A Princesa e o Pé de Manga (ONE-SHOT)

A PRINCESA E O PÉ DE MANGA

"A ganância humana não tem fim.

Mesmo após consumir toda a riqueza de seu planeta, eles não conseguiram parar o crescimento de sua ganância, o seu desejo pelo poder, seu apreço pela luxúria era infinito e os consumiam até o fim de sua essência, os tornando o que são hoje, a autoproclamada "realeza" de todo o cosmos.

O desejo humano por riquezas os levou até onde nenhuma raça jamais chegou, dando poder o bastante para eles comparem seus próprios planetas, criando seus próprios reinos, mas não satisfeitos ainda, após isso, eles perceberam que ainda faltava algo…

Alguma coisa que fizesse eles se sentirem ainda mais superiores e dominantes.

Então foi assim que os humanos compraram seus próprios "Deuses", aqueles que em troca de um contrato de alma e riqueza, iria proteger esses reinos.

E foi em um desses planetas que essa história começa, em um lugar desconhecido, muito longe entre as estrelas."

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A neve caia lentamente, cobrindo algumas casas com delicados telhados vermelhos, que subiam em formato similar a de um chapéu de bruxa, as paredes das casas eram metálicas, com um prateado brilhante e grandes parafusos que chumbavam as paredes umas nas outras, as juntando em um engraçado formato hexagonal

Ao meio das casas cobertas pela neve, uma jovem de cabelos azuis marinho caminhava, ela trajava uma touca e um grosso sobretudo preto com alguns pelos, acima de sua cabeça flutuava um objeto transparente e chamativo, que de perto era possível ver que o tal objeto era uma coroa, que indicava que a jovem era uma princesa ou coisa do tipo.

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"Eu me chamo Saphyr, sou a Princesa do Planeta Agartha, um lugar frio, mas aconchegante e ao contrário da sensação climática do nosso planeta, as pessoas daqui são bem quentes.

O único defeito de nosso planeta é não possuir vegetação ou coisas do tipo, sobrevivemos graças a avançada tecnologia criada pelos meus antepassados. 

Um dia eu sei que vou ver árvores e flores de verdade, mas enquanto isso não acontece, eu continuo aqui, presa no gelo.

Será que a mamãe também se sentia assim?"

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A jovem caminhava com calma até um pequeno moinho todo enferrujado e destruído, ele nem sequer possuía todas suas hélices, restando apenas uma, rubra e coberta de oxidação.

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"Esse é meu lugar favorito, eu tenho certeza que ninguém nunca iria me encontrar aqui…"

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O pensamento da princesa rapidamente é cortado por um assobio lento e preguiçoso. 

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"Então é aqui o seu esconderijo, filhotinho?"

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Pronunciou um majestoso ser de cabelos brancos como a neve, mas um tanto bagunçados e cumpridos, se estendendo até a sua cintura.

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"Você já deve saber, mas um humano na sua posição não deveria caminhar tão longe do Castelo. 

Seu pai deve estar preocupado, além disso não quero trombar aquele soldado humano, interagir com vocês as vezes é tão…estressante."

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Bufando o ser terminou seu diálogo, colocando as mãos apoiadas com gentileza em sua cintura, ele encarou com firmeza a jovem princesa, que encheu os pulmões e gritou: NÃO!