double face •minsung

Na palma das mãos.

- No começo, apesar de conturbado, parecia uma vitória. - Diz Jeonmin para Jungwon. Partilhavam um cigarro. - Han Jisung é muito bonito e inteligente, ter ele no grupo era de longe uma boa opção.

- Conturbado? - Pergunta Jungwon. As costas escoradas na parede esperando sua vez de tragar.

- Sim, ele era difícil, do tipo, muito na dele e sempre enfiado nos livros, parecia inofensivo.

- Inofensivo com certeza não pode estar na mesma frase que Han Jisung. - Ambos soltan um sorriso sem humor.

- Mas, aos poucos dava para perceber sua índole a metros de distância. - Jungwon concorda.

- Ele é uma pessoa ruim, só precisava de alguém para brincar, e caralho. - Sorri amargurado. - A gente fez questão de incluir ele.

- Não sabíamos. - Deu o cigarro. - Eu o descreveria como uma pessoa violenta e insaciável. - Comenta.

- E sua principal violência, é a psicológica. - Continua.

- Dois contra um? - Se refere a enfrentarem Han Jisung.

- Tem certeza que ele tá sozinho? O filho da puta é inteligente, eu tenho medo até dele saber que estamos aqui e depois aparecemos em um outro galpão e sermos torturados. - Jeonmin treme se lembrando do que passou ali. Não queria passar por aquilo novamente.

- Ele tem a porra do Lee Minho, que moveria todo seu império para colocar a gente na merda. - Diz. - Filho da puta esperto.

- Vamos deixar quieto. Um dia, vai encontrar alguém a altura. A aula vai já começar. - Apagaram o cigarro e foram para a aula.

A única pessoa que estaria a altura seria Lee Minho? Que começou a tomar seu corpo e o seu coração com paixão e voracidade. Seria ele capaz de destruí-lo? A resposta é negativa. Han o destruía todos os dias, para que assim como fez com Jeonmin, Lee nunca latisse para si.

O conquistou sem precisar fazer nada.   Sem esforço, continuaria o afundando no mar de ilusões que criava todos os dias e o consequentemente, o puxava para dentro. Como se fosse realmente a flor mais bem cuidada de um jardim, mas na verdade, nunca havia florescido. Foi plantada de mal jeito e apodreceu sozinha. Era a fruta que caiu longe do árvore e não fazia questão de se juntar ou ser apreciada como as outras.

Han Jisung é agressivo, violento e manipulador. Mas conseguia ser muito pior que isso. Demorou cerca de um ano, cinco meses e vinte e sete dias.

Quando o sangue de Yeonbin pintou o rosto de Han, o mesmo rosto que Minho beijou e viu sorrir, agora estava sério e aréo, mas nunca hesitente ou envergonhado. E seus olhos que transmitiam um brilho e o que Lee havia se apaixonado muito antes da primeira palavra trocada, agora não reluzia nada além da escuridão, não conseguiu sequer ler suas expressões. Não havia nenhuma.

Teve certeza que viu alguém que não era seu namorado, mas tinha o mesmo físico, o mesmo corte de cabelo, a mesma estatura, tudo semelhante, e ao mesmo tempo, tudo distinto. Mas mesmo assim, após uma sessão de choro e explicações. Agiram como se nada tivesse acontecido.

Han conseguiu mais uma vez. Minho realmente estava na palma da sua mão.

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quis me atentar ao fato que o Han sempre era uma vítima e tentei o colocar como um possível vilão, suavizei a história e diminui palavras, procurando uma versão mais curta.

Fim. Obrigada pela leitura. :)