— Você quer que eu entre para uma tripulação pirata para espionar?! — A garota perguntou surpresa.— Não é qualquer tripulação pirata, é a tripulação pirata do meu neto, e eu o conheço bem, sei que assim que ver uma pessoa disposta a o ajudar estará disposto a ajudá-la também. — Garp falou calmamente. Esperou que Hana pensasse por alguns segundos.
— Mas eu não entendo. — Disse Hana olhando para o chão ainda processando. — Porque quer fazer isso com seu próprio neto? Só porque ele roubou o mapa da Grand Line?
— Luffy é um pirata, e é o que sempre foi, só quero ter certeza de que ele saiba disso. — O velho disse sereno.
— Espera, quer que eu arrisque minha pele entrando disfarçadamente em um bando pirata para que você possa testar seu neto maluco? — Ela agora olhou para o velho com uma cara incrédula.
— Irá ganhar uma recompensa, é claro. — Ele falou tirando um saco de berries do bolso, deixando a garota com seus olhos arregalados. — Quero sua resposta até o final do dia. — Ele falou guardando seus berries de volta no bolso e se retirando.
Miyazaki agora se encontrava pensativa. Não entendia o tipo de relação que Garp, aquele velho marinheiro tinha com seu neto, um pirata, pelo que parecia, loucamente sonhador. Por outro lado ela precisava dos berries para sair da marinha, e como era boa mentindo e lutando, talvez não houvessem problemas.
Ela suspirou.
— Mas que merda! — Falou nitidamente com raiva. — É melhor aquele velho gagá me recompensar com berries para a vida toda!
——————————·——————————
O sol já estava se pondo, o dia estava terminando. E após receber a notícia de que a jovem marinheira iria ajudar na missão com seu neto, Garp deu um sorriso que Hana nunca pensou que veria em toda sua vida.
— Como assim o coroa tem dentes? — Murmurou para si mesma.
— Você deveria se aprontar, menina. Pela manhã, seguirá os rastros de Luffy e seu bando. — O velho Garp falou com uma mão no ombro da garota, logo se retirando do cômodo.
Hana suspirou novamente naquele dia.
E então a garota foi para seus aposentos para arrumar suas coisas.
Seu quartinho lá era do tamanho do quarto de limpeza, talvez antes dela chegar lá fosse mesmo um quarto de limpeza.
Miyazaki colocava roupas suas em alguns sacos que haviam ali, estava se preparando para sair logo pela manhã. Na hora de ir dormir, sua insônia não deixou que fizesse tal coisa, então levantou e foi vagar por aí.
A garota caminhava até a cozinha, o estresse sempre a deixava com fome, então pegou algumas maçãs e uma fatia de queijo jogada lá.
— A essa hora amanhã eu vou me tornar uma pirata, que loucura. Bom, uma pirata temporária. Mas ainda sim, porra! — Ela dizia enquanto dava mordidas em sua maçã. Era comum de Hana falar sozinha como se estivesse tendo a melhor conversa de sua vida, mas consigo mesma.
— Uma pirata?! — Um garoto branquelo e de cabelo cor de rosa falou alto enquanto levantava de um canto em que estava. Levantou tão rápido que sua cabeça bateu no armário que estava ali encima. — Ai!
— Que isso?! Quem é você, garoto? Por acaso tá invadindo é?! — Ela falou o ameaçando com a maçã que estava em sua mão. Logo olhou para a maçã e a jogou no chão, a trocando por uma faca que estava encima da mesa. — Me responde!
— E-eu… Não! não estou invadindo! Sou novo aqui e vim porque não estava conseguindo dormir! Só isso! — Ele disse gaguejando e levantando as mãos em sinal de rendição.
— Novo? — A garota disse parando um pouco para pensar. — Ah! Você é o novato! Como era mesmo o seu nome? Colie? Coda? — Hana agora já havia largado a faca, estava concentrada em tentar lembrar o nome do menino.
— Coby. Eu sou o Coby. — Ele falou agora mais calmo.
— Coby! É isso! Eu não esqueceria seu cabelo de algodão doce tão cedo, novato. — Hana disse com um sorriso, o que fez Coby dar um leve sorrisinho de canto também.
Miyazaki pegou sua maçã que havia jogado no chão e a mordeu novamente. Coby fez uma cara de nojo ao ver a cena.
— Que foi? Eles limpam todo mês, nem deve estar tão sujo. — Hana mordia sua maçã que em sua cabeça, estava muito suculenta.
Coby deu um sorrisinho tímido balançando a cabeça.
— Então… veio aqui porque está com fome, hein? — A garota disse após terminar sua saborosa maçã.
— É, bem, na verdade… eu não tô conseguindo dormir.
— Sei. Acontece comigo também. É um saco.
— É… — Coby parecia estar nervoso.
Hana o olhou de canto. — Qual é o problema?
— O vice almirante me contou o plano… — Coby desvio o olhar. — Sabe, sobre o Luffy.
— Ah… — Hana suspirou.
— Sei que essa é a sua missão, mas… Convivi com o Luffy por um dia, e ele é um cara muito legal… — A voz de Coby soava levemente triste.
— Olha novato, eu tô ligada que ele é seu amigo, mas temos um trabalho aqui.
— É exatamente por isso! O Luffy ajuda as pessoas, ele não é como os outros piratas. Se capturamos ele, qual a causa pela qual estamos aqui? Agir como os piratas que saquearam e destruíram vilas com pessoas boas?! — Coby levantou sua voz, mas ainda tremia.
Hana entendia completamente o que Coby estava querendo dizer. Ela entende que como marinheiros, devem fazer justiça e não capturar pessoas boas. Ela pensava exatamente igual. Sua vila foi destruída por um desses piratas. Ela nunca agiria como um deles.
Miyazaki deu um leve sorriso. — Você é o que este lugar precisa, Coby. Faça a diferença, e eu garanto, eu penso assim também.
Hana deu leves tapinhas no ombro de Coby, pegou uma outra maçã e saiu da cozinha. Deixando ali um Coby tentando entender o que a garota quis dizer com aquilo.
—————————·———————————
Na manhã do dia seguinte, Hana hesitou em acordar cedo, mas logo encontrou Garp no corredor. O velho disse que seu pequeno barco já a aguardava, e então a garota levou suas malas, uma pequena bolsa de comida e navegou pelo mar, seguindo as coordenadas de Luffy e seu bando.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sentimentos De Penetra - Monkey D. Luffy
FanfictionHana Miyazaki, uma garota da marinha que foi mandada por Garp (o vice almirante da marinha) para uma única missão: espionar o bando do chapéu de palha, mas com isso, ela acaba criando sentimentos pelo capitão.