Story of my Life

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"She told me in the morning she don't feel the same about us in her bones
It seems to me that when I die these worlds will be written on my stone." — Story of my Life, 1D

San POV

A manhã após aquela noite cheia de bebidas e piadas entre os amigos foi caótica. Acordei com os raios de sol batendo em meus olhos, soltei um gemido em reclamação por conta da enxaqueca que queimava meus únicos neurônios ainda existentes. Ye-bun sempre gosta de lembrar que eu tenho falta deles.

Não me lembro exatamente o que aconteceu, mas quando consegui levantar um pouco a cabeça, pude ver que a maioria de nós ainda estava na sala, com exceção de Ye-bum e Hongjoong, fato ao qual me fez arquear as sobrancelhas de forma mínima, já que qualquer esforço fazia bater o arrependimento de qualquer gota de álcool ingerida na noite anterior.

Fechei meus olhos mais uma vez, e escutei a risada calorosa dos meus dois amigos vindo de alguma direção que eu não saberia dizer por conta da terrível dor que martelava minha cabeça. Eu poderia dizer que estava alucinando por estar ouvindo a risada de Ye-bum e, ainda por cima, conseguir imaginá-la rindo. Um sorriso se formou em meus lábios com o pensamento.

— Ei, dreamer boy. — a voz de Wooyoung ressoou entre as risadas, e meu sorriso se desfez como mágica.

Continuei de olhos fechados, fingindo estar dormindo. Pude ouvi-lo xingar baixinho antes de sentir um beijo estalado em minha bochecha, o que me fez levantar em um ressalto, tirando uma gargalhada alta do mais novo.

— Pabo! — exclamei, passando as costas da mão onde ele havia deixado o beijo. O olhei torto, e ele devolvia o olhar com uma cara de besta.

— Por que você nunca falou pra ela? — simplesmente disse, mas vendo minha cara de interrogação, ele riu anasalado. — A Bummy. Por que você nunca disse a ela? Que... você nutre sentimento por ela.

Mesmo com a enxaqueca que parecia que iria explodir minha cabeça a qualquer segundo, entendi o que ele queria dizer com "nutrir sentimentos". Deixei um suspiro passar por entre meus lábios quando me deitei de barriga pra cima.

— Eu não posso. — falei, fechando os olhos, mas antes que o moreno pudesse falar alguma coisa, cortei o assunto. — Você pode pegar um analgésico pra mim? — pude ouvi-lo assentir, sem graça, não esperando pelo meu corte.

[...]

Quando acordei após tomar uma dose bem alta de analgésico, o sol já parecia mais baixo. Chutei ser cerca de três horas da tarde. A casa parecia silenciosa, e me perguntei o que meus amigos faziam, mas então senti uma presença no quarto, parecia ter acabado de entrar.

— Eu te acordei? — a voz suave soou como um sussurro, Ye-bum logo apareceu em meu campo de visão, mesmo sendo apenas uma silhueta contra a luz que entrava na fresta das janelas por trás da menor eu conseguia a reconhecer.

Com sua pergunta, maneei a cabeça negativamente, e senti suas mãos delicadas em minha testa.

— Você estava ardendo em febre de manhã. — ela falou, com a voz preocupada. — Deveria diminuir na quantidade de álcool, boo.

Sorri com o apelido usado. Ambos sabíamos o que significava, mas era um apelido inocente que nos demos quando crianças, e pra gente simulava algo carinhoso, como "ursinho".

Ye-bum POV

— Fazia tempo que não te ouvia me chamando assim. — as primeiras palavras de San tiveram um impacto inimaginável em minhas células, um arrepio percorreu todo meu corpo, e minha única reação foi piscar algumas vezes. A voz dele saiu completamente rouca, talvez pelo longo período sem falar uma palavra sequer. Encolhi meus ombros, torcendo que ele não percebesse a reação que surtiu em mim. — Estou me sentindo muito melhor que mais cedo, Bummy. Não precisa se preocupar.

AYSFTN? | Choi San Onde histórias criam vida. Descubra agora