O Lado Sombrio Da Realidade

the new neighbor

Sem ele nada faz sentido, tudo parece ter perdido a cor, a presença dele foi substituída por um vazio enorme.

As minhas memórias foram todas cobertas por uma dor enorme.

Tudo parece escuro novamente, ele era o meu motivo para viver. A falta dele me faz um estrago enorme.

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- PARA COM ISSO !!

Acordei com o barulho de gritos e coisas quebrando no andar de baixo. Não me preocupo mais em descer para ver oque está acontecendo.

Levanto da cama indo para o banheiro, depois que a gritaria sessou por alguns longos minutos.

Eu precisava de um banho imediatamente.

Minha atenção foi tomada por um barulho de caminhão, olhei pela janela vendo um caminhão de mudanças estacionar na casa da frente.

Não dei muita importância, apenas peguei uma muda de roupa indo em direção ao banheiro.

Me despindo e ligando o chuveiro para tomar um banho.

Aproveitei para lavar meus cabelos ruivos que estavam a dias sem lavar, a verdade é que eu não me importo com mais nada. Nem mesmo se eu fico dias sem lavar o cabelo ou fazer minhas próprias higienes.

Mas eu preciso parecer bem para adentrar aquele colégio novamente depois de meses.

Termino meu banho rapidamente, me enrolo na toalha e saio do banheiro. Encontrando minha mãe sentada na ponta da cama.

- filha que bom que já acordou - ela se levanta da cama aonde estava sentada e vem até mim me dando um beijo na testa.

- para a minha infelicidade sim - dou um sorriso falso e começo a vestir minhas roupas.

- não fale bobagens minha filha - ela me repreende.

- como se você se importasse - reviro os olhos antes de caminhar até o closet procurando um par de tênis.

- já vi que você não está para conversas hoje, como todos os outros dias - ela solta um longo suspiro e sai pela porta sem dizer mais nada.

E eu agradeço mentalmente por isso.

Termino de calçar o tênis e volto para o banheiro novamente terminar oque precisava ser feito, escovar os dentes, pentear o cabelo e passar uma maquiagem básica.

Tento procurar minha mochila no meio de toda aquela bagunça, chuto algumas vezes a parede pela raiva de não encontrar logo. Tudo consegue me irritar facilmente, perco a paciência com coisas mínimas.

Mas assim que acho pego meu celular e desço as escadas dando de cara com quem eu menos queria ver a essas horas da manhã.

- fala sério ninguém merece - resmungo passando reto, mas logo sinto os passos desengonçados vindo até mim. Tento andar mais rápido até porta.

Antes mesmo que eu abra a porta de casa ele se joga na frente.

- aonde pensa que vai em - tenta pegar no meu braço mas me esquivo rapidamente.

O cheiro de álcool no seu hálito era visível. Ele estava bêbado.

Que novidade.

- não é da sua conta, agora sai da minha frente - falo já sentindo meu sangue ferver.

- você tá muito mal criada menininha, não é só porque aquele bunda mole se foi que você vai falar comigo como bem quizer - diz com um sorriso no rosto.