Capítulo 22

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Lucca

Apesar dos meus esforços para poder ficar com Beatrix, não percebi que meu maior inimigo seria eu mesmo e meu medo de perde-la se lhe dissesse a verdade, por isso escondi a situação e ela soube de tudo da pior maneira possível. Agora ela se foi e meu coração estava em frangalhos.

Como minha prima do mal mandou Beatrix de volta para a casa dela em Nova Jersey sem mim, tive que pegar o avião da minha família e voltar para Nova York, ainda que respeitar o tempo que minha Pantera pediu fosse uma das coisas mais difíceis que eu estava tendo que fazer.

Tudo que eu queria era ir até ela tê-la ao meu lado, mas o que eu tinha agora eram só algumas garrafas de bebida e minha querida Celine.

You were my strength when I was weak. You were my voice when I couldn't speak. You were my eyes when I couldn't see. You saw the best there was in me. Lifted me up when I couldn't reach. You gave me faith 'cause you believed — cantei desolado e tentando não chorar mais. — I'm everything I am. Because you loved me, ooh baby...

Tomei mais um gole de whisky e suspirei triste enquanto continuava cantando e afogando as mágoas e a dor do amor com Céline Dion ao som de Because You Loved Me.

— You gave me wings and made me fly. You touched my hand, I could touch the sky. I lost my faith, you gave it back to me. You said no star was out of reach...

Abracei a garrafa de bebida e fechei os olhos rodopiando pela sala da minha cada e imaginando que estava dançando com minha Pantera ao invés dessa garrafa fria que não estava servindo de nada a não ser me deixar meio tonto. Eu ainda me lembrava totalmente de cada parte da minha musa inspiradora, mas não tinha jeito mesmo de esquecê-la sendo ela tão magnífica.

Maybe I don't know that much. But I know this much is true. I was blessed because I was loved by youuuuuuuu — cantei alto querendo que minha Pantera me ouvisse, mesmo ela estando em outro estado. — You were my strength when I was weak. You were my voice when I couldn't speak. You were my...

A campainha tocou interrompendo meu momento de melancolia extrema, mas ignorei e voltei a cantar com minha querida Celine, que certamente não me abandonaria nesse momento já que essa era a décima segunda vez que ela estava cantando essa música para mim e me acompanhando no sofrimento.

— Lucca Garmani, abra já essa porta! — ordenou uma voz muito parecida com a do meu amigo Jonathan.

— Vão embora! — mandei gritando para a porta. — Me deixem sofrer em paz!

Peguei o porta retrato da estante com a foto da minha linda Pantera e chorei mais um pouco enquanto olhava para os lindos olhinhos castanhos dela e seu sorriso magnífico. Larguei a garrafa chata e abracei o porta retrato.

I'm everything I am. Because you loved meeeeeee...

— Lucca! — Alguém gritou batendo com força na porta e parecia ser a voz de Ryan. — Abra ou vamos arrombar!

— Eu não quero ver vocês! Quero ver minha Pantera — choraminguei e fiz carinho no porta retrato. — Queria tanto ter você aqui, minha rainha soberana.

Encostei o porta retrato no meu rosto e fechei os olhos voltando a dançar agarrado a ela, tentando aplacar a saudades que eu sentia da minha futura esposa que não queria mais nem ser minha namorada.

— Mas que merda é essa? — perguntou Mikael.

Abri só um dos olhos e vi que ele e meus outros amigos estavam dentro do meu apartamento, com o porteiro segurando um molho de chaves e me encarando assustado. Até Christopher estava aqui, o que era uma surpresa.

Único Encontro - Livro Bônus da Série: Paixão e AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora