Under Control - Klonnie

15

Toda noite tento ao máximo sonhar

Que o amanhã tornará tudo melhor

Então acordo com a fria realidade

De que nada mudou

 

Nova Orleans, Louisiana

Bonnie Bennett

Eu ainda podia sentir a escuridão, o vazio, o frio...

Podia sentir tudo...

A dor, medo, tristeza, raiva, solidão, ódio, desespero...

Podia sentir tudo, e ao mesmo tempo não via nada.

Só o vazio.

O álcool desceu queimando pela minha garganta e fechei os olhos apreciando o gosto que com o tempo se tornou meu companheiro de solidão.

Olhei para a escuridão da noite e fechei os olhos.

A maioria das pessoas que eu conhecia tinham medo do escuro, mas, eu gostava da sensação de paz que ele podia me trazer.

Passei a mão no pescoço que estava um pouco dolorido, mesmo que não tivesse nenhuma marca de mordida, eu podia sentir as presas do híbrido perfurando minha pele e eu sentia tudo dele.

O medo de perder Hope, o amor que sentia por ela, a ligação com sua família que ia muito além do sangue que compartilhavam.

- as vezes eu gosto do silêncio, da sensação de paz em meio ao caos que ele pode trazer – ficou em silêncio – mais imagino que a senhorita saiba disso...

A voz de Elijah me fez abrir os olhos.

- aprendi a gostar do silêncio...- murmurei sem olhar para o original – me traz um pouco de conforto e normalidade em meio essa vida repleto de caos... – tomei um novo gole do álcool – e o fato de eu ser psíquica não muda muita coisa, e cansativo demais controlar, então evito ao máximo usar...

- quando descobriu? – o olhei – que era uma bruxa psíquica?

Olhei para o anel que tinha no meu dedo.

- acredito que já deva saber que eu morri e para voltar tiver que ser a âncora que separava o véu entre os vivos e os mortos...

Elijah concordou.

- Niklaus comentou...

Balancei a cabeça.

- com isso eu pude Ayanna Bennett que me contou muitas histórias interessantes sobre a linhagem das bruxas Bennett- o olhei – e por ela acabei descobrindo que as bruxas Bennett tem uma longa história com sua família...

Ele concordou

- Ayanna era melhor amiga da minha mãe, e nós tínhamos uma relação muito próxima antes de nossa mãe nos transformar em vampiros...- olhou o anel – mas mesmo sendo contra o que Esther havia feito, ela não nos deixou na escuridão...

Ergueu a mão com o anel da luz do dia.

Suspirei.

- sei que você e nem ninguém da sua família confiam em mim e acredite isso e recíproco, mas por Hope acredito que possamos fazer um acordo...

Elijah me olhou.

- esse acordo não seria melhor feito com meu irmão Niklaus?

Perguntou