Alina🧸

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Ponto de vista de Barbara.

Estou imersa aos meus pensamentos, me questionando o que deveria ser o certo quando tudo se parece errado.

Ainda permaneço e hospedadas neste mesmo quarto em que anos atrás me pertencia e que hoje soa tão estranho para mim. Ele me traz pedaços de quem um dia fui, embora agora minha personalidade seja totalmente o oposto de tudo.

Pensar no agora me faz pensar no problema, como contarei a Angelina sem que a mesma surte? Sera que ela terá espaço para mais um? E será que ela vira a aceita-la?

Eu não sei e nem sei como responder estas perguntas, no entanto rezo para que tudo funcione e permaneça como está.

Meu futuro tende a piorar e eu honestamente tenho medo do que se torne, mas isso não significa que desistirei sem nem ao menos ter tentado.

Meu celular vibra com uma mensagem e rapidamente eu o pego com cautela, um sorriso doce cobre meus lábios e a saudade me toma.

Beatrice: Nossa pequena mal vê a hora de ve-la, ela sente falta sua...

[Foto anexo]

Aquilo foi o suficiente para que eu tomasse coragem, apenas por minha pequena, apenas por Alina...

[...]

Bárbara caminhou até a porta do escritório de Angelina que deveria estar lendo ou até mesmo resolvendo algumas coisas, a porta por sua vez estava entreaberta, mas ainda assim a menina de cabelos dourados bateu na porta com educação.

Após ouvir o entre que foi dito por Angelina, adentrou receosa se sentindo pequenina sob o olhar da mulher.

— Posso conversar com você? Na verdade eu queria conversar com você e Montel, mas eu sei que ele saiu e que se eu não falar agora eu irei desistir — Angelina assistia a menina que agora ria de nervoso — Eu estou divagando não é?

Angelina assentiu, mas ao invés de continuar com aquele papo buscou acalmar, aliás sabia que nada sairia se a mesma falasse coisas aleatórias; a mais velha mandou a menina sentar-se e então serviu o chá quente para ela em uma xícara delicada.

— Diga-me antes que seja tarde — Angelina lhe entregou a porcelana, era estranho para ela ver Bárbara com dificuldade de falar algo, depois que haviam estabelecido uma confiança.

— Eu.... Não sei como começar inicialmente, é até estranho e eu tenho medo de ser rejeitada. Eu realmente quero ficar aqui, mas... eu tenho alguém que precisa de mim e até quero trazê-la para cá, mas não sei se posso trazê-la para sua casa.

Angelina surpreendeu-se com a fala da menina, mas permaneceu em silêncio dando brecha para que ela continuasse a falar.

— Sabe em um teto que cabe a mim e não a ela, então não é meu lar! — Suspirou enquanto abaixava o olhar — Eu tenho uma filha, uma pequenina, minha Alina.

Angelina arregalou os olhos em surpresa sua boca aberta em um perfeito O e enquanto as milhares de dúvidas lhe passavam pela cabeça naquele mesmo instante; se perguntou por um momento se Amélie sabia desse detalhe.

— E então o que vai ser? Irei embora ou poderei trazer Alina para cá? — Sua voz saiu baixa e fraca e ela temia pela rejeição.

— Você.... — Iniciou Angelina. — ....

[....]

Bárbara adentrou a casa com o seu pequeno furacão que corria por todos os cantos da enorme mansão, pensou que após o voo a menina estaria cansada, mas muito pelo o contrário isso parecia ter trazido mais agitação a menina.

De rumo ao seu abraço - BarbelieOnde histórias criam vida. Descubra agora