Capítulo 3 - Imaginando você.

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Como era sábado, e essa semana não tinha ido ao ensaio, achei melhor ligar para os meninos e combinar um ensaio logo mais. Estava na hora de voltar. Acertei o horário com eles e eu e Tom partimos para o estúdio.

— E esse pé Kaulitz? — Georg perguntou com uma cara séria. — Pô....foi mal cara, de verdade não tive a intenção.

— Relaxa Georg. Apesar da dor, sei que foi um acidente. Brincadeira sem graça? Sim....Mas já foi.

— Era o "pezinho" que o Bill queria para ser mimado por todos. — Tom falou dando uma risada, sendo acompanhado pelos outros.

— Se vocês continuarem me zuando, eu sei muito bem onde eu vou enfiar essas muletas. — falei me virando para cada um, apontado a muleta como se fosse um rifle.

— Calminha Bill, sem estresse. Já ajustei o tamanho do microfone para você ficar aqui sentado de boas. — falou Gustav, sendo prestativo.

E não é que estava vendo vantagem nessa situação? Quem não gosta de ser mimado?

O ensaio transcorreu normalmente. Fiquei sentado o tempo todo, mas confesso que ensaiar sentado em uma cadeira, tirava todo o glamour e a emoção de cantar.

Depois de uma hora, finalizamos. Convidei os meninos para uma cerveja em casa, mas cada um tinha seus compromissos, então nos despedimos e eu e Tom voltamos para casa.

Quando chegamos, Tom foi direto para o freezer caçar algo que nossa mãe tinha deixado preparado para gente, para que não comêssemos tanta besteira. Retirou uma lasanha e também duas cervejas gelidíssimas, me passou uma, colocou o congelado no micro-ondas e eu comecei a arrumar a mesa da cozinha.

Sentei na mesa abrindo a cerveja e Tom sentou no vão da janela da cozinha e ficamos conversando sobre alguns detalhes que precisava ser ajustado na música que estávamos ensaiando e o que eu achava que precisava melhorar nos acordes.

— E a loira? — perguntei depois de um longo gole na long neck.

Neste momento, o micro-ondas apitou. Tom se levantou, pegou a lasanha que já estava pronta e se sentou à minha frente.

— Vai contar sobre a loira, ou não? — perguntei enquanto eu me servia de lasanha, esperando ele também abastecer o próprio prato.

— Não tenho muito para contar. — disse dando uma garfada gigantesca pra dentro da boca.

— Como assim? A garota parecia caidinha por você.

Tom deu de ombros.

— Ela é uma gata e beija como uma profissional...

Ele hesitou e me olhou erguendo a sua sobrancelha, daquele jeito dele.

— Mas..... — perguntei esperando que concluísse.

— Merda, Bill! De todo o campus, eu tinha que marcar um encontro com a única virgem convicta do lugar.

Quase me engasguei. Tossi, bebi um gole de cerveja, depois ri e comecei a gargalhar me inclinando sobre a mesa, recebendo um tapa na cabeça de um Tom chateado.

— Não brinca com isso seu idiota. Tava com um tesão danado na garota e quase não passou de uns beijinhos.

— Deve ter sido difícil para você. — falei e comecei a rir novamente.

Dessa vez ele riu junto e me deu um empurrão no ombro.

— Você não sabe o quanto. suspirou. O pior, é que quero sair com ela novamente. — Tom confessou.

Eu o encarei e me lembrei de que a loira tinha dado em cima do Tom por tanto tempo, que nunca imaginei que ainda fosse tão conservadora.

— Tenho certeza que você consegue fazer a garota mudar de opinião. — disse brincando e ele abanou a cabeça em uma negativa.

A Ligação | Bill KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora