AYSFTN? | Choi San

Si fueras Mía

"Si solamente fueras mía,
Los lugares que te llevaría
Para verte feliz y verte sonreír
No hay nada que no haría
Te daría todo el mundo en un segundo
Si solo fueras mía" — Si fueras mía — D.O (EXO)

Depois que San ligou para minha mãe, as coisas deram estranhamente certo. Não que ela não gostasse da ideia de eu, um ser um tanto quanto cheio de responsabilidades nem tão sérias assim, morasse com mais sete pessoas. Ela conheceu todos os nossos amigos quando San e eu nos mudamos para Seul, ela só não gostava da ideia de que esses amigos fossem "homens", e o que o San pode ter dito para ela me preocupa um pouco.

— Bummy-ah! — ouvi Wooyoung gritando da porta de meu apartamento. Ele era o meu amigo mais caótico, e aquele jeito meio doido dele era como um reflexo meu em uma versão masculina, e era por isso que eu o amava tanto. — Oi, o San me mandou vir aqui.

— Ele me disse que mandaria alguém que me ajudaria. — o olhei com o canto do olho para ver sua reação exagerada, ele colocando a mão no peito como se sentisse dor na região. — Preciso que você coloque aquelas coisas ali naquela caixa. — gesticulei, apontando para o que eu me referia.

Ele fez um sinal de joia com a mão, logo fazendo o que lhe foi pedido.

[...]

Quando finalmente conseguimos terminar de empacotar todas as coisas (o que não era nada além de algumas roupas e outros itens indispensáveis), minha sala estava cheia de gente. Todos os meus oito amigos e eu.

Não achava tão necessário todos virem ajudar na mudança, mas eles faziam tanta questão de ajudar a "irmãzinha" deles, que eu sequer questionei muito.

— Mingi! — praticamente berrei depois de ver ele derrubando uma das minhas caixas de itens de skincare. Pude perceber Wooyoung ao meu lado dando risada e, mesmo com as mãos ocupadas, consegui desferir um soco no ombro do maior. — Pabo*!

Eles não moravam assim tão longe de mim. Era um complexo de condomínios proximo a faculdade, e a única diferença é que o apartamento deles era maior que o último e, como eram mais pessoas morando junto, o aluguel acabaria ficando mais barato para dividir. Consequentemente, éramos nove jovens andando pelas ruas do condomínio com caixas nas mãos, o que seria uma cena cômica se vista fora de contexto.

[...]

O apartamento que estava agora era gigante. Ocupava quase um andar inteiro se não considerasse a sala de manutenção que ocupava o mesmo andar onde moravam. Meu quarto atual era do tamanho de minha sala e, considerando que aquela era o maior cômodo da casa, então o quarto era enorme e até mesmo havia um banheiro, o que eu agradeci mentalmente, já que não precisaria dividir banheiro com os outros.

— Gostou? — ouvi a voz de Hongjoong e então olhei na direção da porta para vê-lo encostado no batente da mesma.

— Sim. — respondo, mexendo a cabeça positivamente e então abri um sorriso tímido, sentindo minhas bochechas esquentando.

Hongjoong era o segundo mais velho do grupo, e não era segredo nenhum que eu mantinha uma paixão por ele desde que o conheci na seleção musical que ele participou com San um ano atrás.

— Obrigada por me aceitar aqui. — falei com o tom de voz um pouco mais baixo que o planejado. — Minha mãe queria que San fosse morar comigo, mas não daria muito certo nós dois morando em um espaço tão pequeno. Além de que havia só uma cama, eu provavelmente chutaria ele pra fora durante a noite.

Hongjoong deu uma risada anasalada enquanto olhava pra baixo, mas logo seu olhar voltou pra mim, pude perceber que o sorriso ainda se mantinha em seus lábios. Ele tomou fôlego para falar alguma coisa, mas logo Choi San apareceu, chamando nossa atenção.

— Estamos planejando pedir pizza, o que acham? — perguntou, olhando entre eu e o mais velho. Eu assenti, animada, assim como Joong, que fez o mesmo.

San voltou para a sala gritando com os meninos, passando a mensagem de que ambos concordamos com a ideia passada há poucos segundos.

— Eu espero que esse lugar tenha isolamento acústico. — murmurei, me levantando de onde eu estava sentada, ainda escutando San falando alto. — Os vizinhos devem ficar doidos com tanta gritaria.

— Tivemos que pedir para reforçar o isolamento por causa de Wooyoung. Só a risada dele já deixava os vizinhos nervosos. — falou sério e isso me fez segurar o riso. Nunca vi o mais velho falando tão sério, e aquela cena me parecia cômica.

[...]

— E se fizermos um jogo de bebida? — Seonghwa perguntou, olhando de soslaio para mim, como se a minha palavra valesse mais que a dos amigos.

— Não! — Jongho gritou. Era a primeira vez no dia que o ouvia falando tão alto. Eu sabia que não era tão incomum para ele, mas ele estava mais quietinho nesse dia em específico. — Da última vez que fizemos qualquer coisa relacionada a bebida, San saiu chorando.

Não consegui segurar o riso ao lembrar do vídeo que recebi de quando San bebeu. Nunca o vi tão extrovertido na minha vida, e olha que eu conheço ele desde que nasci, então a situação foi bem engraçada.

— O que você acha, Bummy-Bun? — Yunho pergunta, encostando ambos os cotovelos nos joelhos.

Estávamos todos sentados no chão, as pizzas e as bebidas em cima de uma mesinha grande e baixa, bem a nossa frente, e estávamos todos em volta dela.

— Eu? — fiz um biquinho quando os vi assentando. — Mas eu não bebo, então não sei.

— Choi San te deixou livre das bebidas? — todos pareceram chocados, e eu só ri. — Ele é o maior bêbado que a gente conhece.

— Ei! Não é assim também, sabia? — San falou, a voz já estava um pouco alterada e as bochechas avermelhadas. A reação dele fez os outros rirem.

Ele estava sentado ao meu lado, então vez ou outra conseguia sentir ele brincando com a manga de minha blusa, completamente distraído.

— San, você precisa maneirar no álcool, sabia? — ele mexeu a cabeça negativamente, pegando um pedaço de pizza com a mão e a comeu, de forma desajeitada. Suspirei profundamente e passei as costas da mão em seu cabelo, para não o sujar. — Você não leva jeito mesmo, né?

Os outros me olhavam curiosos, o que me fez arquear a sobrancelha, estranhando.

— Bum, você... — Hongjoong da um tapa na perna de Yeosang, que para de falar apenas para reclamar do tapa que recebera.

Eu os olhei, ainda curiosa com o que Yeosang iria falar. Sang não sabia guardar segredos, então sabia que, uma hora ou outra, iria descobrir o que Joong o impediu de me perguntar.