A casa de Halley era iluminava a todo tempo pelos relâmpagos no céu, que parecia estar enfurecido, não tinha energia, e sequer velas, Halley fazia o possível para iluminar com o flash de seu celular, enquanto tentava tratar dos ferimentos de Gerald que gritava a cada passada de álcool para esterilizar, a pior parte com certeza foi remover o punhal, Halley sabia pouco o que estava fazendo, mas não podiam correr o risco de ir para o hospital, sabendo que até os federais estavam metidos no meio daquela confusão.
Ao decorrer daquela noite sombria, eles sabiam que tinham pouco tempo, aproveitando que Gerald descansava Halley tenta novamente telefonar para Steve mas sem sucesso. O que deixava ela cada vez mais preocupada e ansiosa, ela pega seu carro e vai rumo a residência Mcqueen, os raios desenhavam no céu, quase que o tempo inteiro, a ventania havia derrubado placas e muitos galhos de árvores, em alguns pontos, até semáforos estavam no chão.
Quando Halley chega observa um carro na frente da mansão e aguarda para ver o que está acontecendo, neste momento fica chocada com o que vê, Joy e um outro homem levando Katy desacordada para dentro do veículo. Naquele momento ela tinha certeza que Steve já não estava mais vivo. Halley segue o carro até a biblioteca municipal da cidade, onde eles adentram com Katy, ela pega seu telefone e liga para Gerald, que ainda não havia acordado, então grava um recado.
— Eu vim até a casa do Steve, e você não sabe o que eu vi, a avó da Katy e outro homem a carregando para dentro de um carro, eu não sei Gerald... mas acho que Steve não está mais entre nós, eu segui eles até a biblioteca municipal, vou tentar entrar lá, mas não sei ainda o que fazer.
A chuva diminui, e Halley tenta entrar por uma janela que estava meia aberta, caindo em cima de uma mesa, fazendo um enorme barulho, mas por conta da ventania que segue a todo vapor lá fora, ela acredita que ninguém possa ter escutado. Halley se esgueira a passos lentos para não fazer qualquer tipo de barulho, e escuta diversas pessoas falando, uma voz lhe é semelhante, era Amanda. Halley desce mais um pouco, indo rumo ao porão, da biblioteca municipal, lá, ela vê uma mesa que aparenta ser de sacrifício, tem diversos símbolos esculpidos a mão no chão, não demora muito para ela entender que ali é onde o sangue deve escorrer, no meio da mesa, Katy estava desacordada, mas sem qualquer tipo de corda.
— Hoje é o grande dia!
— Sim, a nova era irá começar!
— É mesmo necessário a morte da menina?
— Não, mas é difícil ela sobreviver. Ela não vai sequer sentir.
— Onde está o Wilker?
— Foi para a casa de Halley Stuart, ela tem um papel importante nisso tudo.
— Ótimo, desta vez as coisas irão acontecer conforme os planos dela.
— Amém! — Diz todos presentes.
Halley tinha quase certeza que aquela voz não era esquisita, mas da onde ela o conhecia? Sua cabeça latejava tentando lembrar onde foi que ouviu aquela voz, não demora muito para que ela se recorde, era seu pai, aquele que tinha tirado a própria vida com um tiro na cabeça, mas como podia ser possível? Ele era o grande líder daquilo tudo, porque será que ele não a matou, quando teve a chance, porque deixou que ela vivesse para um dia retornar, o que ele ganharia com isso? As dúvidas inundavam a mente de Halley.
O ritual tinha começado, todos os participantes dão as mãos, e tiram suas roupas, os cânticos começam a tomar conta do ar, a tempestade do lado de fora volta a piorar caindo granizo, que quebravam os vidros dos carros. Algo maligno estava acontecendo ali e a natureza sabia que o mal estava para ser solto no mundo.
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A FREIRA DE BRANCO
HorrorMergulhe em um mundo onde a sensação de ser observado durante o sono é mais do que uma ilusão. A enigmática e sinistra Freira de Branco espreita nas sombras, seja nos cantos escuros ou no topo do guarda-roupas, alimentando a escuridão e o mal. Halle...