Dava para perceber sua índole a metros de distancia.

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No dia seguinte, Han realmente apareceu, não parecia mais tão enturmado com seu grupo de amigos superficiais. Usava um par de brincos brilhantes, realmente lindo. Lee não conseguiu parar de observar aquele brilho cintilante. Puta que pariu, estava apaixonado demais.

O quê faria a seguir? Como poderia o fazer aceitar a sair consigo? Pensou, pensou e pensou. Mas, talvez nem precisasse fazer nada, se ele mesmo fosse até si. No horário do almoço Han colocou uma sacola em cima da sua mesa.

- Minha mãe viu que você gostou e quis te dar mais bolo. - Han não conseguia encara-lo.

- Ah, eu estava pensando nisso. - Sorriu para Han, que virou o rosto e se pôs a caminhar até fora da sala. - Espera. - O pegou pelo pulso. - Podemos conversar?

- Não. - Respondeu seco. - Estou cansado de ouvir suas merdas, Minho. - Se soltou do aperto.

- Então por que você nunca disse que é mentira? - Pergunta. - Você nunca se opôs por que sabe que é verdade.

- Acredite no quê quiser.

- Eu quero te mostrar uma coisa. - Disse. - Pode me encontrar depois da escola? - Os olhos brilhavam e Han revirou os olhos, saindo em seguida. Lee encarou como um 'sim' mudo. Estava começando a ficar nervoso.

Não poderia deixar a frieza de Han durar mais tanto tempo.

Esperou cerca de trinta minutos, as aulas já haviam acabado e as ruas ao redor da escola só se viam poucos carros transitando. Será que deveria desistir de esperar Jisung? Ele poderia realmente aparecer... talvez não.

- Ei, esquisito. - Ouviu aquela única voz vir não tão longe de si. - Tá me esperando ou o que?

- Ah, sim... - Jisung estava tão lindo. Como sempre.

- Vamos logo. - Começaram a andar juntos, Han tinha um pirulito na boca, parecia que tinha ido a uma loja de conveniência.

- Pensei que não voltaria. - Comentou.

- Se tivesse pensado mesmo isso teria ido embora. - Lee pareceu surpreso. Uma boa sacada. - Eu espero que seja bom isso.

- Eu também espero. - Lee sorriu para Han, que suspirou impaciente. Caminhavam juntos e Lee começou a se questionar em que mundo cogitariam que isso acontecesse. Han jisung do seu lado, não o insultando e sem aquele grupo tóxico que fazia parte. Que sonho.

Minho o observou com aquele pirulito na boca, imaginando o quão seus lábios devem estar doces. Queria tanto prova-los. Afastou seus pensamentos e parou no começo da trilha do bosque ficava perto do colégio, exatamente sete minutos e quarenta segundos de distância, onde contou pelas milhares de vezes que transitava.

- Você não espera que entre aí, né? - Minho estava a dois passos na frente.

- Eu prometo que vai valer a pena. - Han negou.

- Nem brincando. - Quando ia se virar para ir embora sentou a mão quente e forte circundar seu pulso com firmeza.

- Só dê uma chance. - Han o olhou. - Por favor.

- Certo, certo, mas me solta. - Lee o soltou rapidamente e começaram a entrar dentro do bosque. Não era muito extenso, nem muito denso, mas as árvores eram grandes e datadas de muito antes. Han se sentia um pouco assustado. - Ei, ande mais devagar.

- Devemos ir de mãos dadas? - Sugeriu sorrindo.

- Se continuar brincando assim eu vou embora de verdade. - Minho sorriu e começou a andar mais devagar. Han achava tudo no mínimo estranho. - Vai demorar m-

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