Part. VI - O Sol, a Tempestade e o nosso Arco- Íris

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⚠️Avisos: Angústia, Embriaguês e tabagismo.
Quantidade de Palavras: 4.170

Aproveitem a leitura!

🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸🇺🇸18 de outubro de 2018 —Texas, EUA

O barulho de risadas enchem o bar do hotel, há uma melodia alegre sendo tocada no piano por um dos hóspedes bêbados, vozes estridentes e altas ecoando e tentando se sobressair acima das notas do piano.

Eu continuo observando as interações felizes das pessoas ao meu redor, por um momento sentindo inveja de toda a diversão que sentem. Um som amargo escapa do fundo da minha garganta quando me dou conta do sentimento feio que estou deixando tomar conta de mim.

Virando para frente em direção ao balcão do bar, pego o copo de vidro redondo e viro de uma vez todo o líquido transparente que queima a minha garganta. Bato o copo contra o granito frio do balcão e levanto a mão para o barman, pedindo outra rodada. Pelo canto de olho posso ver a careta de desgosto que Jules faz enquanto observa toda a cena com os braços cruzados.

— Você não precisa ficar aqui se não quiser, não me lembro de ter pedido por um babá. — Digo sem olha-lo.

O barman escorrega um novo copo cheio com a cura para os meus tormentos e eu não demoro em derrubar mais um pouco do líquido ardente pela minha garganta.

— Eu poderia facilmente acreditar nisso se não fosse pelo fato de estar vendo você virar o quarto copo em menos de quinze minutos. — Jules diz e paga o copo da minha mão, me fazendo encara-lo com olhos raivosos. — Jesus, Marie! Que merda é essa? Absinto? — Ele faz uma careta e põe a língua para fora após dar um pequeno gole.

— Eu preciso de algo forte esta noite. — Dou de ombros para ele e seus olhos escuros me fitam por um segundo antes que se revirem.

Jules não diz mais nada, apenas fecha os olhos e vira o restante do conteúdo do copo de uma vez. A careta que adorna suas feições quase que me faz rir, porém a sensação de desconforto no meu peito ainda é forte demais para qualquer demonstração que não seja de raiva e tristeza.

— Ele ainda está no quarto? — Pergunto a Jules e ele nega com a cabeça.

— Ele saiu com Pierre. — Responde e eu aceno em compreensão.

É claro que ele iria sair com Pierre depois da discussão horrível que tivemos. Afinal, eu sou a trouxa que afoga as mágoas em absinto. E ele... bem, ele é o cara que sai com o melhor amigo e provavelmente vai comer alguma vagabunda que se jogar em cima dele. Solto uma risada quando penso que não será qualquer vagabunda, mas sim ela.

Jules me encara de canto e eu sei que ele sabe exatamente o que acabei de pensar.

— Ela não está junto, Marie. — Ele diz e eu dou de ombros.

— Bem, não é mais da minha conta de qualquer maneira, não é? — Eu digo e ele nega com a cabeça em aborrecimento, mas opta pelo silêncio. Ótimo, cale a boca e me deixe beber.

Giro novamente a minha banqueta e volto a observar os outros hóspedes. Meu corpo queima de ansiedade em pedir mais uma bebida, ou até mesmo ir até o fumódromo e ascender um cigarro. A paz que sei que a nicotina me traria agora, faz com que eu morda os lábios em excitação.

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⏰ Última atualização: Sep 15, 2023 ⏰

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