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Quando o Natal chegou e Adeline voltou para Londres,  encontrou um Neville nervoso e muito assustado em casa. As notícias sobre Sirius Black iam muito mais além do que sua mãe havia lhe contado e o que o Profeta Diário divulgava. Aparentemente o fugitivo havia sido visto nos terrenos de Hogwarts e, até onde sabia, estava atrás de Harry Potter, em busca de vingança em nome de Você-Sabe-Quem, para finalizar aquilo que não havia conseguido na noite de 1981.

- Que besteira sem tamanho! - Foi o que Adeline disse na manhã após a chegada de Neville na Mansão Longbottom. As mãos espalmadas sobre a mesa do café, o Profeta estampando imagens terríveis de Sirius ou de uma versão que não era real do homem, porque Adeline não conseguia conceber a ideia de que aquele era o mesmo Sirius Black de suas lembranças.- Como podem levar isso a sério? Céus, Sirius jamais faria isso! Eu lembro perfeitamente bem como era a relação dele com os Potter, Harry é seu afilhado!

-Adeline!- Augusta interrompeu a filha, os olhos arregalados se direcionando de Adel para Neville, que bebericava seu café em choque com a indignação da tia.- Podemos discutir isso outra hora, agora, vamos nos preparar para as comemorações, sim?

A mais jovem queria contradizer a mãe, a raiva borbulhando dentro de si. Mil e um palavrões e dizeres nada educados prontos para serem usados contra o Ministro foram mantidos apenas em seus pensamentos. Depois de se acalmar, Adel e Neville foram para o Beco Diagonal em meio as cochicos de outros bruxos, em busca de presentes. Nev questionou a tia sobre Sirius, que não hesitou em lhe contar que o pai de Neville era amigo do Black e que ela acreditava que toda a história sobre Sirius estava muito mau contada. Neville confiava na tia e, talvez por isso, parte de seu medo tenha ido embora quando a hora de retornar a Hogwarts chegou.

-Lembre-se de mandar um olá ao seu professor de DCAT, Nev! Remus Lupin é um homem excepcional!- Foi o que a corvina disse ao se despedir do sobrinho na estação ao saber quem estava assumindo o cargo naquele ano, grata por ser algué como Remus. Mais grata ainda porque o professor era atencioso com Neville e não o envergonhava, coisa que o professor de poções, Severus Snape, fazia com frequeência e que tirava a mulher do sério. - Peça a Ginny e Luna ficarem atentas as corujas, estou enviando o presente delas ainda nessa semana também!

Quando chegou no Brasil, sua primeira tarefa foi escrever uma carta e embrulhar o presente que seria enviado para os Estados Unidos, para a senhorita Ballmann, como a mulher havia prometido que faria. E quanta não foi sua felicidade ao se deparar com uma carta escrita pela menina entregue no dia seguinte a sua coruja ter partido? Cecile lhe enviara um caderno em branco, um bilhete dentro dizia que era para que Adeline pudesse continuar com suas colagens, algo que tinha compartilhado com a menina que lhe agradava fazer. A carta continha atualizações sobre a escola de Ceci, sobre suas férias e sobre seu irmão mais novo, contando animada sobre as descobertas do pequeno Timothée.

Os alunos de Castelobruxo estavam,  como sempre após as férias, animados com o retorno as aulas e aum novo ano letivo. Adeline aproveitava para levá-los em passeios e explorações. Nos intervelos entre suas aulas a morena usava o tempo para se informar sobre Sirius Black, recebendo cartas de ex colegas de Hogwarts, além de ter feito questão de enviar uma para Remus Lupin e Albus Dumbledore, para se certificar da segurança do sobrinho na escola. Albus, com o equilíbrio entre simplicidade e elegância, respondera a ex aluna garantindo que estava tudo bem e que todas as providências estavam sendo tomadas. A carta enviada como resposta por Remus continha muitas informações, além da felicidade expressa pelo homem em estar tendo contato com Adeline depois de tantos anos, pedindo a ela que o visitasse quando possível, também haviam palavras que garantiam que Neville estava seguro, mas que havia algo de errado acontecendo.

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Os meses restantes foram, no mínimo, angustiantes. Adeline seguiu com as correspondências com Remus, assim como buscando informações vindas do Ministério, que não lhe agregavam em nada. Neville lhe escrevia com frequência, narrando todos os acontecidos, como o fato de Harry Potter não poder acompanhar a turma no primeiro passeio a Hogsmead, a aldeia próxima a Hogwarts. Ou sobre os jogos de quadribol, sobre as provas e trabalhos e sobre o professor Snape ter se materializado como seu bicho-papão. Esse último fez a corvina prometer ter uma conversa de perto com aquele morcego de araque.

Sweet DarknessOnde histórias criam vida. Descubra agora