deuxième chapitre

111 12 3
                                    


                                                                                                                                        Janeiro de 2025duas semanas depois

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

                                                                                                                                        Janeiro de 2025
duas semanas depois

Duas semanas se passaram, duas semanas desde que titia estava desempregada, duas semanas desde que rodei Toronto inteira em busca de um emprego e nenhum me deu um retorno ou sequer mandou um e-mail falando que iriam verificar meu currículo. Eu estava desesperada, a comida que tinhamos em casa estava acabando, a água de luz e energia estava pra vencer.

Titia também ousou sair para procurar um emprego, mas assim que descobri, briguei com ela, eu não vou deixar minha família passar mais nenhuma humilhação como a daquele dia, irei fazer o possível e o impossível para dar a melhor vida pra minha única família.

Por um momento, se passa na minha cabeça se eu fosse igual as mulheres daquela noite, será que eu ganharia muito dinheiro? será que titia se orgulharia de mim? e Eleonora, se envergonharia da mãe que tem?

Credo Penélope, para de pensar nisso, você não teria coragem, teria?

Tiro esses pensamentos da minha cabeça quando vejo Eleonora me procurando resmungando em seu colchão, permito ficar só mais um pouquinho deitada com ela, quando vejo que seu corpo está mais quente que o normal, por favor, não.

Eleonora estava começando a dar febre, certeza que é pelos banhos frios e as roupas nada quentes que ando vestindo nela nesse clima, Eleonora doente era a última coisa que eu precisava para essa semana, nada estava ocorrendo bem. A pego em meus braços e a coloco junto a titia, indo direto a cómoda e pegando algumas roupas para ir a universidade.

Me dói no peito deixar Eleonora em casa no estado em que ela está, mas após a universidade acabar irei procurar mais empregos por ai, e quem sabe até mesmo implorar de joelhos para que alguém me contratasse nem que fosse pra limpar rejunte da cerâmica de banheiro, é eu sei, estou exagerando, mas Eleonora está doente, e eu preciso comprar remédios a ela.

Já era 10 horas manhã, eu não me importava de estar atrasada, não dessa vez, quem sabe assim eu até me desencontro de Martina e tenho um dia de folga de sua companhia infernal, um dia longe dela pode até me dar um pouco de sorte e de esperança.

— Olha só quem chegou — dou de cara com Martina no portão da escola

Merda, Deus deve me odiar.

— E então desempregada, já arrumou emprego? —ela e suas amigas me fecham em uma rodinha, essa universidade não tem monitor ou segurança?

Blood StepsOnde histórias criam vida. Descubra agora