cheia de frangos assado.

- Pega antes que eles ataquem – ela fala olhando para mim, pego um pedaço e logo todos começam a atacar o frango.

- Quando quiser ir para casa e só avisar- fala Seth e pega um pedaço de frango, ele também está sem camisa e com um short jeans quase todo rasgado, depois de um tempo Seth me chama para ir embora, fico pensando na Emilly e sua filha, coitada.

- Está pensativa oque aconteceu?- Seth pergunta

- Emilly me contou sobre a filha- eu falo – Coitada.

- Ela já superou isso.

- Eu acho que não ela vai levar isso para sempre no coração dela, eu não consigo nem imaginar como eu ficaria.

- Ela e Sam convivem como se a filha estivesse viva – Seth fala e respira fundo – Eles ainda mantém seu quarto limpo e arrumado na esperança que um dia ela volte.

- Coitados, eles eram tão novos, eu queria muito poder ajudar- eu olho para o Seth.

- Não tem oque fazer e nem como ajudar- ele ergue os ombros – Todos nós queríamos ajudar.

- Deve ser tão triste conviver com isso.

- Gosto de pensar que isso não é problema meu e não devo me meter- em uma parte achei insensível mais ele está certo, isso não e problema meu não tem como ajudar então tenho que deixar isso para lá, chego em casa tomo banho e pego o livro que o Billy me emprestou.

Folheio ele e lá estão tudo que eu preciso saber sobre a tribo, sobre os costumes e até mesmo sobre os cônjuges e impringt, sem a aprovação dos líderes não podem casar isso e uma das leis.

Lua de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora