Under Control - Klonnie

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“ um pé na frente do outro, apenas siga em frente.”

Chicago, Illinois

Bonnie Bennett

Mais uma cidade aleatória escolhida por sorteio.

Matt e eu já tínhamos passado por Santorini, que por sinal tem uma energia muito boa e ficamos bem bronzeados, Roma, onde Matt acabou ficando muito bêbado e tive que tirar muitas fotos para bagunçar com ele , Johanesburgo na África do Sul, onde conheci um clã de bruxas e a Xamã deles me ensinou a controlar meus poderes e a usar no momento certo e não deixar as emoções me guiarem, passamos um mês por lá.

Então voltamos a nossa jornada de descoberta pelo mundo e fomos até Amsterdam, passear pelos canais , conhecer novas culturas, ter a chance de viver novas aventuras era realmente incrível, conhecemos uma das melhores baladas de Ibiza e a cultura brasileira também entrou em nosso roteiro, fizemos um tour na floresta amazônica e conhecemos as famosas praias do Rio de Janeiro.

A cada cidade, Matt tirava uma foto nossa e guardava ou enviava para Caroline e Tyler.

Em quase um ano longe de Místic Falls aprendi muitas coisas sobre mim mesma, sobre magia e estava cada vez mais segura de mim mesma.

Estava sabendo quem eu era de verdade.

Estava sendo egoísta pela primeira vez e me colocando em primeiro lugar.

Caroline ligava toda semana para Matt para saber das suas aventuras e eu ficava feliz por saber que a loira realmente sentia minha falta.

Várias vezes eu ouvi a conversa de ambos e me sentia culpada por estarem vivendo em um “luto”.

Mais tirando as ligações semanais de Caroline e Tyler, que por acaso encontramos na Califórnia, mais eu pedi que não falasse nada a ninguém sobre o fato de eu estar vida e viajando pelo mundo com Matt, ninguém mais ligava.

Eu sabia através das ligações que Damon e Elena estavam tendo problemas, com ela tentando controlar sua sede por sangue e nenhum deles podendo entrar em Místic Falls, graças ao feitiço dos viajantes que tirava toda a magia da cidade.

Stefan tinha ido embora para Savannah e Alaric tinha se tornado humano, graças a médica que o salvou quando o mesmo atravessou a barreira da magia, e agora estava noivo da médica, que também era uma bruxa.

No momento estávamos em Chicago, enquanto Matt estava fazendo um bico como barman, eu estava dançando como se não houvesse amanhã.

E se fosse pensar por esse lado, eu realmente nunca sabia quando iria amanhecer com vida.

Under Control tocava e eu deixava meu corpo ganhar vida com o ritmo.

Tinha esquecido o quanto amava dançar, me divertir como toda garota da minha idade, tudo porque me vi envolvida no drama de vampiros, lobisomens, híbridos, bruxas e duplicatas.

- olha só mais que surpresa...

Me virei e vi Enzo, o vampiro que me ajudou com o feitiço do outro lado, e que por ironia, era amigo de Damon.

- Enzo...

Senti suas mãos na minha cintura.

- alguma coisa me diz que além do barman, ninguém mais sabe que você está viva...

Ergui as sobrancelhas.

- o que te faz pensar isso?

Ele olhou em volta.

- o simples fato de eu não estar vendo nenhuma loira, nenhuma duplicata, nenhum caçador e muito menos nenhum dos irmãos Salvatore...

Balancei a cabeça.

- por acaso minha vida gira em volta deles?

Perguntei e ele deu de ombros.

- foi o que vi durante o tempo que fiquei próximo de vocês...

Peguei a bebida que ele tinha e virei.

- resolvi ser egoísta e me colocar em primeiro lugar, me julgue...

Ele riu e me girou.

- não sou ninguém para fazer isso love...

A música mudou e voltei a dançar, agora tendo o vampiro como companhia.

•••

Abri os olhos e logo os fechei quando a luz do sol queimou minha retina.

- droga...

Reclamei e ouvi uma risada baixa.

- ressaca bruxinha?

Joguei minha cabeça contra o travesseiro fechando os olhos.

- eu amo bourbon, mais odeio a consequência do dia seguinte...

Ouvi a risada do vampiro e de olhos fechados e com magia joguei o travesseiro contra ele.

- pode conseguir uma aspirina por favor?

- pensei que fosse forte pra bebida...

Botei o travesseiro na minha cara e ouvi a porta sendo batida.

Peguei meu celular que tinha uma mensagem de Matt perguntando se eu estava bem.

Respondi que sim e levantei da cama.

- trouxe a aspirina e um café extra forte, acho que está precisando...

Peguei os dois da mão do vampiro.

- obrigada – peguei minha calça que estava ao lado da cama – Enzo eu iria ser eternamente grata se não contasse a ninguém que me encontrou em Chicago...

Ele sentou na cama e ergueu a blusa e a peguei.

- fugindo da turma do Scooby? Vi que só o barman está com você, mais não vi nenhum sinal da duplicata, da loirinha ou dos irmãos Salvatore e a última vez que te vi estava escapando do outro lado...

Vesti a blusa e peguei o salto debaixo da cama.

- ele é o único que sabe que estou viva e por enquanto quero manter assim, ainda não estou pronta para os dramas de vampiros...

- seu segredo está seguro comigo bruxinha...

Peguei a jaqueta e meu celular.

- nos esbarramos por aí Enzo...

Sai do quarto e mandei mensagem a Matt.

- pelo jeito a noite foi boa...

Meu amigo falou e o empurrei.

- para tá, foi só uma noite divertida com Enzo...

Ele riu

- que por acaso e um vampiro e amigo do Damon...

Revirei os olhos.

- o que combinamos sobre o povo de Místic Falls mesmo?

Ele revirou os olhos e abriu a porta do carro.

- sem nomes, sem ligação e sem notícias...

Repetimos juntos e entramos no carro.

- vamos tomar um café e depois conhecer a cidade...

Falei e ele concordou.

•••

- então estava pensando em irmos dar um passeio Pontiac, sempre quis ir lá...

Olhei no relógio.

- temos tempo, se pegar a estrada agora, chegamos lá em uma hora e meia e já aproveitamos para conhecer alguma balada...

Concordei e logo o som estava alto e enquanto Matt ria eu batia meus dedos no volante do carro e cantava Bon Jovi.

- vi um hotel na entrada da cidade...

- vou lá reservar dois quartos e nos encontramos no museu...

Matt falou e o deixei com o carro e segui a pé.

Pontiac era uma cidade bem calma , comparada a Chicago, e nem era tão distante uma da outra.

Parei em frente a praça e suspirei absorvendo a energia calma, a magia pura e...

Parei ao sentir a energia diferente.

Eu conhecia essa energia.

Fechei os olhos e murmurei.

Em quase um ano viajando pelo mundo encontrei muitas bruxas, lobisomens e vampiros, mais foi só em uma cidade que encontrei a energia que estava sentindo no momento.

Místic Falls.

Olhei em volta porque tinha outra energia.

Uma mais forte ainda.

Uma que eu ainda não tinha encontrado em nenhum outro lugar.

Essa era uma magia pura.

Olhei para o outro lado da praça onde uma mulher loira brincava com um carrinho de bebê e sorria.

Não.

Impossível.

Inacreditável.

Droga.

Não.

De novo não.

Nova Orleans, Louisiana

Klaus Mikaelson

Todas as noites eu ficava olhando a cidade em festa em Nova Orleans.

Turistas, vampiros e bruxas.

A música animada, as luzes, tudo era realmente incrível, mais nada me fazia preencher o vazio dentro de mim.

Meu atelier era praticamente destruído todas as noites, eu não conseguia conter a raiva de não ter minha filha perto te mim.

Todas as noites ficava observando a festa da janela do quarto que seria de Hope.

Mais ela ia voltar.

Meus inimigos ainda não sabiam disso, mais iriam pagar por cada segundo que passei longe dela.

Todos iriam sangrar por cada lágrima que Hayley derramou.

Ela iria voltar pra casa e eu não descansaria até cumprir minha promessa.

Elijah tinha saído e eu tentava pintar e não conseguia.

Joguei a tela contra a parede e soquei a mesma.

- acredito que ainda esteja sem ideias...

Elijah falou entrando e pegando o quadro destruído.

- está faltando uma cor importante na minha paleta...- falei batendo na vitrola – o sangue do nosso inimigo...

Elijah jogou o quadro no chão.

- recomendo o vermelho veneziano...

- já tem meses Elijah , concordei com o plano de sentar e não fazer nada, viver a droga do luto – murmurei – mais a minha filha está longe de nós e outra lua  cheia se aproxima enquanto a droga daqueles anéis roubam a minha força...

Fechei as mãos e os olhos.

- então ficará feliz em saber que localizei o último anel que rouba sua força irmão...

Elijah sorriu.

- então está na hora de trazer Hope pra casa...

Meu irmão negou.

- ainda não, estou preocupado com Hayley...

- falou com ela?

Perguntei.

Afinal a última vez que a vira fora semanas antes, desde então raramente ela aparecia no complexo.

- infelizmente – meu irmão começou – assim como pai da filha dela, Hayley prefere enfrentar seus próprios demônios sozinha...

Pontiac, Illinois

Bonnie Bennett

Observei a loira de longe e murmurei um feitiço de camuflagem.

O que ela estava fazendo?

Quem era a criança? E porque o poder que eu sentia vindo do bebê era mais forte que o da vampira original?

Meu celular tocou e vi na tela o nome de Matt.

- onde você está?

- estou resolvendo um assunto e já te ligo de volta...

Desliguei o aparelho e olhei para a loira que agora olhava na minha direção.

Ela tinha sentido.

Desfiz a camuflagem e me aproximou.

- Rebekah...

A loira pegou o bebê no colo e escondeu o rosto da criança.

- o que está fazendo tão longe de Místic Falls bruxa?

Indiquei o bebê.

- eu poderia te fazer a mesma pergunta , mais eu tenho quase certeza que tem alguma coisa com o bebê no seu colo...- falei – de quem e esse bebê Rebekah? Andou sequestrando algum bebê de uma mãe?

- não interessa a você bruxa, fica bem longe de mim e ...

- Rebekah?

A voz de Matt se fez presente e a loira o olhou.

- Matt...- então me olhou – mais o que diabos os dois estão fazendo aqui?