Festa?

58 2 0
                                    

Finalmente o dia do feriado havia chegado, e eu poderia dormir mais um pouco.

Ontem quando cheguei o jantar estava pronto, era só esquentar e minha mãe já estava em seu quarto.

Minha irmã que me passou todas essas informações logo quando abrir a porta.

E hoje até tentei dormir um pouco mais, mas eu estava inquieta e resolvi pintar um pouco. Logo depois minha amiga Gabi chegou, como o mini furacão que ela sempre é.

— Boa tarde, dona Helena-Ela diz animada para minha mãe que fazia alguma sobremesa na cozinha.

— Olá Gabi, o que vocês vão aprontar hoje? — Ela pergunta para minha amiga que olha para mim.

— Nada-Eu respondo

— Festa-Gabi responde

Nos duas respondemos ao mesmo tempo, e eu bufo focando minha atenção numa fórmula que eu estava escrevendo.

— Af dona Helena, sua filha às vezes parece ter uns 80 anos de tanta animação para sair- Minha mãe sorri do jeito da Gabi exagerado como sempre.

— Só não quero ir para um lugar onde tem gente suada se esfregando, consumo de álcool como desculpa para poder fazer o que não se tem coragem para fazer em plena consciência, ter que lidar com caras idiotas, sem falar nos vampiros-Falo o que realmente acho e ela bufa.

— Você é muito pessimista, só quero sair com minha melhor amiga, você não precisa dança, beber, nem socializar com ninguém, mas não pode viver só para a padaria eternamente, o tempo passa rápido demais Amber-Ela fala séria e eu encaro meu caderno.

— É bom você sair Amber, nem que seja um pouco-Minha mãe completa e eu encaro seus olhos.

— Digo o mesmo para você

Ela me olha e sorri balançando a cabeça. Mas não diz mais nada.

— Poucas horas e se eu não me sentir bem no local vou embora -Acabo cedendo e Gabi pula feliz.

— Vai ser INCRIVELLL-Ela fala me abraçando exageradamente.

Vou ter que aturar.

------------

Já era por volta das 20:00 horas e Gabi me convenceu a me arrumar nem que fosse um pouco para ir na tal boate que era nova na cidade.
Minha mãe deixou um vestido em minha cama na cor preta com brilhinhos delicados, ele ia até metade das coxas e tinha uma pequena fenda que na minha opinião revelava demais, mas deixei passar desta vez. Suas mangas eram curtas, mas esvoaçantes e um decote em V que valorizava meu colo e ombros.
Calcei um tênis preto, o mais sofisticado que eu tinha para combinar, e deixei meus cabelos ondulados que possuíam a cor da noite soltos, indo quase até a cintura.

— Uau, quem é você e o que fez com minha amiga?- Gabi entra no quarto admirada e eu reviro os olhos.

— Não fale muito se não eu desisto.

— Tabom, tabom senhora de 100 anos, vamos logo antes que o sono da idade chegue e você arranje uma desculpa para não ir.

Ela fala me puxando e eu empurro ela pela gracinha.

Idiota, mas sorrio.

Minha mãe e irmã ficam admiradas pela minha "transformação" e quase desisto de vez, não sou acostumada a receber elogios.

— Meninas juízo, qualquer coisa liguem para mim, qualquer coisa mesmo. Ah e levem isso- Ela vai até a bolsa e volta.

— Isso é para caso de algum vampiro engraçadinho passar dos limites-Ela entrega um pequeno frasco em spray.

A Mercê Da Sombra VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora