Quatrième chapitre

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Toronto-Canadá

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Toronto-Canadá

Janeiro de 2018

— ACORDA ! —


Me levanto assustado da cama vendo Aylla parada na porta segurando a risada , juro que as vezes da vontade de matar essa menina.


Eu estava de ressaca, isso já não era novidade para ninguém aqui em casa, quando faço menção de levantar Aylla corre no mesmo instante e eu desisto de correr atrás dela, fala sério Aylla tinha 21 anos mas parecia ter 12. Ninguém aguenta a energia dessa menina.


Ao olhar ao redor vejo meu quarto em estado crítico, ele estava uma zona que só, eram copos jogados no chão, cuecas e roupas sujas espalhados por todo o canto, tênis e saquinho vazios que guardavam a cocaina jogados por todo o lado,


Eu não era um menino bagunceiro, Olivia arrumava o meu quarto todos os dias, mas todos os fins de semana era uma zona diferente, ou era saquinho de pó e bitucas de baseado, mas sempre era garrafas de bebidas alcoolicas quebradas ou jogadas debaixo da cama.


— Ressaca do caralho — me levanto já indo em direção a gaveta de remédios que tinha no meu quarto


Tem de ser preparado pra tudo né?


Hoje era o primeiro dia da universidade que meu pai me colocou, ele estava cansado de ver o herdeiro das empresas dele afundado nas drogas e no álcool, fazer o que né, eu puxei esse velho da cabeça branca que tem o mesmo sangue que o meu.


Contra a minha vontade entro no banheiro pra tomar banho e ir para aquele inferno.


Ele me matriculou naquela merda sem nem saber o que eu queria estudar, velho idiota.


Hoje amanheci mais animado, hoje era o dia em que minha Ferrari chegaria, então eu resolvi dar pelo menos uma folga para as pessoas que estavam a minha volta. Os empresários de Las Vegas me mandaram um e-mail querendo saber se eu gostaria de uma das exclusivas já que elas não chegariam as lojas e seriam vendidas apenas 5, e eu, como nenhum tolo, aceitei.


Bastou eu ter esse pensamento que ao sair de casa vejo a belezinha me esperando, vermelhinha, lisinha e brilhando.


Do jeito que eu gosto..


Sem nenhuma pressa, decido ir a universidade com ela, e não deu um segundo, Aylla já estava dentro do carro. No meu carro novo. Que acabou de chegar. Meu.


— Aylla eu acho bom você ter 7 vidas, por que hoje você vai perder uma — o bom humor que eu estava havia ido embora graças a essa incompetente que eu chamo de irmã.


— Entra logo, estamos atrasados. —


Eu vou matar essa menina


Nossa casa não era distante da universidade, levando em conta que a universidade e nossa casa fica em um bairro bem localizado e sem nenhum perigo presente, tudo isso graças ao dinheiro, tudo pelo bendito dinheiro.


Ao passar 10 minutos de carro, passamos por uma menina na esquina da universidade, e é como se eu tivesse visto um anjo, e por um momento eu torci para que ela estivesse indo para o mesmo lugar que eu.


Eu nunca senti isso na vida, e eu simplesmente não sabia dizer o que era, eu a queria, não importa como, ela iria ser minha.


— Perdeu alguma coisa meu filho? Anda logo — Aylla chama minha atenção ao notar que desasselerei o carro


— Cala a porra da boca —


Amo Aylla, mas vezes ela me irrita ao ponto de quase a matar. Aylla era minha irmã por metade de pai. Meu pai na época teve um caso com a mãe dela, e por algum momento mamãe se apaixonou por ela e a quis como filha, a mãe dela sem nenhum protesto a deu, como se fosse uma troca, o dinheiro pelo bêbê, e bom.. dinheiro não era um problema naquela época, e continua não sendo hoje em dia.



Ao chegar na universidade eu vejo quem eu tanto pensei o caminho inteiro, e como se escutasse os meus desejos, ela estudava ali, e não bastou 10 minutos, eu já sabia o seu nome, quantos anos tinha e que curso ela fazia. Descobri que ela fazia arquitetura e que era bolsista, imaginei pelas roupas que ela usava..


Ninguém ali naquele lugar ousaria usar uma roupa tão feia quanto aquela.



                                                 𝟐𝟎𝟐𝟓



Hoje era mais uns dos dias em que eu a perseguia, isso se tornou comum pra mim, desde o dia em que eu descobri a sua existência passei a ir para a faculdade todos os dias e a levantar mais cedo para a acompanhar por mais longe que seja o seu trajeto.


Eu não ousava chegar perto, sentia que eu poderia quebrar ela com as minhas palavras rudes e e meu jeito grosso, a observar e cuidar dela de longe era o máximo que eu poderia fazer para suprir minhas necessidades. Eu sabia cada passo que ela dava.


Morando naquela casa horrível e em bairro perigosos, era a única coisa que eu poderia fazer para que nada fizesse mal a minha menina.


Penélope não sabia, mas quando Martina e aqueles projetos de puta a faziam mal por qualquer misero ato, eu fazia mal a elas ainda mais. Seja postando coisas horríveis dela na internet até contratar alguém para bater nelas, mas de nada adiantou, não largaram minha Penélope em paz.


Hoje foi o cúmulo, tacaram ovos, farinha e um liquido fedido assim que ela chegou na faculdade, e quer saber? hoje isso vai acabar.


Decidi a levar para o banheiro onde costumava deixar roupas limpas, ela não parava de chorar, e eu não sabia como reagir, meu peito estava cheio de fogo, e eu tinha certeza de que isso não era a única coisa a pegar fogo hoje, decidido, assim que deixei ela no banheiro, pego meu celular para começar minha vingança contra Martina.


Essa menina só podia ser burra, como que ela aceita isso sem contar nada a ninguém?



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