Segundo Amor

Capítulo 14

Eu sei que a minha decisão de acabar meu casamento do jeito que eu fiz me faz uma das piores pessoas do mundo ao ver de alguns, mas eu só tentando me dar a chance de ser feliz com o verdadeiro amor da minha vida. Mas, porra... É sério que eu não posso ter pelo menos o dia de hoje em paz com a Marília? Podia ser amanha ou o resto da minha vida, mas eu só queria ter hoje tranquilamente com ela. Eu devo isso a ela.

Nós dois estávamos caminhando pro lugar daquela fazenda que havia sido reservado para os carros estacionarem. Mas nem isso a gente conseguiu.

Tá, talvez eu tivesse exagerado em entrelaçar meus dedos ao dela enquanto a gente caminhava pra fora dali, deixando claro que a gente estava junto. Sem contar a aliança que já não tava no meu dedo a muito tempo. Mas não precisava de todo aquele alvoroço ao nosso redor.

— Você não podia ter feito aquilo com a minha filha!  — respirei fundo quando ouvi sua voz atrás de mim e parei de andar, soltando a mão da Lila só criando paciência pra me virar e encarar toda aquela palhaçada, porque eu não tava afim de mais isso. — Ela não merecia isso e você vai pagar!

— Você não acha que já chega dessa história? Se tudo se arrastou até aqui, a culpa é sua também. Você me forçou a isso. 

 — Eu tava sendo o homem que você deveria ser. — ri ironicamente, balançando a cabeça de forma negativa.

— Ou tentando fazer eu ocupar o lugar que você abriu mão de ocupar na vida dela, né?  — acho que isso foi a gota d'água. Ele veio pra cima de mim e eu queria muto revidar tudo o que ele havia feito comigo nesses últimos meses, mas eu não fiz pelo mínimo respeito que eu ainda tinha por ele ser o pai da Amanda e apensa me defendi.

Esse podia ser o moento de eu dar o troco por tudo o que ele me fez, não tinha mais como ele me chantagear, eu já havia acabado com o casamento, ele não ficaria mais perto de mim, só que eu não fiz. Eu posso ser melhor que ele e fazer isso me rebaixaria ao mesmo nível.

Graças a Deus, meu irmão e algus amigos, afastaram ele de mim, me deixando livre. Marília veio pra perto de mim, abraçando meu braço, completamente preocupada comigo. Não posso negar que foi bom sentir esse cuidado dela comigo e mais ainda saber que quando a gente sair daqui eu vou receber um beijo dela.

— Não chega nunca mais perto de mim ou então eu vou revidar tudo o que voce me causou, eu não tô brincando.  — ele ia falar alguma coisa, eu sabia que ia e tava torcendo pra isso porque, ppor mais que eu não quisesse ser como ele, eu queria me vingar por tudo o que eu passei.

— Rique, já chega. Vamos.  — a loira pediu baixinho no meu ouvido e eu acatei. Não queria que ela visse mais daquilo tudo.

Juliano me entregou a chave do meu carro, me dando uma piscadinha, me deixando com um sorriso no rosto por saber que ele realmente tá feliz e apoiando tudo isso.

Eu aindei com ela até o carro, sentindo que um peso enorme rinha saido dos meus ombros e eu tô tão feliz por tá com ela. Nem acredito que demorei tanto pra enxergar ela bem na minha frente, mas ainda bem que eu vi e agora ela tá do meu lado e eu não quero que saia daqui.

Destranquei o carro pronto pra entrar, mas a loira me impediu, segurando meu rosto e deixando o seu pertinho do meu. Achei que ia rolar um beijo, algo assim, mas ela só tava analisando meu rosto machucado.

— Sua sobrancelha tá cortada, tá sangrando. — sua expressão preocupadinha era tão linda e acho que esse meu sorriso deixou ela chateada, como se sua preocupação, pra mim, fosse em vão. — Tô falando sério, Rique. Pode não doer agora, mas depois vai.

— Tem gelo do balde de champagne aqui dentro.  — vi ela revirar os olhos em ciúme me fazendo rir. Peguei alguns cubos de gelo na mão e fechei a porta, voltando a me encostar nela.