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Rota 66, Setembro.

MIDAS

Midas - Todos prontos? - Todos aceitaram com a cabeça

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Midas - Todos prontos? - Todos aceitaram com a cabeça. - Bora então, cambada!

Fiz sinal e geral foi se espalhando em volta do galpão, sempre com cautela e silêncio.

Não sabemos se o Pardal tá sozinho aí.

Queiróz - Depois disso, preciso de férias.

Midas - Bandido não tira férias, porra. - Dei um tapa na nuca dele. - Atenção nessa porra.

Enquanto os manos ficavam em volta de todo o galpão eu, Queiróz e FF ficamos na frente da porta grande de madeira velha. Fiz contagem com os dedos, quando baixei todos, eu e o Queiróz chutamos a porta ao mesmo tempo.

Pardal pulou da poltrona, apontando uma arma pra mim. Olhei ao redor, vendo que a Sophia tá sentada no sofá, tapada com uma coberta rosa.

Sophia - PAI! - Gritou e pulou do sofá, correndo na minha direção.

Me abaixei e abracei ela apertado, cheirando seu pescoço e pegando a mesma no colo, ainda com a minha arma apontada pro desgraçado.

Pardal - NÃO! EU SOU TEU PAI, SOPHIA! - Ficou transtornado. - Eu sabia que aquele desgraçado do Brigadeiro tinha me entregado.

Queiróz - Larga a arma, Pardal. Acabou!

Pardal - Não! - Gargalhou. - Eu vou ficar com a minha filha, o lugar dela é comigo. - Apontou para si mesmo. - Solta a minha filha! - Rosnou.

Midas - A Sophia precisa ficar com a mãe dela, Pardal. - Dei dois passos para trás e olhei para o Queiróz. - Ele tá em desvantagem, pega ele e leva direto pro morro. - Toquei o ombro dele. - Cuidado, tua mulher e tua filha estão esperando em casa. - Ele concordou e voltou sua atenção para o Pardal.

Voltei pro carro e arrumei a Sophia na cadeirinha, dando o meu celular para ela assistir desenho. Sentei no banco do motorista e mandei mensagem pra Brenda.

Midas: Tô voltando pra casa com a Sophia.

Achei que seria mais difícil.

Liguei o carro e segui caminho pra casa. Cansado, mas realizado por saber que a Manu e a Sophia vão ficar juntas novamente.

[...]

Abri a porta da casa do Queiróz e coloquei a Sophia no chão, que correu na direção da mãe que está sentada no sofá. As duas se abraçaram e choraram juntas, aliviadas.

Manu - Muito obrigada. - Me agradeceu.

Midas - Não precisa agradecer, linda.

Brenda - Cadê o Queiróz? - Perguntou, depois de abraçar a Soph.

Midas - Deve tá chegando, ficou encarregado de trazer o Pardal pra cá. - Voltei minha atenção pra Manu. - Cadê os gêmeos?

Manu - Dormindo no quarto da Brenda e do meu primo. - Secou as lágrimas. - Viu o Pardal? Como achou ele?

Antes que eu conseguisse responder, meu celular tocou e eu me afastei para atender quando vi o vulgo do primo da minha loira.

Midas: O que foi?

Queiróz: Passamos agora pela barreira, beleza? Vamos deixar o Pardal no forno, junto com o LK.

Midas: LK? Aquele cara que eu atirei? - Ele aceitou. - Beleza, parceiro.

Encerrei a ligação e guardei o celular no bolso.

Midas - Eu tenho que ir resolver isso tudo, nos falamos depois. - Dei um beijo na Manu, um beijo na testa da Sophia e fiz um toque com a Brenda.

Sai da casa do mano Queiróz e entrei no carro, indo direto pro forno. Quando cheguei, fiz toque com os manos da segurança e entrei. Pardal tá sentado em uma cadeira, com as mãos e pernas amarradas com uma corda grossa. LK e Brigadeiro não estão diferentes.

Midas - Finalmente isso tudo vai acabar. - Cruzei os braços, parado na frente do Pardal.

Pardal - Pode ficar com aquela vadia, ela não me merece. - Cuspiu no chão.

Neguei com a cabeça e acertei um soco no seu rosto, fazendo seu nariz sangrar.

Midas - Bom, eu mereço ela e ela me merece, é o que importa. - Me abaixei. - Tu tá fodido na minha mão, Pardal.

Dei o meu melhor sorriso diabólico.

LK - Acho melhor cê me soltar, eu não sou cúmplice do Pardal.

Tirei minha arma da cintura e apontei para o LK, disparando duas vezes na sua cabeça.

Midas - Podem queimar o corpo e jogar as cinzas fora. - Dois soldados soltaram ele da cadeira e levaram para fora do forno. - Contigo o negócio não vai ser tão simples, vou te matar lentamente. Quero ver tu implorando pra morrer logo.

Pardal - Tu nunca vai me ver implorar, cuzão. - Sorriu de canto.

Desprezível.

Me ergui e tirei a camiseta, entregando para o FF segurar. Coloquei minhas soqueiras e comecei a distribuir vários socos pelo seu rosto, descontando toda a raiva que eu senti quando descobri tudo que ele fez com a Manuella.

Só parei quando vi que ele desmaiou.

Queiróz - Bora pra casa, mano. - Tocou meu ombro. - Amanhã tu vem de novo.

Aceitei e tirei a soqueira.

Midas - Não quero que dê nada pra ele comer e beber. - Os soldados aceitaram.

Lavei minhas mãos na pia que tinha ali no canto, vesti minha camiseta e sai do forno com o Queiróz. Entramos no meu carro e fomos pra casa dele e da mina dele. Quando chegamos, Manu me abraçou e a Brenda abraçou o Queiróz.

Midas - Bora pegar nossos filhos e ir pra casa, loirinha. - Beijei a testa dela.

Ela aceitou e subimos para pegar nossos filhos.

[...]

Midas - Tu tinha que ver o ódio do Pardal quando a Sophia me chamou de pai e correu na minha direção.

Estamos os dois embaixo do jato de água morna do chuveiro, um de frente para o outro, abraçados.

Manu - Ela te chamou de pai justo nessa hora? - Riu. - Eu imagino a raiva dele. - Acariciou minhas costas. - Que bom que tudo acabou, Ryan.

Midas - Concordo, linda. Agora é só esperar a poeira baixar e começar a decidir as coisas do nosso casamento.

Manu - Eu te amo. - Beijou meu peito.

Midas - Eu também te amo, loirinha.

Terminamos nosso banho, secamos nossos corpos e fomos deitar só de roupas íntimas. Desliguei o abajur e puxei a Manu pra deitar no meu peito.

Midas - Nem avisei o Caveira que deu tudo certo, ele e a Bia estavam preocupados.

Manu - Amanhã tu avisa, grandão. Bora dormir, ultimamente tem sido muito exaustivo.

Midas - Realmente. - Beijei sua têmpora. - Boa noite, loira linda.

Manu - Boa noite, grandão.

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SEM REVISÃO!

Meu Recomeço - ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora