Uma pessoa violenta e insaciável.

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O sangue jorrou antes de Jeonmin se der conta que tinha um objeto perfurando sua mão direita. Sentiu uma dor imensurável e sua primeira reação foi gritar e segurar o pulso da mão machucada. Mas Jisung, não acabou. Com uma raiva anormal, pegou um dos livros capa dura de Jeonmin e tacou em sua cabeça cerca de seis vezes até ver sangue saindo da lateral.

Parou e respirou ofegante, nem mesmo Minho ousou o parar. Mas, todos olhavam assustados e do lado de fora da sala, algumas pessoas comentavam. "Droga..." pensou Han. Muitas testemunhas.

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- Eu sofro bullying do Jeonmin há meses. - Mente Han, enquanto escorria lágrimas ainda mais falsas que seu testemunho. - Hoje foi impossível, ele me chamou de tanto palavrão, e ainda molhou meus livros e disse que depois da aula seria eu quem ele derramaria aquela água quente.

Residiam na sala o diretor, a mãe de Jisung, que se mostrava com uma opinião única que seu filho era inocente, e o professor de sala. Olharam juntos as filmagens e descobriram que Jeonmin começou a discussão e a história do livro era verídica.

- Isso é um absurdo, quando tempo meu filho vem sofrendo nessa escola e vocês fecham os olhos quanto a isso? - O direito pigarreou e olhou para a mãe.

- Certo... dada as circunstâncias, e que Jeonmin está no hospital, amanhã iremos falar com ele e vamos apurar os fatos, enquanto isso, Jisung tire o resto da semana para descansar, que tal? - O diretor sorri, todos daquela sala, ou até mesmo da escola sabia que a direção nunca tiraria Jisung da escola. O aluno número um, medalhista nacional e campeão internacional, o exemplo até para outras escolas. O diretor fez questão de acompanhar Jisung e sua mãe até a saída e chamar um táxi.

Quando chegaram em casa, Jisung se lembrou que havia combinado de sair com Lee. Droga, maldito seja Jeonmin...

Jeonmin... Jeonmin...

Não se sentia arrependido. Na verdade, poderia o furar inteiro com apenas um lápis e não sentiria remorso. Ele mereceu. Vestiu um casaco e calçou seus sapatos, avisou sua mãe que iria caminhar e pegou o primeiro ônibus para o hospital que Jeonmin estava.

Eram as sete horas da noite e o loiro estava acamado, assistindo qualquer merda no celular enquanto ria que nem um estúpido. Ao ver que estava sozinho, Jisung entrou. Não foi percebido de primeiro, mas não durou trinta segundos até ser notado.

O loiro fez um olhar de espanto. Depois de desgosto.

- Seu psicopata, o que você quer? - Jisung faz uma cara confusa.

- Éramos amigos até hoje de manhã, o quê aconteceu? - Jeonmin riu sarcástico.

- Fala logo e dá o fora porra.

- Você sabe por que eu vim. - Han se aproxima. - Ei, você praticava bullying comigo, por que está tão surpreso que eu revidei?

- O quê? Por causa de um livro? - Perguntou.

- Não, não, você vem me atormentado todos os dias desde o dia que eu te conheci. - Jeonmin não estava entendendo. - Desde a merda do dia que eu te conheci eu tive que ouvir essa voz irritante, esse sorriso forçado, esse rosto nojento, e essa sua personalidade horrível, se isso não for tortura, o que é? - Jeonmin cerra os dentes com raiva, seu rosto estava pegando uma cor avermelhada.

- Eu vou te matar, Jisung, você não sabe o quê está falando. - Han sorri de lado. Divertido.

- Só vou falar uma vez. Ou você me encoberta nessa história toda, ou seu querido pai alcoolatra vai ter um motivo de verdade para te bater quando chegar em casa. - O loiro desfez a cara de raiva e fez uma expressão amendrontada. - Sim, ele vai ter um motivo bom para pegar aquela cinto e marcar sua pele como bem entender por horas e horas, e eu vou fazer questão de caprichar na mentira. - Jisung o observou começar a tremer e a querer chorar. - Espero que tenha entendido. - Fez cara de nojo ao ver que Jeonmin provavelmente fez xixi na cama e seu rosto estava suado e pálido. Se virou e foi embora. Totalmente satisfeito.

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