Boby - [Eddsworld]

Quarta noite

Está escuro, não tem luz alguma, Tom está em um campo sombrio, isolado de qualquer luz, um lugar onde o céu é vermelho e a grama é negra, um local nebuloso, onde o tempo parece não passar, as nuvens estão paradas, a grama alta não mexe nem um milímetro, mesmo com uma leve briza fria e gelada, o horizonte é nebuloso, com as sombras de altas e grandes árvores isoladas, muito longes umas das outras... parecia, um inferno pessoal.

–...Hey...tem alguém aí...? ... –

Tom escuta uma voz sinistra e grave...

–ภєм ยм Qยєภย๒เм єภc๏รтคภค єм тเ...–

–Ele acorda dando um grito.–

–Aaah! – Tom olha em volta confuso, ofegante, assustado...ele não sabia de onde veio essa voz, queria descobrir a dias...esse voz anda o assombrando seus sonhos, o acordando no meio da noite. – que merda... –

A porta do quarto do Tom se abre, logo Edd aparece.

–Tom? Está tudo bem...? Essa já é a quarta vez que você acorda aos gritos...

– Ah...Edd... você sabe que horas são...?...! – Tom parece se sentir culpado – você devia estar... dormindo agora... – ele suspira frustrado, parecendo angustiado. – Edd...vai dormir... não se preocupe comigo...

– Ah...Tom... isso é um pouco difícil quando você acorda gritando às 04:00 da manhã...
Bem, eu já estou aqui mesmo então...–

Edd entra no quarto de Tom, fechando a porta atrás de si

–Aconteceu de novo? Aquela voz sinistra...? – Edd se aproxima de Tom, sentando na cama, perto da lateral.

–... É...sim, aconteceu de novo... – Ele estava tentando ser vago, não queria preocupar ainda mais o amigo.

– Tom, se quiser... podemos dormir o restinho da noite juntos se isso te fizer se sentir mais seguro... não tem problema por mim, só quero que volte a dormir em paz.

– Edd, você não precisa...– Tom pensa um pouco mais, ele sabia o que aconteceria se não conseguisse dormir...– Tudo bem... tudo bem, vamos voltar a dormir então Edd. – Tom abre um sorrisinho fraco, levantando o cobertor para Edd entrar para se aquecer, logo Edd se deita ao lado de Tom, e aos poucos os dois voltam a dormir.

Na manhã seguinte, Edd acorda e logo se depara com Tom, ele está sentado na cama, encolhido, com as pernas ainda cobertas pelo cobertor. Ele está pálido, tremendo e suado, encarando o canto do quarto fixamente, ele nem ousa piscar, não desviando o olhar nem por um único segundo, ele engole em seco, até a profunda escuridão nos lugares do olhos de Tom parecem brilhantes, ele parece segurar as lágrimas, os dentes batendo e rangendo, Tom está puramente aterrorizado, ele não move um músculo e mal respira, parece estar tentando ficar o mais quieto possível, como se isso dependesse de sua vida.

– Hum...?! Tom! – aos poucos Edd percebe cada um dos traços de alguém aterrorizado em Tom. – Tom! – Ele balança o amigo levemente, tentando tirá-lo desse transe tão sinistro.

–...El...n...qu...s...r...de...m...

–Que...? Tom...? O que você disse...? – Edd ouviu o baixo sussurrar de Tom, era baixo, tenso, soava assustado e completamente fora de si, Tom nunca esteve tão ruim antes.

– Ele não quer sair de mim... – Ele diz com as lágrimas quase rolando por suas bochechas, os dentes batendo do tanto que Tom treme ligeiramente.

– Que?! Tom! – Ele percebe finalmente o olhar fixo de Tom em um único ponto do quarto, atrás da porta, num canto escuro. Edd decide puxar Tom para um abraço, tentando forçá-lo a sair desse transe. – Tom...

– Edd estava começando a ficar assustado também, por que Tom olha fixamente para aquele ponto do quarto sem sequer piscar? Por que ele parece vigiar tão atento aquele único canto escuro atrás da porta? Por que ele olha tão fixamente com um olhar de puro desespero...e se mantém completamente congelado? O que faria Tom se assustar tanto assim...?
Edd permanece abraçando Tom no colo, e agora junto com ele, também observa atentamente o canto escuro atrás da porta, ele não enxerga direito pois está bem escuro ali...ele começa a sentir medo...um medo agoniante, seu peito começa a descer e subir rápido, porém, muito baixo...ambos tentam ficar o mais silenciosos possível, encarando fixamente aquele lugar que transmite tantas sensações ruins.

– Nheck – Ambos escutam a porta abrir, e logo vem uma sombra familiar, era Matt, que estava procurando Edd... afinal, ele sumiu do quarto e Matt não o vou mais.

– M-Matt...! – Edd fala, soando como um "grito baixo",  ele parece assustado e ainda agoniado.

– Edd...? – ele percebe o Tom logo em seguida. – o que aconteceu com o Tom? – ele soa preocupado, por mais que antes estivesse procurando por Edd.

– Eu não sei... – Edd voltava a encarar atrás da porta, era quase como se houvesse algo ali, porém, Edd não o via, e isso era o que mais o assustava, temia pelo desconhecido, não sabia o que estava ali, no canto escuro, e ficava com mais medo ainda imaginando as possíveis visões de Tom nessa momento, não um monstro que bebe toda Coca...— que digamos que seria uma das piores imaginações de Edd — "é o Tom ...", ele pensa, Tom é forte e corajoso, não é qualquer coisa que o derruba, então o que quer que fosse que ele estivesse vendo agora, certamente seria a pior visão do mundo para ele...

– o que está olhando...? – Matt vai olhar atrás da porta.

– Não! – Tom gritou, parecendo temer com o que fosse acontecer com Matt caso olhasse atrás da porta, assustando ambos, Edd e Matt.

– O que foi Tom...?...o que tem atrás da porta? – Tal grito atiça a curiosidade de Matt, por mais que tenha se assutado antes.

– Matt...liga a luz...por favor...– Edd pede, parecendo assustado.

– ah...claro – Matt liga no interruptor do quarto.

Os três escutam um som alto, sons pesados e assustadores...
Tom finalmente consegue desviar o olhar do canto escuro, prestando atenção na porta aberta, Matt e Edd também esperam algo acontecer, todos ansiosos com quem ou o que estivesse produzindo esse som.

– Que porra...por que diabos vocês estão gritando às 06:00 da manhã?! – era apenas Tord, raivoso que os gritos de Tom o acordaram tão cedo. – responda-me! Que merda...o que aconteceu com vocês? O gato comeu a língua foi...? – ele solta uma riso nasal.

{Eu não sei se continuo a escrever :v}