1 Rebeca Veloy

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1 Rebeca VELOY

6 anos atrás

Parabéns, parabéns, hoje é seu dia o dia mais feliz. - Ouço vozes ao meu redor.

- Levante minha menina. Temos um dia longo pela frente. - Minha mãe Elisa diz fazendo carinho no meu rosto.

- Sim minha sobrinha favorita temos uma surpresa para você. - Dessa vez é meu tio Carlo que fala me puxando da cama.

Apesar de ainda ser uma criança de 10 anos, sou bem crescida na área mental. A minha mente tem apenas 23 anos ou mais.

Nasci em berço mafioso. A minha família toda é mafiosa.

— Vocês podem dar-me licença quero tomar o meu banho. — Digo a arquear uma sobrancelha deixando a minha família de boca meio aberta.

— Como foi que você começou a falar dessa maneira a minha filha? Já sei o seu tio Damte.

Ela descobriu. Como isso acontece? O meu tio Damte e eu brigamos e provocámo-nos sempre que estamos juntos no mesmo lugar.

— Depois falamos nisso ok?

Logo depois dela insistir consigo fazê-la sair do meu quarto. Tranco a porta pego a minha toalha rosa em cima da minha cadeira pegando a minha piranha em seguida.

Tomo um banho demorado.

Desde que me entendo por gente eu e Tio Damte brigamos e provocámo-nos como já disse antes.

Lembro-me de quando tinha 5 anos, naquele dia eu assistia filme na sala de televisão da nossa mansão quando Damte me assustou a sair de trás do sofá colocando um filme de terror em seguida me trancando na sala. Desde aquele dia peguei trauma de lugares escuros.

Termino de tomar o meu banho que demorou mais que o previsto, enrolo-me na toalha saindo do banheiro indo direto para o closet.

 Entro nele me deparando com um embrulho em cima da mesinha do lado direito do meu closet.

Não acredito que ganhei presente tão cedo. Será a surpresa do tio Carlo? Primeiro coloco a minha roupa íntima tirando a toalha do cabelo. Antes de tocar no embrulho, escolho um vestido azul-marinho simples coloco uma presilha no cabelo. Ainda não uso sutiã RS.

Pego o embrulho com cuidado colocando em cima da minha cama. Passo a mão percebendo que não é brinquedo acredito ser roupa ou algo do tipo.

Tiro o laço com cuidado colocando-o numa gaveta ali perto. Não gosto de rasgar papel de embrulho porque sempre precisamos utilizá-los uma próxima vez.

Não estou curiosa para constatar o que tem ali,  na verdade, quero  saber quem me deu esse presente, pois deve ser caríssimo só pelo embrulho.

Fico em choque com o que constato na sacola na minha frente. É um vestido vermelho maravilhoso. Não é de criança. Com certeza não.  E vem com um cartão.

Agora tenho certeza que não foi minha mãe e nem tio Carlo, mas uma pessoa de fora. Mais quem? Pensa Beca.

O cartão.

"Feliz aniversário! MINHA querida sobrinha. Quero que use esse vestido na sua festa. Foi feito sob medida. Como eu sei? Andei a vasculhar seu closet. Isso é uma trégua porque é seu dia. Aproveite a minha linda fiel sósia".

Que porra foi essa?

Perdão por falar assim. Mais eu gosto do tio Damte. As suas olhadas intensas, o seu sorriso e agora isso?

Que Deus me ajude.

Guardo o vestido na cruzeta e a sacola na gaveta. Calma gente, não sou acumuladora.

Desço as escadas indo direto para a sala de jantar onde a mesa do café está posta. Tem muita comida aqui, isso tudo é para mim?

Meu tio mafioso me odeia. Será? CONCLUÍDO Onde histórias criam vida. Descubra agora