Capítulo 2

128 9 0
                                    


O Chefe dos Aurores Robards nunca foi o tipo de homem que Draco queria contrariar, embora a maior parte do tempo fosse gasta irritando seu chefe até o limite. Seus dedos ainda tremendo, ele prestou atenção a cada som ecoando no Departamento de Execução das Leis Mágicas. Ele se demorou em cada passo, todos eles muito leves para pertencerem a Robards. Desclenchando seu punho e sua mandíbula, Draco olhou para Potter enquanto ele andava de um lado para o outro do lado de fora do escritório de Robards. "Ele está fora há uma hora. O que está acontecendo?"

Os olhos de Harry estavam vermelhos e ele balançou a cabeça enquanto mexia nervosamente o joelho. "Eu não sei. Provavelmente está falando com Kingsley. É uma grande descoberta em um caso fechado."

"Claramente eles nunca deveriam ter encerrado", Draco sibilou. O arquivo dela estava pesado em sua mão, uma pasta grossa de papel kraft detalhando tudo o que sabiam sobre ela: sua infância como uma muggle, seus registros de Hogwarts, seu papel na guerra. Cada estágio de sua vida, cada conquista, cada movimento que ela fez estava escrito em preto e branco - uma vida inteira reduzida a nada além de fatos. "Ela está viva", ele sussurrou, ainda com medo de acreditar plenamente.

Harry assentiu. "Eu quero contar para o Ron, mas não posso."

Robards deixou claro. A descoberta na França estava em uma estrita base de necessidade de saber, e nem mesmo Weasley passou na seleção.

Draco se apoiou na parede, sua testa encontrando o metal frio do batente da porta. "Nós vamos contar a ele assim que pudermos, Potter. Não deixe a culpa te consumir."

Passos pesados e familiares ecoam pelo corredor, e a cabeça de Draco se virou. Robards estava ali, com olhos cansados, olhando-os. "Eu não disse a vocês dois para irem para casa e descansarem?" Ele resmungou, fechando a distância no corredor enquanto empurrava a porta com o pé.

"Com todo o respeito, senhor", disse Draco enquanto entrava, "eu não vou a lugar algum até saber alguma coisa sobre a Granger." O escritório estava imaculado, com paredes brancas e uma fileira de fotografias da família de Robards nas prateleiras. Draco tinha visto isso várias vezes ao longo de suas repreensões. Reconhecer os rostos da família do homem o fez pensar no que poderia ter sido a sua própria. Hermione, Scorpius e até aquele gato que gostava tanto dele. "Eu quero voltar para a França. Vou pedir licença."

O homem se sentou em sua cadeira, balançando a cabeça. "Auror Malfoy, você não vai chegar perto daquela vila até que tenhamos tido a chance de realizar uma vigilância. Pelo que sabemos, ela pode ser uma impostora..."

Harry fez uma careta com as palavras.

Para o que valia, Draco não explodiu como Harry esperava. Apoiando as mãos na beira da mesa do chefe, ele se inclinou para a frente, com os lábios finos. "Aquela é a Granger, e aquele garoto é meu filho. Eu sei que é ela."

Um suspiro pesado encheu o ar. "Eu sei que a possibilidade de ser outra pessoa é praticamente nula, mas é uma linha de investigação que temos que explorar neste caso porque ninguém viu Hermione Granger em cinco anos", começou Robards. "O que é estranho, considerando o desaparecimento dela."

"Ela claramente foi Obliviada!" Draco explodiu. "Ela não tem nenhuma memória de nosso relacionamento. Ela nem reconheceu o Potter, pelo amor de Merlin."

"Deveríamos ouvir o que ele tem a dizer", murmurou Potter, dando um soco no ombro de Draco. "Nós sabemos que é a Hermione, então precisamos deixar o Ministério provar isso."

Draco se irritou quando Robards apertou as mãos e se inclinou em sua cadeira. Era uma postura que ambos os Aurores tinham visto ao longo dos anos, mas, pela primeira vez, não era por causa de algo que não deveriam estar fazendo. "Para o que vale, eu acredito em você."

The Best Of MeOnde histórias criam vida. Descubra agora