Costumávamos correr pela praia

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Notas: ALOOOOO

Então nós chegamos tão rapidamente aos 200 seguidores no spirit e eu só tenho que agradecer a todos vocês leitores mais lindos que tornaram isso possível. Portanto, venho trazendo aqui essa fic de presente. O casal da vez (outra vez) é Haikaveh por motivos de que eu sei que a maior parte dos leitores aqui giram em torno dessa fanbase. O AU foi escolhido por meio de votação no Wattpad.
De todo modo, boa leitura a todos.

AH! A propósito, aproveitando o clima musical da fic, ela foi inspirada na música Ocean Avenue, da banda Yellowcard, e eu recomendo ouvir a música durante a leitura se possível. Inclusive, algumas frases que dão tom à fic foram tiradas diretamente dessa música.

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Kaveh adorava a vida pública, adorava os fãs, mas odiava quando os dias eram lotados demais e a agenda não lhe dava tempo sequer para meditar. Nunca pensou que a vida de Idol seria fácil, mas também não pensava que seria tão infernal ter no mesmo dia sessões de fotos, entrevistas e apresentações ao vivo. Fora as extensas horas de treinos sem fim, a exaustão física. Por isso até que gostava da vida depois de anunciar a saída do grupo para seguir carreira solo e focar mais em sua nova paixão: atuação.

Tinha poucos meses desde que começara a atuar, o primeiro papel tinha sido interpretar a si mesmo num drama cômico para a televisão, onde a protagonista acidentalmente se tornava a nova agente do grupo do qual Kaveh fazia parte na época, e, desde aquele momento, tudo o que ele mais queria era atuar em filmes, séries e novelas.

Estudara teatro na adolescência, mas nunca investira naquele caminho. Tinha tantos talentos artísticos diferentes que podia escolher entre eles: desenhava, compunha, cantava, dançava e atuava. Sua primeira composição a fazer sucesso pela voz de outro grupo tinha sido vendida pela internet, e lhe rendera um bom dinheiro a ponto de que ele cogitara viver daquilo, de sua música. No início ele só compunha para a banda do namorado na época, mas quando eles terminaram as coisas mudaram bastante. Não pensava muito nisso agora, mas naquela época tinha sido terrível. Apesar do sofrimento, então, este que foi descontado em composições românticas e dolorosas, uma nova oportunidade apareceu. Quando foi apresentar uma nova composição na tentativa de vendê-la para uma gravadora, seu rosto e sua voz chamaram a atenção de um produtor, que o convidou para tentar algo novo. Algo novo era exatamente o que Kaveh precisava.

O grupo caiu como uma luva; fazer amigos novos no trabalho, conviver com os amigos, e até mesmo as longas horas de treino e trabalho lhe fizeram muito bem para esquecer a tristeza de um coração partido.

Quase seis anos depois de seu debut, Kaveh agora deixava o grupo para seguir sua carreira solo e voltar a atuar... como na época que conhecera Alhaitham.

Nem eram adolescentes quando Alhaitham se mudou para sua vizinhança. Ele era um garoto meio quieto, Kaveh entendia, ele tinha perdido os pais recentemente, os dois de uma vez, e agora morava com sua avó. Kaveh entendia sobre a dor da perda, também tinha perdido seu pai quando era criança, e, sendo dois anos mais velho que Alhaitham, se sentia responsável por ele. Não era difícil, de fato, lidar com Alhaitham, mas Kaveh e ele gostavam de perturbar um ao outro propositalmente. Era uma linguagem de carinho que a maioria das pessoas não entendia, mas o loiro adorava passar o dia brincando com o melhor amigo na praia, andando de skate com ele na avenida ou ensinando-o a surfar. Alhaitham também entrou para o teatro, muito mais por insistência de sua avó que tinha medo de ele se tornar antissocial do que por vontade própria; ele odiava. Chegava a ser engraçado ver como o loiro amava atuação, enquanto o acinzentado parecia um gato rabugento e sempre conseguia ser colocado como personagem de apoio ou ficar pendente apenas para cobrir se alguém faltasse ou tivesse um acidente — ele era péssimo.

Nostalgia (Haikaveh)Onde histórias criam vida. Descubra agora