"É um lago negro, seu olhar. É água turva de beber, se envenenar. Nas suas curvas derrapar, sair da estrada, morrer no mar. -Rpm - Olhar 43"
Acordo com Tobby lambendo meu rosto. Argh! Que nojento! Limpo meu rosto e olho a hora. Meu Senhor! São 04:00! -Tobby!- Grito estridentemente. Ele encolhe-se. Olho para ele. Como pode ser tão fofo?! Morro de pena olhando-o naquele estado. Mordo o lábio. Chamo ele e peço desculpa. Ele parece aceitar. Sorrio. Ele deita encima de mim, quase me matando sem ar. Bicho gordo. Durmo novamente. Acordo na hora *risos*. Cuido de meus anseios. E parto para a escola. No caminho, empolgo-me e começo a cantar escandalosamente alto.
-Ninguém merece ser só mais um bonitinho. Nem transparecer. Consciente, inconsequente. Sem se preocupar em ser adulto ou criança...
Cheguei! Céus! Estava ótimo. Entrei para a aula de... Er... Não lembro. Não importa. No intervalo o Jonas veio se desculpar comingo, ele disse-me o seguinte:
-Sô, desculpa por ter dito aquilo. Não queria que ficasse tão mal. Você me desculpa?
Olhe-o seriamente, e gritei:
-Agora sabe que existo né?! Aquelas... Te abandonaram e você vem atrás de mim?! Some daqui! Perdoa-lo até perdôo. Mas não aceito sua amizade novamente!
Ele me olhou de um jeito surpreso. Ele não esperava que eu "explodisse". Meu rosto fica vermelho. Estou enfurecida. Saio de onde estava e vou até a biblioteca passar o tempo. O sino bate e disperso-me para minha sala.Voltou para casa ouvindo qualquer coisa que não presto atenção. Subo para meu quarto e tiro a roupa da escola. Meu celular toca. É ele!
-Oi anjo.
Minha perna vira gelatina. Respondo:
-O-oi. Que supresa agradável.
Ele rir. E diz:
-E ai? Tudo bem? Amanhã, tudo certo?
Meu coração descompassa.
-S-sim, claro. Tudo certíssimo. Vai ser naquele lugar mesmo?
-Sim, vai ser lá mesmo.
Alguns minutos se passam, e minha mãe me chama. Despeço-me dele e desço. Esquecendo do fato de estar seminua. Minha mãe rir de minha situação. Que horror! Mas almoço trajada daquela forma. Minha mãe rir o tempo inteiro, e eu também. Até que batem na droga da porta que é de vidro!!! Corro para o banheiro social. E caço quaisquer roupas que sejam minhas. Acho um vestido plissado preto e branco. Até que fiquei bonita. Saí de lá. Quem estava na minha sala? Sim, Alexandre! Minha mãe olha para mim, radiante. Balanço a cabeça, negando. Ela assiste. Pergunto se ele quer alguma coisa tais como: água ou café. Ele diz que não. Pergunto o que ele faz em minha casa, ele diz:
-Só queria me desculpar... Sabe...
Ele fica vermelho. Digo:
-Tudo bem. Era só isso?
Soou bem rude. Ele diz que sim com a cabeça e se vai. Minha mãe me olha sem entender muita coisa. Eu dou de ombros e vou trocar a roupa. Sinto-me ridícula com aquele vestido. Que horror!Roupa trocada. Sinto-me menos boba. Sento-me para jogar. Tem alguns dias que não jogo. LS deve sentir falta *risos* Entro no jogo, vejo se ele está online. Não. Tudo bem. Jogo por algumas horas até enjoar. Vejo que ele está online. Ele finalmente me chama.
-Olá
-Oi
-Como está?
-Bem e você?
-Estou bem também.
-Sinti sua falta...
-Rsrs. Bobo
-Rsrs.
Alguns minutos se passam e ele pede meu número. Dou. Apesar de temer um pouco, não vejo um porquê de não dar. Ele me chama no Whatsapp. Salvo seu número. Já são 20:00. Minha mãe me chama para o jantar. Desço e janto com ela. Ela me pede explicações sobre o que ocorreu mais cedo. Explico tudo a ela. Ela ouve atentamente. E me diz que eu estou certa. Ele está indo muito depressa. Sorrio. Ela sorrir também. Terminamos de jantar e ao invés de irmos para lugares diferentes, ficamos juntas no mesmo sofá vendo um filme qualquer. Amo a minha mãe. Adormeço em seu colo quente e confortável.Amanhece o dia. Mas que horas são? Olho o relógio. São 08:00. Ah não! Perdi a hora. Que raiva! Subo para meu quarto e me arrumo. Minha mãe deve estar no mercado. Dona Maria só vive no mercado. Enfim, vou arrumar tudo né, é a vida. Lavo a louça, arrumo a cama da minha mãe. Levo os lençóis do sofá de volta ao meu quarto. E chamo Tobby para dar comida a ele. Ele vem todo empolgado. Parece até que sabe que vou dar comida a ele. Dou a comida para ele e vou ver televisão. Como sempre esses político falando asneiras. Mereço. Vamos ver um desenho. Viva a inocência dos desenhos. Sorrio da piada falha. Minha mãe chega. Eu não avisei-a que irei sair a noite. Converso com ela, ela concorda. Agradeço-a. Ajudo ela no almoço. Logo. Meu celular toca. É ele:
-Oi princesa
-Olá. Pronto?
-Sim, claro. No lugar que marcamos.
-Está bem. Beijo. Até mais tarde.
-Até, querida.
Desligo o telefone. Minha mãe me olha. Sorrio. Ela não parece convencida. Ops! O prato cai das minhas mãos espatifando-se todo no chão e voando cacos de vidro em minhas pernas. Começa a arder e vejo que está sangrando um pouco. Espero que não seja sério -claro que não é Sophie, só foi um corte- digo para mim mesma. Limpo o local e ponho curativo. Novinho em folha, ou quase. Minha mãe já havia tirado os cacos restante do prato espatifado. Eu almocei com ela e fui assistir algo. Quando notei a hora, já eram 14:00 tinha que me arrumar e ir para o shopping no centro de BH, no qual, eu veria, finalmente, a face do meu amado. Arrumei-me mais que depressa. Vesti-me com um vestido preto com um salto de mesma cor e uma bolsa também escura. Tentei, de alguma forma, deixar meu cabelo bonito. Por fim, decidi deixa-lo solto. Fiz uma maquiagem bem leve. E parti ao ponto de encontro. Em alguns minutos lá estava eu. Parada, imponente. Chega um rapaz alto de uns 1,80 de altura, cabelos castanhos claros, aparentemente lisos (estavam curtos demais para afirmar algo) boca pequena e marcada (como a minha) com uma aparência bruta e rústica, mas muito bonito. Apenas ouço ele dizer...
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Sentido!
RandomSinopse: Sophie uma garota de apenas 16 anos, que se apaixonou por um militar de 19 anos (muito bem vividos) que presta serviço para o exército de MG. Ela mora na capital, Belo Horizonte, e ele numa cidade vizinha, Santa Luzia. Sentido!