Antônio e Irene - uma história de amor

Quarto Ato

Irene se olha no espelho e sente uma sensação estranha em seu corpo, seria uma insônia provocada pela enorme felicidade de poder dormir ao lado de Antônio, o dia foi cheio de emoções, juras de amor ao luar, jantar pela primeira vez na mansão la selva, mas seria só isso? Irene sentia um enjoo quase que incontrolável, se sentia exausta, já era a terceira vez que levantava da cama assustada , ela termina de molhar o rosto e então se recorda:

"Você fica aí pelos cantos com o Antônio, tá sempre com ele, mas eu cansei, hoje eu quero você Irene, você vai ser minha também, vamos! Eu tenho esse direito, você não pode me negar" - e parece que o cheiro de bebida de Ademir tomou conta de seus sentidos, ela corre até a privada e acaba vomitado.
Antonio entra no banheiro preocupado, ainda ajeitando o cabelo.
- Irene, o que você tem, você tá bem? - ele se ajoelha e a toma pelo braço, ajudando-a se levantar - será que você comeu alguma coisa? Você tá chorando amor? o que foi?
- Ela o abraça forte e se aninha em seus braços, tomada de medo mas sabe que não pode transparecer, se realmente estiver grávida, é algo que jamais Antônio deve saber, pra ela não seria justo
- É felicidade meu amor, acho que é muita emoção de uma vez né? - diz ela alisando as costas de Antônio - mas eu to bem, eu vou só me ajeitar e já vou tá bom?
- Oh Irene, eu também to tão feliz, poder te ver do meu lado, dormir com você! Mas olha, se você precisar pode me chamar - ele beija a testa dela e se dirige até a cama
Irene limpando as lágrimas, se volta as memórias:
"Mas como assim Irene, o Ademir te agrediu, te fez alguma coisa? - Não, claro que não, e você sabe que eu sou muito profissional mas ele me obrigou, ele tava bebado, foi a coisa mais fria que já fiz na vida, ele me tocava e eu não sentia nada, só sentia aquele cheio forte de álcool, não conseguia tirar o Antônio da cabeça, isso tá acabando comigo e se ele falar alguma pro Antônio, logo agora que
- que o que Irene? "
Irene sabia do sonho de Antônio de ter filhos, de ter um herdeiro e ela faria de tudo pra vê-lo feliz, mesmo se tivesse que mentir por isso.
Se aproximando da cama, Irene observa Antônio, ele estava deitado com a mão do seu lado da cama, com um leve sorriso, ela não queria acorda-lo mas ele estava atento:
- Você tá melhor? Quer que eu peça alguma coisa pra você? - diz ele se levantando, arrumando a roupa - Não, Antônio. Não precisa, sabe o que tava pensando? - ela diz acariciando o rosto dele
- no que ein? Já quer repetir? Olha que eu não sei dizer não pra você ein - ele a abraça e começa a beijar seu pescoço
- Não era exatamente isso, mas podemos pensar mais sobre o assunto - ela sorri e da uma piscada
- Então o que é? - ele a observa atento
- Eu acho que, logo logo, talvez nós vamos ter que arrumar aquele quarto ao lado, o Caio não vai querer dividir o quarto dele né?
- Irene perai, oh Irene! Você tá? Você tá grávida? - ele sorri, passa a mão nos cabelos e toca gentilmente seu ventre
- Calma, eu ainda não tenho certeza mas é que esse enjoo me fez pensar, quem sabe não é? Não seria um lindo presente pra nós?
- Irene, você não imagina a alegria que tá me dando, eu espero que seja o nosso menino, meu Deus eu não poderia estar mais feliz, Irene, obrigada! - ele toca seu rosto e a beija com carinho, seus lábios de encontram e ambos se abraçam, Antônio beija seu rosto, percorrendo seu pescoço e sussurra:
- E agora vamos repetir?
Irene sorri e acente com a cabeça, se deitando enquanto Antônio se encaixa em seus quadris, ela o envolve com suas pernas aproximando-o ainda mais, ele tira uma das alças de sua camisola, beijando seu ombro, passeando por seu colo, Irene, por sua vez, desabotoa o pijama de Antônio, acariciando seu peito, sentindo os arrepios dele. Os gemidos tomam conta do quarto dos noivos, até que ao chegarem ao ápice do prazer, adormecem abraçados, Antônio com o braço sobre a barriga dela e ela descansa sua cabeça no pescoço dele.
Pelo menos nessa noite poderia esquecer da possibilidade de Ademir ser o pai de seu filho mas e na manhã seguinte?