Como era sábado, e essa semana não tinha ido ao ensaio, achei melhor ligar para os meninos e combinar um ensaio logo mais. Estava na hora de voltar. Acertei o horário com eles e eu e Tom partimos para o estúdio.— E esse pé Kaulitz? — Georg perguntou com uma cara séria. — Pô....foi mal cara, de verdade não tive a intenção.
— Relaxa Georg. Apesar da dor, sei que foi um acidente. Brincadeira sem graça? Sim....Mas já foi.
— Era o "pezinho" que o Bill queria para ser mimado por todos. — Tom falou dando uma risada, sendo acompanhado pelos outros.
— Se vocês continuarem me zuando, eu sei muito bem onde eu vou enfiar essas muletas. — falei me virando para cada um, apontado a muleta como se fosse um rifle.
— Calminha Bill, sem estresse. Já ajustei o tamanho do microfone para você ficar aqui sentado de boas. — falou Gustav, sendo prestativo.
E não é que estava vendo vantagem nessa situação? Quem não gosta de ser mimado?
O ensaio transcorreu normalmente. Fiquei sentado o tempo todo, mas confesso que ensaiar sentado em uma cadeira, tirava todo o glamour e a emoção de cantar.
Depois de uma hora, finalizamos. Convidei os meninos para uma cerveja em casa, mas cada um tinha seus compromissos, então nos despedimos e eu e Tom voltamos para casa.
Quando chegamos, Tom foi direto para o freezer caçar algo que nossa mãe tinha deixado preparado para gente, para que não comêssemos tanta besteira. Retirou uma lasanha e também duas cervejas gelidíssimas, me passou uma, colocou o congelado no micro-ondas e eu comecei a arrumar a mesa da cozinha.
Sentei na mesa abrindo a cerveja e Tom sentou no vão da janela da cozinha e ficamos conversando sobre alguns detalhes que precisava ser ajustado na música que estávamos ensaiando e o que eu achava que precisava melhorar nos acordes.
— E a loira? — perguntei depois de um longo gole na long neck.
Neste momento, o micro-ondas apitou. Tom se levantou, pegou a lasanha que já estava pronta e se sentou à minha frente.
— Vai contar sobre a loira, ou não? — perguntei enquanto eu me servia de lasanha, esperando ele também abastecer o próprio prato.
— Não tenho muito para contar. — disse dando uma garfada gigantesca pra dentro da boca.
— Como assim? A garota parecia caidinha por você.
Tom deu de ombros.
— Ela é uma gata e beija como uma profissional...
Ele hesitou e me olhou erguendo a sua sobrancelha, daquele jeito dele.
— Mas..... — perguntei esperando que concluísse.
— Merda, Bill! De todo o campus, eu tinha que marcar um encontro com a única virgem convicta do lugar.
Quase me engasguei. Tossi, bebi um gole de cerveja, depois ri e comecei a gargalhar me inclinando sobre a mesa, recebendo um tapa na cabeça de um Tom chateado.
— Não brinca com isso seu idiota. Tava com um tesão danado na garota e quase não passou de uns beijinhos.
— Deve ter sido difícil para você. — falei e comecei a rir novamente.
Dessa vez ele riu junto e me deu um empurrão no ombro.
— Você não sabe o quanto. — suspirou. — O pior, é que quero sair com ela novamente. — Tom confessou.
Eu o encarei e me lembrei de que a loira tinha dado em cima do Tom por tanto tempo, que nunca imaginei que ainda fosse tão conservadora.
— Tenho certeza que você consegue fazer a garota mudar de opinião. — disse brincando e ele abanou a cabeça em uma negativa.
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A Ligação | Bill Kaulitz
FanficNuma das maiores tempestades de Hamburgo, um telefonema por engano, muda para sempre duas vidas que se entrelaçam. Bill não fazia ideia que um simples telefonema poderia definir o rumo da sua vida. Tão pouco Hannah imaginava que um engano despertari...