2 Rebeca Veloy

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Ainda atónita por ver tanta comida, sento-me ao lado de meu pai Mateo.

A mesa de jantar é grande com 10 cadeiras. Portanto, ficou assim: eu e os meus pais de um lado e o meu tio Carlo na minha frente.

— O que foi minha filha? Por que está pensativa? — O meu pai pergunta colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

Melhor não falar sobre o tema do vestido, como sei o génio do meu pai, ciumento no mundo talvez ele queime.

— Não é nada.

Começo a servir-me de pão, leite, café, torrada e um pedaço de bolo.

— Que bolo gostoso mãe, foi a senhora que fez? — Pergunto a colocar mais um pedaço de bolo na boca.

— Sim e coma direito.

Como o meu aniversário caiu no sábado, não faço nada. Prefiro tirar um cochilo.

Sinto uma mão grande e quente passando nas minhas pernas fazendo-me derreter. A mão passeia por todo o meu corpo minúsculo e para no meu pescoço.

— Shhh, quietinha minha sósia.

Ah! Essa voz rouca que tanto amo. Agora posso dizer: eu Rebeca VELOY de apenas 10 (anos) apaixonada por meu tio Damte.

— Eu odeio-te tanto pequena tenho vontade de enforcar-te. — Coloca de novo a mão no meu pescoço apertando levemente fazendo-a soltar-me um gemido. — Não faça isso.

Já levantada e em pé quero saber o porquê dele odiar-me tanto.

— Porquê tu odeia-me tio? O que eu fiz?

Damte se aproxima de mim puxando-me para ele colando os nossos corpos.

— Nunca mais me chame tio e quero que você use o vestido na festa.

Digo a provocar-o

— E se eu não usar?

— Vai sofrer as consequências.

Com isso Damte sai.

Como é possível? O homem de 44 tem a mulher que quer em seus pés  e fica se trocando com uma criança?

Será ser pedófilo?

A tarde passa voando já me arrumei para a festa sim. Estou com o vestido de Damte não quero constatar o que os meus pais vão pensar ou falar.

A minha mãe entra no quarto e começa o interrogatório:

— Quem te deu esse vestido Rebeca? Isso não é vestido de criança tire.

— Não posso.

Faço bico porque apesar de tudo amei o vestido. E sei que ficou maravilhoso em mim.

— Mateo vem aqui.

Agora lascou.

— O que foi amor? O qu..e porra é essa?

Nessa hora Damte entra no quarto coloca-me no seu colo dizendo:

— Fui eu que dei de presente e ela vai comigo para o clube.

E leva-me direto para o carro deixando os meus pais totalmente sem reação nenhuma.

Eu sou só uma criança. Que Deus me ajude.

Isso é errado mais eu amo o proibido.

— Coloque o cinto, pois eu vou correr.

— Para onde está-me levando?

Isso é tão excitante.

— Para o clube da máfia você tem que começar a aprender as coisas.

— Mais eu sou só uma criança.

Digo a olhar para frente evitando olhar nos seus olhos penetrantes.

— Infelizmente para mim não é.

E sai da mansão acelerando na estrada.

Meu tio mafioso me odeia. Será? CONCLUÍDO Onde histórias criam vida. Descubra agora