seven

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Um sorriso se esculpiu em meu rosto.

Dylan.

Ele estava me ligando.

Tentei esconder o sorriso para não parecer idiota, mas já era tarde.

"Quem?" a pergunta soou no ar e eu fiquei sem saber respondê-la.

Quem era Dylan?

Meu namorado? Meu ex-namorado? O menino que sempre fode com a minha vida? O menino que me da flores no meu aniversário? Quem era Dylan?

"Apenas um amigo, Demi, nada de mais." mordi o lábio para não demonstrar outro sorriso doentio, logo olhei para Bianca e com seu rosto confuso me mostrou o caminho.

"Demi, volte para seu quarto, o Dr. Jonny vai cuidar de você ."

"Eu não preciso de cuidados." ela olhava para a Bianca, estava triste novamente, igual como à encontrei hoje. Não queria ver ela assim. Não queria mesmo.

"Demi, se você quiser eu vou lá com você." ela suspirou e só balançou a cabeça negativamente, logo depois sorriu de lado e caminhou de volta ao quarto.

E eu?

Fiquei observando-a até virar o corredor e sumir da minha vista, uma dor no peito se alastrou. Eu era a medica dela, eu devia ir junto, certo? Sim, era o certo, mas eu tinha um destino, onde eu tina dois caminhos, eu podia ir junto com ela e a proteger, mas se isso acontecesse nunca saberia as palavras de Dylan no telefone, e eu estava curiosa para isso.

Quando eu cheguei na secretaria o telefone não estava no gancho, a sala era pequena e continha uma mesinha e uma cadeira daquelas que você brinca de gira-gira na frente do PC. O telefone era tão branco que cheguei a duvidar que ele fosse um dos vampiros de crepúsculo também.

Segurei no telefone com as mão tremulas, vários sentimentos percorriam pelo meu corpo.

O ódio, eu queria desligar o telefone na cara dele para ele saber que eu não era um io-io para ele ficar brincando de vai e volta.

A dor, queria chorar e pedir desculpas mesmo não tendo nada a ver com o acontecido.

A esperança, queria dizer obrigada por ele ter me ligado e falar o quanto eu queia que ficar junto a ele.

O amor. O amor? Eu não sentia amor. Procurei em todos os cantos de minha alma, mas ele já não existia mais.

A proteção. Não queria protege-lo.

O carinho. Não existia mais carinho entre nós.

O conforto. Lembro-me de quando ele ficava mal, eu o abraçava e dizia que iria ficar tudo bem, porém, quando era comigo, ele não se importava.

Naquele momento eu notei que eu precisava dar conforto a uma pessoa, precisava dizer que iria ficar tudo bem. Sabe, quando você pega um dos caminhos do destino, dizem que você não pode voltar atrás, é, em algumas ocasiões não. Mas nessa eu poderia.

Bianca abriu a boca ao ver meu comportamento, coloquei o telefone no guancho sem ao menos dizer oi ou tchau. Sorri para ela e voltei a caminhada pelo corredor, estava orgulhosa de mim, sabia que havia feito a coisa certa.

Cheguei a porta do quarto, e com um suspiro forte coloquei a mão na maçaneta e então...

"NÃOO!"

"Demi?" me virei correndo sem nem abrir a porta.

"Me solta, me solta, já disse que estou bem, estou bem!" segui a voz tremula e embargada, encontrei Demi entre dois grandes homens que a segurava.
Ela estava em panico e tentava se soltar, mas os grandalhões a seguravam com tanta força que chegava a me machucar só de olhar.

"Solta ela, não esta vendo que está a machucando?"

Fui para cima dos dois liberando os braços da menor e a vendo se agarrar em minha cintura. Ela chorava e tremia, era literalmente uma garotinha assustada. Os dois homens, mesmo assim, não a deixaram em paz, eles a puxaram para longe de mim, o que fez ela gritar em panico.

"Solta ela..."

"Drª Selena, o que pensa que esta fazendo?" Bianca me segurou.

"Eles estão a machucando!"

"Ela que não obedece. Olha, sei que ela é sua paciente, mas temos normas aqui, se um paciente não tomar o calmante uma vez por dia o levamos para With Room."

"NÃOO, POR FAVOR!" Demi gritava em enquanto os gigantes a puxavam com força.

"Por favor, deixe que eu a leve então."

"Não, normas, são normas. Podem levar, e não interfira Drª, ou seus dias aqui estarão contados."

"NÃÃO POR FAVOR NÃO DEIXE ELES ME LEVAREM, DRª, SELENA, SEL, POR FAVOR, NÃÃO, NÃÃO!" Demi berrava como uma criança de 4 aninhos sendo levada para uma vacina. Mu coração apertou, mas eu não podia perder esse emprego, então, com a maior dor no coração, observei Demi virar o corredor e ser levada para a tal sala do desespero.

Sua voz percorreu um longo tempo com suplicas e pedidos de socorro, mas logo sumiu do ar, queria correr atrás dela, queria pedir desculpas, queria lhe proteger. Seus olhos com lágrimas, sua voz, seu panico, ficara me roendo dia a fora, ela iria passar a noite na sala, e eu iria ficar lá, até ela sair.

🎶

Demorei para att?

Yep.

Mas em compensação hj tem att tripla YUP

amo vcs
xx gabs

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Secret Psychopath ✿ slOnde histórias criam vida. Descubra agora