Capítulo 5

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"Ah! Segunda. Dia tão odiado por todos nós. Primeiro dia de aula depois de longas férias. Ah Sophie grandes surpresas lhe aguardam. Hoje o dia promete e muito. Você, Sophie, merece algo melhor. Merece ser tratada com uma verdadeira rainha. Merece um trono à beira mar. Mordomos e tudo o que uma princesa tem. Você é a princesa que todo homem quer mas nem todos merecem a jóia rara que você é."

Acordo com a doce voz de Anthony Kiedis cantando Californication.
"Psychic spies from China Try to steal your mind's elation Little girls from Sweden Dream of silver screen quotations And if you want these kind of dreams Its Californication"
Mais um dia começa. Faço minhas higienes, como de costume. Ponho a roupa da escola mas espera! Cadê a Lu? Deve ter ido logo para casa arrumá-se. Pego minhas coisas e desço. Meu café está na mesa, sento-me e como. Bebo todo aquele café delicioso e pego as chaves. Tranco a casa. E vou caminhando em direção a escola. Tudo traquilo. Até que ao chegar na esquina, avisto o Alex! O que ele faz ali, na porta de minha escola? Logo ele? Não! Por favor não agora. Minhas pernas balançam, eu me apoio em uma parede. Ele vê que não estou bem. Vem em minha direção. Penso em correr, inutilmente. Fico parada, ali na frente de um homem lindo no qual mal sei seu nome. O que será do Jhon se souber disso? Nesse momento meu celular toca! Oh não. Eu me esforço para pegar o celular, que caí das minhas mãos. Em fração de segundos vejo Alex se mover tão rápido que ao piscar meu celular está em suas mãos, são e salvo. Como ele fez isso? Eu não sei, realmente. Nesse meio tempo que o celular cai, a ligação para. Mexi a cabeça agradecendo de uma forma desengonçada. Ele sorrir. Minhas pernas novamente viram gelatina. Ele tem esse poder. Nem tão atrativo ele há de ser, mas me faz perder os sentidos. O sino toca. Eu dou um beijo em suas bochechas mas fatalmente eu erro. Encostando, assim, nossas bocas. Fico muito envergonhada, peço desculpas e me retiro. Entro na sala de cabeça. Todos olham para min. Por que? Talvez porque você quase quebrou a porta com tal brutalidade que entraste? Mas espere! O que havia na mão de Alex? Flores? Sim, eram flores! Ele tem... Ai Deus. E-eu o beijei sendo que ele tem namorada? Oh droga! O dever! Eu não fiz! Como pode? 1° dia de aula e tem dever, não me pergunte como, porque nem eu mesma sei. Escola louca!

Intervalo, aleluia! Sento-me com Luiza, Ruth, Jonas e Giselly. Conversamos sobre coisas aleatórias até que a Luiza com sua boca enorme, diz que estou com um lance com dois rapazes. Por que tão fofoqueira, Senhor? Eu rio para disfarçar meu ódio, quero matá-la! Jonas indaga:
-Ta zoando né, Lu? Quem vai pegar essa garota?
Lanço um olhar mortal para ele. Taco qualquer coisa nele e saio batendo o pé. Luiza e Ruth vêm atrás.
-Sôôôô!!! Volte aqui!
Gritam elas em um único som. Não dou ouvidos, e aperto meus passos. Entro no banheiro em uma cabine aleatória. E fico lá. Elas entram. Furacão Ruth e Luiza invadem o banheiro feminino daquela escola no bairro nobre de BH. Elas entram gritando e arrebentando as cabines. Até a China ouviu os barulhos vindos de lá. Saí de meu esconderijo e disse:
-A diretora não irá gostar nada, nada disto.
Elas reparam em meu rosto totalmente melado de preto pelo meu choro repentino misturado à minha maquiagem totalmente "black". Elas olham para min, dou de ombros e vou para a pia limpar meu rosto. Chorei por algum motivo ainda não claro para min. Limpei meu rosto, o sino tocou logo em seguida. Subi para os 3 últimos tempos de aula.

Saindo da escola, quem estava na porta esperando-me? Se respondeu Alexandre. Acertou! Ele ainda estava com o tal buquê em mãos. Ele veio para minha direção. Estendeu o buquê para min. Eu fiquei em choque. Parada, olhando aquele lindo buque violeta. Ele olhou para min. Eu estendi minhas pequenas mãos em direção ao buquê, levei-o ao nariz, cherei-o. Cheiro de campo, nostalgia total. Fechei meus olhos absorvendo essa maravilhosa sensação. Ele riu. E se aproximou de min sem que eu percebesse. Quando percebi já era tarde. Sua boca já estava na minha. Não recuei ou o empurrei. Só retribui o beijo com o mesmo sentimento que estava recebendo. Aos poucos, nos afastamos. Olhei para ele, ele me olhou e pediu desculpas. Assenti com a cabeça. Alguns minutos olhando aquele belo rapaz, ele quebra nosso silêncio.
-Como foi teu dia?
Pergunta ele curioso, respondo:
-Normal, e o seu?
Ele responde:
-Está melhor agora. Desculpe-me mesmo pelo beijo.
Eu coro. E digo:
-Tudo bem. Eu que deveria me desculpar pelo beijo mais cedo. Foi acidental.
Ele sorri. E me abraça e sussura:
-Dei-me uma chance, nanica...

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