Antônio e Irene - uma história de amor

Segundo Ato

Irene estava sentada em uma mesa perto da porta no bar da Cândida, bem em frente, um relógio, em sua cabeça só havia espaço pra uma coisa, o pedido de Antônio: "não se preocupa com arrumar suas coisas, eu não quero que você leve nada daqui, só me espera, que eu volto aqui ainda hoje, não demoro tá? Me espera"
- Nossa Irene, o que você tem hoje? Parece que até que nem tá aqui, tá pensando no que?
- Verdade, eu nem sei onde eu to, to tão nervosa mas eu não posso falar pra você ainda querida, porque eu tenho medo que não aconteça?
- Mulher mas assim você me mata de curiosidade, mas me diz é o Antônio não é?
- ela se ajeita na cadeira e desperta por um momento -
- Como você sabe? Não, não é com ele não
- Mas eu conheço esse olhar, você só fica assim quando tá falando com ele, já tá com saudade e? Você tá gostando mesmo dele né Irene? Olha essa eu não esperava
- Eu achei que de você eu conseguiria esconder mas é que, o Antônio desperta algo em mim que vai além da paixão que a gente tem, eu acho que to gostando mesmo dele e é por isso que eu to, eu não quero ficar sonhando com algo que ...
O barulho de Antônio a chamando, interrompe a conversa das amigas
- IRENE? Oh Irene, ce ta ai! - ela se levanta e vai até ele se jogando nos braços do noivo
- Antônio, você veio! Você ...
- Irene mas eu te falei? An? - diz ele tocando carinhosamente em seu rosto e beijando sua testa
- Então, eu vou
- Não vai nada, vem vamos!
- Mas Antônio, olha como eu to?
- Isso não é Problema Irene, vem vamos pra casa! -
Ele a leva até o carro, ambos com as mãos entrelaçadas, ela da uma última olhada pra trás e se despede da amiga, Antônio abre a porta da caminhonete e antes de fechar a porta, beija sua mulher, entram no carro e se olham
- agora sim, vamos pra nossa casa.
Ela sorri e observa o bar ficando cada vez mais longe pelo retrovisor.
 
Entrando na mansão Irene olha tudo atentamente, o piso, os móveis, tudo muito mais lindo do que podia imaginar, ela nunca tinha tido tanto mas sabia que tinha nascido pra aquilo, pro luxo, pra ser uma dama. E Antônio viu isso desde o início, o bordel nunca tinha combinado com Irene.
Agora estavam na sala abraçados, Antônio a tomou pela cintura e acariciava seus cabelos, longos e lisos até a quase a cintura, seu vestido vinho, moldava seu belo corpo e ele já tinha decorado cada detalhe dele.
- gostou meu amor? Logo você vai cuidar de tudo isso aqui
- Antônio, é lindo! Eu to encantada! Ai Antônio, eu quero tanto conhecer cada canto dessa casa, cuidar de você, da nossa família
- Isso, da nossa família, eu quero começar te mostrando cada canto, em cada canto eu quero um filho com você - ele sorri e ela o beija
- Antônio, mas assim vamos ter que colocar mais quartos aqui
- Os dois riem, Antônio pega em sua mão -Então vamos começar pelo nosso quarto, vem, quero te mostrar uma coisa.
- Eles sobem as escadas, no caminho Antônio a abraça por trás, apertando sua cintura, os dois se beijam apaixonadamente, enquanto Antônio passeia suas mãos por todo o corpo dela, quase levantando seu vestido
- Antônio - diz entre o beijo - aqui não, e se alguém chegar? Estamos no corredor
- Você tem razão, vem, mas você não pode me culpar Irene, você é a mulher mais linda que eu já vi, é difícil pra mim
- Os dois riem juntos e seguem até a porta do quarto, Antônio coloca suas mãos nos olhos de Irene:
- Agora, é uma surpresa, vem que eu vou te levando
- Ai Antônio, e agora? Pra onde eu vou, ai que aflição homem
- Isso, vai um pouquinho mais pra frente
- Mais? Ai Antônio eu vou cair
- Irene, se acha que eu vou deixar? Só mais um pouco
- E agora, já ?
- E, já! Agora pode, oh ai! Tudo pra você!
Ela abre os olhos e vê várias caixas de cetim em cima da cama, eram roupas, jóias, sapatos e sim ele conhecia seu gosto, suas cores favoritas, Irene não sabia o que dizer, estava com um choro engasgado, nunca tinha se sentido tão amada e finalmente se sentia completa.