3. Negociação

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                     Lula

A tarde eu havia mandado as fotos para o dono do Outdoor, mas então eu recebi uma mensagem dizendo que o outdoor que eu já havia pagado estava alugado.

A raiva subiu, eu imediatamente mandei uma mensagem o questionando, apenas recebi uma mensagem curta dizendo para nos encontrarmos no bar vip para negociarmos sobre.

Que papo furado!

Me vesti casualmente e pedi para que meu filho me levasse de carro.

Rapidamente chegamos e encontrei o dono do outdoor sentado em uma mesa. Me dirigi até a mesma e o cumprimentei, tentando esconder minha irritação.

- Olá, Luiz Inácio! - Ele disse numa falsa empolgação - Como vai o senhor?

- Estaria melhor se não estivesse aqui.

- Poxa, sinto muito por isso. - Indagou uma falsa tristeza, que babaca!

- Bom, afinal, por que o outdoor que eu paguei não é mais meu?

- Espere um pouco, o outro cliente ainda não chegou.

- Quem? O que te extorquiu?

- Você é muito engraçado! - Ele disse entre risadas.

Não tive tempo de responder, pois o outro convidado já estava ao nosso lado, mal pude acreditar. Jair Bolsonaro.

- Olá, boa noite! - Ele disse enquanto evitava olhar em meus olhos - posso me sentar?

- Oh claro! Sente-se - Ele disse puxando uma cadeira.

Jair se sentou e assoviou para o garçom.

Mal consegui ouvir o que ele pedia, apenas olhava para seus olhos castanhos e seus lábios finos delicados, por um momento eu corei, mas rapidamente passei a mão no rosto afastando essa reação do meu corpo, só fui acordar quando vi Jair olhar para mim e perguntar algo.

- Você quer uma água? - ele olhava no fundo dos meus olhos.

- Ah, não, obrigada! - disfarcei minhas bochechas avermelhadas massageando minha barba.

Eu não posso estar sentindo isso. Eu amo a Janja, não posso senti atração pelo Jair.

Quebra de tempo

O "jantar" termina. Tiramos a conclusão de que eu ficaria com o outdoor e que Jair ficaria com outro e o dinheiro dele seria devolvido.

Eu já estava me retirando quando ouço uma voz me chamando.

- Lula!

- o qu - Jair agarra meu braço.

- Podemos conversar?

- Sinto muito, mas tenho que ir, Jair - digo ríspido

- Por favor.

O que eu faria agora? Precisava pensar rápido.

- Não! O jantar já acabou, a decisão já foi tomada - puxo meu braço e caminho até o carro, ouço Jair falar no fundo.

"Cachaceiro de merda"

- O QUE VOCÊ DISSE? - Volto apressadamente para trás, o encarando - Não pense que me xingar vá fazer eu mudar de ideia!

- E não vai? - Ele diz num tom debochado.

- NÃO VAI! - grito com raiva

Jair chega mais perto, agarra minha cintura com força, e com a boca roçando no lóbulo da minha orelha ele sussurra:

"E isso, vai?"

Minha mente me fala para me desprender de seu abraço, mas meu corpo faz o contrário. Minha respiração começa a pesar, meu coração começa a palpitar, e minha mente pensa nas coisas mais perversas.

Ele aperta mais e roça seu joelho em minha intimidade, o que me excita.

Meus lábios estão quase encontrando os seus quando alguém me vem em mente:

Janja.

O empurro o mais forte que consigo e dou um tapa em sua cara. Rapidamente vou até o carro e meu filho está lá, dormindo, coitado.

Fecho a porta bruscamente e respiro fundo, quando já estou calmo o suficiente chamo meu filho, que acorda assustado, e então vamos embora.

Vejo Jair pela janela, se afastando cada vez mais, só olhei para frente quando ele sumiu da minha vista, e espero que nunca mais apareça.

Chego em casa e Janja está sentada no sofá assistindo "De Repente 30", seu filme favorito.

Deito com a cabeça em seu colo e começo a assistir. Mas logo Jair vem a minha mente e tudo o que aconteceu.

Não consigo disfarçar minha ereção, então corro até o banheiro para me aliviar, dizendo que vou cagar.

O que está acontecendo comigo?

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Tá Ok, CompanheiroOnde histórias criam vida. Descubra agora