Capítulo 2

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- Law, saia da cama agora. Você vai se atrasar.

A voz que acabara de falar era profunda e monótona, mas continha um toque constante de ameaça mortal.

Law imediatamente deu um pulo e pulou da cama, o modo de defesa automaticamente ativado em relação ao perigo potencial que estava à sua porta. Era um homem de cabelo preto cortado bem curto e costeletas em forma de raio. Ele já estava vestido e usava um sobretudo longo, quase branco, que conseguia cobrir praticamente todo o seu corpo, apesar da sua altura.

- Merda! Vergo-ya, peça para outra pessoa me acordar da próxima vez!

- É Vergo-san para você, Trafalgar. Agora levante-se! Doflamingo quer que eu leve você para o ensino médio.

Sem esperar uma resposta do jovem, ele se virou e voltou ao corredor em silêncio.

Suspirando, Law relutantemente saiu da cama e vestiu seu moletom amarelo e preto favorito antes de pegar sua bolsa e seu chapéu manchado. Dando um passo para fora do quarto, menos de um segundo depois ele se viu na cozinha. Às vezes, ser um vampiro tinha um aspecto prático inegável.

"Ei Law, ouvi dizer que você estava indo para uma escola humana hoje", disse Killer.

Uma diversão mal disfarçada dançou nos olhos travessos do loiro. Law sempre achou Killer interessante apesar de seus olhos incomuns e o considerou quase tolerante na maior parte do tempo, mas hoje o comentário não foi bem-vindo e só conseguiu irritá-lo.

- Cale a boca, Killer. Não há necessidade de me lembrar, Law respondeu com um grunhido.

- Touché... Ah, o Vergo já está te esperando no portão, respondeu Killer, pegando seu copo.

Law olhou para o líquido vermelho por um momento, ele não caçava há algum tempo... duas semanas para ser mais preciso. Melhor prevenir do que remediar, certo? Antes que Killer pudesse piscar, seu copo sumiu de sua mão, sendo substituído por um vaso que deveria estar do outro lado da sala.

Erguendo a cabeça, o queixo do loiro quase caiu quando encontrou Law segurando seu copo e esvaziando seu conteúdo. O moreno ergueu uma sobrancelha antes de joga-lo de volta para ele.

- O que? Law perguntou com um sorriso malicioso.

Sem prestar a menor atenção, Killer pegou o copo com a mão livre com uma precisão mortal.

- Achei que você odiava coisas que saíssem de uma bolsas de sangue e que preferia presas vivas?

- É o caso. Mas se eu quiser evitar atacar acidentalmente um aluno, não tenho outra opção, tenho?

- Não está errado... de qualquer forma, ir para uma escola cheia de humanos não é exatamente uma coisa boa para nós. Eu me pergunto por que Doflamingo quer que você vá? Killer adicionou metade para si mesmo.

- Quem sabe o que se passa na cabeça daquele desgraçado além do Vergo-ya? Law resmungou.

Ele deu uma última olhada no loiro e se dirigiu para a porta da frente, optando por não deixar Vergo o arrastasse pela orelha ou encontrasse outro jeito humilhante.

Sentando-se no interior elegante de um carro de luxo, Law dirigiu seu olhar para as ruas que passavam por trás dos vidros escuros. Ele cerrou os dentes interiormente ao sentir o cheiro forte de vodica que enchia a cabine. O vampiro odiava odores tão fortes de álcool que tinham uma tendência irritante de atacar seus sentidos.

O cenário sombrio deu lugar a uma atmosfera mais alegre quando chegaram aos bairros nobres de Grandline City. As árvores eram uma mistura de verde, laranja brilhante e vermelho, um sinal claro de que o verão estava chegando ao fim e o outono estava pronto para assumir o controle. Essa observação iluminou consideravelmente o dia de Law, que odiava o calor do verão. Seus pensamentos de repente voaram para sua condição particular. Ele não estava preocupado que os humanos pudessem descobrir o que ele realmente era. Não quando eles ainda acreditavam que bastava um passo ao sol era o suficiente para fazer um vampiro virar pó e morrer, ou que jogar alho em seu rosto era o suficiente para faze-lo fugir como alguém que foi atingido no olho por gás lacrimogêneo.

Muerte? ( EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora